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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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AFINAL, QUEM É QUEM NO BOXE? Presidentes que são treinadores, massagistas, árbitros, tesoureiros…

 

NÃO é comum o título de um artigo ser uma pergunta, mas há casos em que as circunstâncias obrigam, como no boxe. Nesta modalidade, também conhecida por nobre arte, as associações provinciais funcionam de forma pouco clara. Antes de tudo é preciso realçar que todas ainda não estão legalizadas.

 

Para já é preciso realçar que nenhuma das cinco associações provinciais que bem ou mal movimentam o boxe têm sedes, ou seja, instalações físicas, nas quais pessoas de boa vontade, bem como empresas com responsabilidade social se possam dirigir para prestar qualquer tipo de apoio.

 

As associações de boxe são constituídas por um grupo de pessoas que normalmente auto-proclama-se “gente do boxe”. Não organizam assembleias-gerais, provas, nem reuniões de qualquer que seja a natureza.

 

É neste contexto que quando chegam os campeonatos nacionais, como aconteceu em Xai-Xai no fim-de-semana, nas delegações provinciais não se sabe quem faz o quê? O presidente da associação é treinador, massagista, árbitro, tesoureiro e responsável da logística. Isto aconteceu com todos os responsáveis das associações no último “Nacional”.

 

São agremiações sem membros dos órgãos sociais. O presidente não tem substituto legal ou de confiança. As associações têm membros que cada um desconfia do outro. A fofoca e as especulações são uma espécie de gasolina para as associações de boxe funcionarem, mas competição que é boa não organizam.

 

Em Xai-Xai viu-se muita coisa caricata, estranha no desporto. Atletas que não treinam e sem técnicas de combate. Treinadores que secundarizam questões competitivas, preocupando-se com as condições logísticas, uma tarefa que normalmente é dos chefes das delegações. Árbitros com decisões de bradar os céus.

 

O cúmulo foi um presidente de uma associação doar equipamentos a algumas delegações provinciais sem, no entanto, incluir a sua comitiva. Para além de apoiar com equipamentos, confidenciou-nos que as apoiou financeiramente a pedido destas.

 

Todos ficaram sem saber qual era a intenção desse dirigente, mas ficou claro que o seu próximo passo é chegar à presidência da Federação Moçambicana de Boxe. O referido dirigente agitou tudo e todos, com os árbitros e outros presidentes das associações como alvos apetecíveis.

 

São coisas do boxe, modalidade na qual não se sabe quem faz o quê.

 

 

Fonte:Jornal Noticias