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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

Futebol e racismo na década 60

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O desporto em Moçambique no tempo colonial, início da década 60, era um poderoso veículo de afirmação social e rácica. Nas zonas com fronteira ou proximidade com a África do Sul ou a Rodésia, como Lourenço Marques, Sofala e Manica, o racismo era mais visível.

A estractificação sentia-se nos clubes e nas modalidades, com ligeiras variantes em cada um dos distritos, hoje províncias. Basquetebol, ténis, golfe, automobilismo e outros desportos, considerados de elite, eram para “preto ver e branco praticar”. As cores misturavam-se no futebol e atletismo, mas mesmo aí, em certos clubes, era necessário “ter a cor adequada”.

Tudo se tornava mais visível no boxe, onde até ao início da década 70, não eram permitidos combates de negros contra brancos. A gestão, relativamente aos mestiços, era feita consoante a tez, mais clara ou mais escura.
 
CAMISOLA DO SPORTING NUM PRETO...


Vou caracterizar o futebol na Zambézia, a partir da minha vivência, com memórias que guardo desde a meninice.


Recuemos a Quelimane, cerca de 60 anos.

Ferroviário e Sporting eram grandes rivais. “Batiam-se” forte e feio. E porque ambos tinham equipas fortes, criou-se uma enorme rivalidade, ao estilo “ora-agora-ganhas-tu-ora agora-ganho-eu”.

Mas havia uma particularidade: é que os leões, até então, como clube ligado à polícia, não admitiam jogadores negros. Já nos locomotivas, o anormal era o enquadramento de um branco.


Até que um dia...

O campo do Sporting registou uma anormal enchente. Motivo? Para lá da rivalidade, pela primeira vez um negro iria vestir a camisola “leonina”: chamava-se Rolando e vinha da então Rodésia. O motivo da curiosidade centrava-se na forma como o verde-listrado dos leões, “assentaria” no corpo de um negro. Imagine-se! Parece ficção, mas não é!
Foi uma data na história, pois assim quebrou-se uma tradição, que contrariava os mais radicais dirigentes leoninos que, com alguma dificuldade, acabaram por “engolir” essa exigência dos técnicos e dos sócios não racistas e liberais.

E foi a partir daí que a integração de desequilibradores negros como Fakir Amichande, Vasco Patrício e outros, passou a ser algo normal.
Quase sem se aperceberem, os zambezianos acabavam de dar um importante pontapé na discriminação, a partir do desporto. Não só se quebrou uma regra “contra-natura”, como o leque de escolhas para o plantel leonino, passou a ser muito mais vasto.
 
TALENTO VENCEU SEGREGAÇÃO


Para além do Sporting, o futebol na urbe quelimanense era dominado pelo Ferroviário, que escolhia os melhores jovens da cidade e lhes proporcionava emprego. Seguia-se o Benfica, enquadrando um extracto social intermédio e a Associação Africana, dominada pelos mestiços e que priorizava os “mulatos de segunda e os cafre-metade”. Negro puro, teria que ser muito talentoso...

Desta forma, as disputas transportavam toda a carga de diferenças, com as vitórias ou derrotas a representarem oportunidades para afirmação ou humilhação de uns para com os outros.
 
UM CONTÁGIO POSITIVO


Ano após ano, a referida integração no futebol, foi “contaminando” outros sectores. A natação, na piscina municipal, os cafés e restaurantes de referência, aos poucos, passaram a ver como normal o enquadramento de não brancos.

Mas voltando ao futebol, há que referir que no principal campeonato suburbano – no campo da Sagrada Família - os clubes passaram também a integrar futebolistas brancos e os chamados “mulatos de primeira”.

É que, naquele tempo, nas peladas suburbanas, a ideia prevalecente era a de que “o futebol não é para os brancos”. Fazia-se uma cedência ao filho do cantineiro, pois era o único que possuía uma bola de borracha, que lhe garantia lugar cativo em qualquer das equipas.

Na verdade, pela realização permanente das peladas de “muda aos cinco e acaba aos dez” nas zonas suburbanas, a ascensão dos mais talentosos da “temba” aos clubes da cidade, rapidamente passou a algo natural.
 
NA CAPITAL, O XILUNGUINE...


