A vez de Delma, Denise e Nilza
Se, em 2017, em Bamako, Mali, tivemos quatro “rookies” no Afrobasket, desta vez não seria diferente. E não se recomenda, até porque arrolamos constantemente a palavra renovação. Em Dakar, Senegal, há três nomes que se vão estrear pela selecção principal num campeonato africano de seniores femininos:
Denise Ernesto e Delma Zita, bases do Costa do Sol e Ferroviário de Maputo, respectivamente; e Nilza Chiziane, poste da A Politécnica
Baixa de estatura, mas com grande atitude, Delma Zita vê reconhecido potencial e qualidade demonstradas nos últimos anos no Ferroviário das Mahotas e de Maputo.
Sim, caros patrícios, e fazendo um back at the time à sua evolução, há a destacar o facto de Delma Zita ter sido uma das 12 atletas que, em 2016, no Cairo, Egipto, ajudaram Moçambique a açambarcar a medalha de bronze no "afrobasket" sub-18.
Moçambique derrotou Angola (56-43) no jogo de atribuição do terceiro lugar. Faziam parte do “jersey” as atletas Delma Zita, Madina Camara, Carla Covane, Iolanda Francisco, Verónica Salifu, Bruna Argélio, Shelsea Rafael, Cariana Mariamo, Agnes Chemane, Stela Jone e Zélia Banquim.
Porque sempre a crescer e com um horizonte promissor, foi pré-convocada para as “Samurais” em 2017, mas acabou sendo preterida do 12 que disputou o “afrobasket” de Bamako, Mali.
Outrossim, integrou a selecção sénior feminino que, em 2017, em Gold Coast, na Austrália, disputou os Jogos da Commonwealth.
Principal opção na posição um no Costa do Sol, vice-campeão nacional, Denise Ernesto acaba por ser uma grande novidade na convocatória da selecção nacional. Após a saída (2018) de Aquila Mucubaquire para o Seward County Community College, Denise Ernesto assumiu-se como a base principal do Costa do Sol, alternando com Eliana Ventura (adaptada) e na fase final da Engen Maputo Basket e Campeonato Nacional com a regressada Valerdina “Dina” Manhonga. Tem agora a oportunidade de disputar um “afrobasket”…
Mas é preciso que se diga, até porque consta dos registos da FIBA: Denise Ernesto disputou, em 2010, no Cairo, Egipto, o Afrobasket sub-18. Sob comando de Armando Meque e Simão Mataveia, na altura, a selecção nacional da categoria era composta ainda por atletas como Sandra Mutemba, Sheila Chaguala, Benesita Muchave, Isabel Muvamba, Tânia Chilaúle, Ludmila Rangel e Nilza Chiziane, Eliseth Mondlane, Flávia Alcino, Ana Paula e Inguivild Mucauro.
Com passagem pelas selecções de formação, Chiziane esteve também no "afrobasket" sub-18, em 2010.
Evidenciou-se na A Politécnica, tendo estado em bom plano na Taça dos Clubes Campeões Africanos de 2016, tendo depois rumado a Portugal onde representou o Carnide (foi considerada MVP).
Regressou ao país pela porta do Ferroviário das Mahotas, conjunto com o qual se sagrou vice-campeã em 2018, jogando na posição cinco com Carla Covane (reforço, até porque joga no Seward County Community College) e Paula Orlando. Como boa filha, regressou este ano a A Politécnica e não decepcionou ao lado de Tamara Seda (reforço) no Campeonato Nacional dominando as tabelas.
Fora as novatas, há um grupo de atletas habituadas a estas andanças como Anabela Cossa, Odélia “Mafa” Mafanela (capitã) , Leia “Tanucha” Dongue, Elizabeth Pereira e Amélia Massingue. Tamara Seda e Eleutéria “Formiga” Lhavanguane disputam a prova pela segunda vez, depois de se terem estreado em 2017, em Bamako, Mali. Ingvild Mucauro e Deolinda Gimo, que falharam o “Afrobasket” 2017, voltam à disputar o Campeonato Africano depois de o terem feito em 2015, em Yaoundé, Camarões.
Do grupo que há dois anos ocupou o quarto lugar em Bamako, Mali, saem a polivalente Rute Elias Muianga, Iliana Ventura e Chanaya Pinto (esteve a disputar recentemente o Mundial sub-19, na Tailândia) e Aquila Mucubaquire (actualmente nos EUA).
QUÉNIA PARA COMEÇAR…
…CABO VERDE PARA FECHAR
Sábado é dia de estreia da selecção nacional de basquetebol sénior feminino no "afrobasket". Às 14h30, hora de Maputo, as “Samurais” batem-se com o Quénia, adversário que esteve ausente do último campeonato africano de basquetebol sénior feminino.
Moçambique é claramente favorito porquanto apresenta melhor estrutura e, por outro lado, está melhor posicionado no “ranking” da Federação Internacional de Basquetebol (27ª posição contra a 72ª do Quénia).
Terça-feira, após ficar de fora domingo (devido ao número ímpar de equipas) e segunda-feira( descanso geral) a selecção nacional bate-se com Cabo Verde que regressa à prova continental seis anos depois.
Serve de referência recordar que os primeiros classificados de cada grupo qualificam-se para os quartos-de-final, ficando, desta forma, à espera dos seus adversários que sairão dos jogos entre os segundos e terceiros classificados.
Neste cruzamento, o segundo classificado do grupo “A’ joga com o terceiro do grupo “B’, enquanto o segundo de “B” mede forças com o terceiro do “A”. O segundo classificado do grupo “C” bate-se com a equipa posicionada na terceira posição no grupo “D e o terceiro de “C” joga com o segundo de “D”.
Os vencedores avançam para as meias-finais, enquanto os perdedores disputam as classificativas do 5.º ao 8º lugares.
Os melhores classificados disputarão o torneio de pré-qualificação da FIBA África para os Jogos Olímpicos de verão de 2020, em Tóquio, no Japão.
Lista de convocadas:
Anabela Cossa
Amélia Massingue
Denise Ernesto
Delma Zita
Elizabeth Pereira
Eleutéria “Formiga” Lhavanguane
Ingvild Mucauro
Odélia “Mafa” Mafanela (capitã)
Tamara Seda
Nilza Chiziane
Leia "Tanucha" Dongue
Deolinda Gimo
Fonte:Jornal Noticias