E em Lourenço Marques? No Sporting, clube dos polícias, as integrações nos princípios da década 70, tinham o seu quê de cosméticas. Porém, dois clubes desde a sua raiz se posicionaram como anti-racistas: Desportivo de LM e 1.º de Maio, conhecidos como Nações Unidas, por integrarem desde logo jogadores negros, mestiços, brancos, asiáticos, chineses e de outras raças, sem quaisquer reservas. O que “mandava” era o talento. Exemplos? Coluna, Eusébio, Hilário, Po Wing, Madala Gaíza, Maurício, Satar e Armando Manhiça, alguns, que deles depois de “exportados”, passaram a ser dos melhores do espaço português de então.

Está claro que à medida que a contestação à opressão colonial crescia, o exemplo de uma prática desportiva cada vez mais multi-racial ia sendo assumido e enquadrado no processo mais vasto de libertação das pessoas e da sua dignidade, como seres que aspiravam a igualdade de pensamento e oportunidades.

É verdade! Sem ter recorrido a armas, o desporto foi um importante factor de combate ao racismo e de aproximação entre os cidadãos.

 

Fonte:Opais

Songo recebe ENH a pensar no Bidvest

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A UNIÃO Desportiva do Songo recebe esta tarde o ENH para a 26ª jornada do Moçambola, iniciada ontem, a pensar não só em reduzir a distância que lhe separa do líder Costa do Sol mas também no jogo com os sul-africanos do Bidvest Wits no domingo, em jogo a contar para a segunda “mão” da eliminatória de acesso à fase de grupos da Taça da Confederação Africana de Futebol (Taça CAF).

 

Fonte:Jornal Notivias

Maxaquene vê luz no fundo túnel… da despromoção

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O Maxaquene voltou a perder no Moçambola 2019, pela quarta vez consecutiva, desta vez na recepção ao Ferroviário de Nacala, por 0-1. Os “tricolores” afundam-se cada vez mais no buraco e já começam a ver uma luz no fundo do túnel da despromoção.

Este era o quarto jogo consecutivo do Maxaquene, em Maputo, em menos de 10 dias, dos quais tinha averbado três derrotas, nomeadamente frente ao Textáfrica, UD Songo e Liga desportiva de Maputo, motivos mais que suficientes para encarar o Ferroviário de Nacala com cautelas e com objectivo de somar os três pontos.

Mas os visitantes não deram tempo para o donos da casa pensarem no que queriam do jogo e aos 12 minutos já estavam a vencer. Cruzamento da direita para um primeiro remate, com Jonas a defender para frente, mas Rufel, na recarga, não desperdiçou e abriu o marcador.

Amide Tarmamade não gostou do que via em campo e fez uma substituição aos 25 minutos, com entrada de Dje para o lugar de Victor. Pouco tempo depois de entrar, Dje tentou a sorte, num remate do meio da rua, mas sem sucesso.

Queria a todo custo chegar ao empate o Maxaquene, mas do outro lado estava um senhor chamado Nando, que defendia tudo o que ia para a sua baliza. Nando até teve oportunidade para fazer defesas para fotografia.

As respostas da turma de Sérgio Faife faziam estremecer Jonas e os adeptos nas bancadas, bom grado que nenhum outro golo entrou.

Mas quem desperdiçou mesmo foi Mutong, já no final da partida, ao cabecear frouxo e a permitir uma intervenção de Nando, a evitar o empate.

Com a vitória desta terça-feira, os “locomotivas” de Nacala sobem provisoriamente ao quinto lugar, agora com 35 pontos, esperando pelos resultados dos jogos desta quarta-feira, e afundam os “tricolores”, que não conseguem sair da zona da despromoção e já começam a ver uma luz no fundo do túnel, mas da segunda divisão.

 

Fonte:Opais

Clubes preocupados com fraco aproveitamento de talentos em Cabo Delgado

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Clubes de futebol em Cabo Delgado estão preocupados com o fraco aproveitamento de alguns talentos que despontam nos distritos.

preocupação foi manifestada fim-de-semana, no distrito de Mueda, durante um encontro com o antigo presidente da Federação Moçambicana de Futebol, Feizal Sidat, que se deslocou àquele ponto do país no quadro de um torneio alusivo ao aniversário natalício de Alberto Chipande, veterano da luta de libertação nacional.

Estes manifestaram, na ocasião, a sua insatisfação pelo facto de alguns clubes da primeira divisão optarem pela contratação de jogadores estrangeiros e não atletas locais com enorme potencial.

Para Nordino Rizuane, dirigente desportivo em Palma, “muitos talentos estão perdidos nos distritos porque os clubes preferem contratar jogadores no Malawi ou Zimbabwe que não são tão superiores, em termos e qualidades, aos jogadores nacionais”.

Por sua vez, Momade Rajal, dirigente de um clube em Mueda, apelou aos clubes a fazerem melhor aproveitamento dos talentos nos distritos porque “os valores partem da aldeia para o topo e não o contrário”.

Durante a sua visita à província de Cabo Delgado, Feizal Sidat ofereceu bolas aos clubes dos distritos de Mueda, Palma, Mocímboa da Praia e Quissanga.

Sidat, que se diz estar a fazer campanha para as eleições na Federação Moçambicana de Futebol, justificou esta acção com o seu “comprometimento com a modalidade”.

Sidat diz que pretende minimizar os problemas que os clubes enfrentam para a aquisição de material desportivo.

 

Fonte:Opais

Ferroviário na ronda da elite do "Afro League"

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O Ferroviário de Maputo está apurado para a ronda de elite do acesso a “Afro League” em basquetebol sénior masculina que terá lugar de 26 de Novembro a 1 de Dezembro, em princípio, em Kigali, capital do Ruanda.

No jogo decisivo, realizado na tarde de sábado, no Wembley Stadium, em Joanesburgo, os campeões nacionais derrotaram a Universidade da Zâmbia (UNZA Pacers), por 84-69, isolando-se no comando do torneio regional que decorreu na África do Sul.

Os zambianos acompanham o Ferroviário como a segunda qualificada para a próxima janela.

A equipa de Milagre Macome saiu ao intervalo a vencer, por 41-35, números que aumentaram no terceiro período onde marcou vinte e cinco pontos, ou seja, 66- 47.

O representante moçambicano que contou com o calor humano dos cidadãos nacionais residentes em Joanesburgo, fixou o resultado final em 84-69.

Entretanto, domingo, no encerramento da competição, os “locomotivas”da capital fecharam com a chave de ouro a sua participação na África do Sul, vencendo os anfitriões, os Jozi Nuggets, por 87-70.

Com estes números e invencibilidade, o Ferroviário terminou a prova com 10 pontos na classificação final, contra nove dos zambianos, segundos classificados, que na quinta e  última jornada venceram os Lions Club da Namíbia, por 70 - 66.

 

Fonte:Jornal Noticias

Maxaquene joga pela sobrevivência

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O “aflito” Maxaquene defronta, esta tarde (15.00 horas), no campo do Afrin, o Ferroviário de Nacala, em jogo que abre a 26.ª jornada do Moçambola. Em causa está mais uma final para o histórico Maxaquene, cinco vezes campeão nacional (1984, 1985, 1986, 2003 e 2012), que vive um momento delicado e até dramático na presente edição do Moçambola, na medida em que está na iminência de cair para a segunda divisão pela primeira vez na sua história. 

Quando faltam cinco jornadas para o término da competição futebolística mais importante a nível nacional, os “tricolores” ocupam o 13.ª lugar com 29 pontos, estando a dois do Incomáti, a primeira equipa posicionada acima da linha de “água”. Face a este cenário, pontuar esta tarde é mais do que uma obrigação para a turma treinada por Amide Tarmamad, mas é preciso frisar que doutro lado estará um Ferroviário de Nacala que ainda não tem assegurada a manutenção, pelo que irá também vestir o “facto macaco” para sair com os três pontos. Os nacalenses ocupam o oitavo lugar com 33 pontos. De salientar que, na primeira volta registou-se um empate a duas bolas.

Os restantes jogos realizam-se amanhã com realce para a deslocação do líder, Costa do Sol, ao difícil campo do Desportivo de Nacala, enquanto a União Desportiva do Songo, segundo classificado com menos dois jogos, recebe a ENH.

Outras partidas: Fer. Maputo-Fer. Nampula, Têxtil-Desp. Maputo, Fer. Nampula-Fer. Beira, Baía de Pemba-Incomáti e Liga Desportiva-Textáfrica.

 

Fonte:Jornal Noticias

UD Songo baqueia e compromete

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A UNIÃO Desportiva do Songo perdeu na tarde de ontem na recepção ao Bidvest Wits por 1-2, em jogo da primeira “mão” do “play-off” de acesso à fase de grupos da Taça da Confederação (CAF), comprometendo seriamente a passagem para a etapa seguinte, que deverá ser decidida no domingo em Joanesburgo.

O calor intenso que se fazia sentir na tarde de ontem em Maputo condicionou sobremaneira o jogo, sobretudo na primeira metade, com os instantes iniciais a serem jogados a passo num Estádio Nacional do Zimpeto com pouco público (mas ruidoso). O sul-africanos preferiram fazer o estudo do adversário com a posse de bola controlada, aproveitando-se de alguma passividade da UD Songo nos primeiros 15 minutos, para se instalarem no meio-campo adversário. Aliás, para este jogo Nacir Armando trouxe um “onze” um pouco diferente do habitual, menos ofensivo e bastante permeável. Preferiu jogar com um ponta-de-lança (Telinho), deixando Mário, que tem sido o seu companheiro de ataque, no banco. Com isso, o experiente técnico dos “hidroeléctricos” queriam dar maior consistência ao meio-campo, onde tinha dois trincos (Candinho e Amadou) e três médios com características ofensivas, nomeadamente John, Banda e, claro, o capitão Luís Miquissone. Em face destas alterações e uma disposição táctica pouco habitual, a equipa moçambicana demorou assentar o seu jogo, viu os sul-africanos a passearem a classe nos primeiros 15 minutos (acima de tudo), com Dominguez, Hotto, Nange e Cole a darem muito trabalho à defesa da UD Songo. Depois algumas jogadas venenosas junto à área dos “hidroeléctricos”, eis que aos 19 minutos Hotto abre o activo, num remate rasteiro na área, depois de um grande passe de Nange, que fez um trabalho espectacular na esquerda, antes de servir o namibiano para facturar. O golo era merecido aos sul-africanos, pois, até então a UD Songo andava desnorteado, com sectores desligados e Telinho bem desamparado lá na frente. Faltava agressividade aos campeões nacionais, com John, Banda e Luís a serem os únicos a mostrar vontade de mudar o rumo do “barco”. Aliás, em desvantagem, a UD Songo tinha que vestir o “fato-macaco” e Banda deu aviso aos 26 minutos, com um remate forte de longe ao lado. Três minutos volvidos, foi o John que, da zona frontal, rematou forte e colocado para um enorme defesa de Peterson para o canto. Houve um intervalo para a hidratação, que fez muito bem à turma moçambicana e empatou por Telinho aos 34 minutos. Centro de Banda na esquerda, a defesa sul-africana fica pregada ao chão, Telinho voa alto e empata o jogo de cabeça. Golo moralizador para os campeões nacionais, que logo a seguir quase davam cambalhota no marcador, num contra-ataque rápido conduzido por Banda, que fez um passe açucarado para Luís e á entrada da área rematou rasteiro ao lado.

Foi-se ao intervalo com o empate a uma bola a prevalecer.

NOVAS TREMEDEIRAS

Tal como na primeira metade, a UD Songo entrou com muitas tremedeiras para a etapa complementar, com uma enorme passividade no meio-campo e na defesa. Os sul-africanos voltaram a tirar proveito disso e aos 55 minutos chegaram ao 2-1 por Doutie, numa jogada idêntica a que deu origem ao tento inaugural. Tudo começou na esquerda, de onde saiu um centro milimétrico para Doutie facturar.

Antes disso,  a UD Songo tinha estado perto do segundo, numa triangulação entre Banda, Telinho e Infren, a culminar com o remate deste último, já na área, para o poste, antes de se perder pela linha final.

Depois de se verem novamente em vantagem, os sul-africanos passaram a jogar a seu bel-prazer, com a equipa moçambicana mostrar-lhe rendida às evidências. O Bidvest passou a circular a bola, a dispor de várias oportunidades de matar o jogo e a eliminatória, ao mesmo tempo em que controlava qualquer tipo de ameaça da “hidroeléctrica”. Assim, num buraco que se abriu no eixo da defesa da UD Songo, aos 71ʼ, Dominguez ganhou a bola na meia-lua, maltratou Amorim e rematou em meia-volta para uma grande defesa de Leonel para canto.

A UD Songo só esboçou nova resposta aos 83ʼ, com Zequito fazer centro rasteiro que cruzou a área sul-africana até ao segundo poste, onde encontrou o capitão Luís, que atirou escandalosamente para a barra, com tudo para empatar.

Os últimos minutos foram de sofrimento para a turma moçambicana, pois os “estudantes” prefiriram fazer a gestão do resultado com a bola na sua posse. Aos 89ʼ, Cole podia ter feito o 3-1 a centro de Hotto, mas permitiu a mais uma grande intervenção de Leonel, que do resto foi o salvador dos tetenses.

O 2-1 prevaleceu, vitória justa do Wits, que podia ter saído do Zimpeto com uma mão cheia de golos. Pela frente resta uma missão muito dura para  aUD Songo em Joanesburgo ja no próximo domingo, no embate da segunda “mão”.

FICHA TÉCNICA

COMISSÁRIO DA CAF: Joseph Nkole (Zâmbia).

ÁRBITRO: Tewodros Mitik, auxiliado por Temesgin Atango e Wolday Haileraguel. O quarto foi Birak Kassaun, todos da Etiópia.

UD SONGO: Leonel; Gildo, Amorim, Infren, Tony, Amadou, Candinho (Lau King), John, Banda (Bhéu), Luís e Telinho (Zequito).

BIDVEST WITS: Peterson; Thulani, Nonyane (Domingo), Nange (Monare), Hlanti, Dominguez, Hotto, Doutie, Cole, Mkhwanazi e Motupa (Terrence).

ACÇÃO DISCIPLINAR: Amarelo para Lau King (Songo).

SÉRGIO MACUÁCUA

 

Fontel:Jornal Noticias

LEONEL “MABÊ” MANHIQUE A CAMINHO DO COSTA DO SOL!

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O responsável pelo único título africano de basquetebol do Ferroviário de Maputo, Leonel “Mabê” Manhique, terá assinado um contrato com a equipa feminina do Costa do Sol, num acto que se prevê de revitalização daquela modalidade no clube “canarinho”.
 
Deolinda Ngulela, que em 2015 entrou para o Costa do Sol como treinadora-jogadora e mais tarde apenas como treinadora, já não é técnica do clube “canarinho”, o que reforçou a ideia da transferência de Mabê.
 
Todavia, em contacto com a nossa Reportagem, Leonel Manhique diz que continua treinador da equipa “locomotiva” e não há nenhum contacto com um outro clube, ainda que admita que tem recebido tais informações de pessoas próximas. O nosso interlocutor justifica a sua continuidade no clube pentacampeão pelo facto de continuar a treinar a equipa que a partir da primeira semana de Dezembro vai lutar pela defesa do título africano.
 
 
Fonte:Desafio

UD Songo vence Maxaquene e estremece “canarinhos”

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Na partida em atraso, realizado esta quarta-feira, a União Desportiva de Songo venceu o Maxaquene, por duas bolas a uma e aproxima-se cada vez mais do Costa do Sol, líder, agora com mais três pontos que os “hidroeléctricos”. Já os “tricolores” afundam-se ainda mais na zona da despromoção.

Um jogo que tem muita história por se contar, tendo em conta os objectivos que cada uma das equipas levava para o jogo desta quarta-feira, de atraso, referente a 19ª jornada do Moçambola 2019.

O Maxaquene, por um lado, na zona da despromoção, sabia que uma vitória tirava a equipa da zona onde se encontra, pois pulava da 13ª para a 8ª posição da tabela classificativa.

Por outro lado estava a União Desportiva de Songo, que sabia que uma vitória reduzia a desvantagem pontual com o Costa do Sol, líder da prova, de seis para três pontos.

As duas equipas entraram receosas, culpa do estado da relva do campo do Afrin, que não permite que os jogadores desenvolvam o seu futebol de forma mais pura e alegre.

O facto é que o jogo tinha, também, uma particularidade: marcava o reencontro e regresso de Candinho com o “seu” Maxaquene, quatro meses depois da saída da casa dos “maxacas”.

Candinho ainda teve a oportunidade de marcar à sua antiga equipa, aos 24 minutos, mas o seu cabeceamento saiu ligeiramente ao lado do poste direito da baliza de Jonas, mais uma vez chamado a defender a baliza do Maxaquene.

Os “tricolores” apostaram em jogadas de longa distância, com passes direccionadas para frente, na tentativa de encontrar a velocidade de Mutong, Hermínio e João, mas sem sucesso.

A equipa de arbitragem, principalmente o 1º assistente, Carlos Mussane, entrou em cena algumas vezes, primeiro ao anular um golo de Luís Miquissone, após passe de cabeça de Telinho, ao considerar fora de jogo do internacional moçambicano.

Amid Tarmamade não gostava da actuação da sua equipa e principalmente de João, na frente do ataque, acabando por trocar o jogador ainda na primeira parte, aos 40 minutos, fazendo entrar Silima.

Mas antes, Telinho atirou uma bomba, de fora da área, depois de combinar com Luís Miquissone, a bater Jonas, pela primeira vez, sem dar hipóteses de defesa a este.
A vantagem dos “hidroeléctricos” no final da primeira parte preocupava os “tricolores” e seus adeptos, que já começam a desmoronar, até porque Carlos Mussane voltou a anular um golo limpo de Luís Miquissone, alegadamente por fora de jogo inexistente.

 

Dois penáltis e um vermelho a aquecer o jogo

Verdade ou não, Amid Tarmamade tirou do jogo Silima, que entrara a substituir João, e meteu para o seu lugar Tomás. Parecia que não gostava da actuação dos seus jogadores e não sabia a quem tirar para fazer a equipa carburar melhor.

As duas equipas não avançavam e o relvado não ajudava. O espectáculo só voltou a se ver já no final do jogo. Aos 84 minutos, Luís Miquissone combina com Telinho, que dentro da área remata, mas Domingos, também conhecido por Mexer, defende com a mão e, Eduardo Chissano aponta para a marca da grande penalidade. Luís Miquissone, o capitão, aproveitou para fazer o seu 13º golo e reduzir para sete os golos que o separam de Eva Nga, melhor marcador da prova.

Quando se esperava que o jogo assim terminasse, mais um lance discutível e ajuizado por Eduardo Chissano. A falta de Tony, da UD Songo, sobre Hermínio, do Maxaquene, parece ser em cima da linha da grande área, mas o árbitro aponta para a marca da grande penalidade e Mexer redimi-se do penálti que provocou e reduz a diferença.

Ainda houve tempo para Fopa ver o segundo amarelo e ser expulso, antes do final do jogo. Um jogo que a União Desportiva de Songo aproveitou para preparar o jogo de domingo, no Estádio Nacional do Zimpeto, diante do Bidvest Wits da África do Sul, em partida do play-off de acesso a fase de grupos da Taça CAF.

 

Adeptos do Maxaquene ainda com esperança de manutenção

Os adeptos do Maxaquene, tristes com a segunda derrota consecutiva dos “tricolores”, prometem não abandonarem a equipa e acompanharem em todos os momentos. Estes consideram um fase menos boa esta que a equipa está a atravessar e garantem que a manutenção não está em causa.

Aliás, a esta altura, uma vitória é suficiente para tirar a equipa da zona da despromoção, mas os adeptos sabem que não será tarefa fácil, tendo em conta os adversários que ainda tem pela frente até ao final da prova, nomeadamente a Liga Desportiva de Maputo, o Ferroviário de Nacala, o Desportivo e o Ferroviário, ambos de Maputo, entre outras.

Única esperança dos adeptos “tricolores” é garantir, nos próximos jogos, pelo menos 10 pontos que garantam a manutenção da equipa na prova mor do futebol moçambicano.

 

Fonte:Opais

Ferroviário de Maputo aplica “chapa 100” na BAL

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Dois jogos, igual número de vitórias. Este é o saldo do Ferroviário de Maputo no grupo E das eliminatórias para Liga Africana de Basquetebol (BAL), prova que decorre em Joanesburgo, África do Sul.

Esta quarta-feira, o Ferroviário de Maputo venceu o Lions Basketball Club da Namíbia por 102-60, na segunda jornada do grupo E da fase de qualificação para a Liga Africana de Basquetebol, BAL.

Sem acelerar, até porque o adversário não o obrigou a tal e nem tinha argumentos para o efeito, os campeões nacionais aplicaram “chapa 100” e deram um passo rumo à transição para a elite 16 da inovadora prova promovida pela FIBA e NBA.

No Wembley Stadium, em Joanesburgo, Luís “Lulu” de Barros foi o melhor cestinha dos campeões nacionais com 18 pontos em 22:31 minutos na quadra.

Lulu, que recentemente recuperou de uma lesão, foi secundado por Alvaro Manso, espanhol que colectou um duplo-duplo: 15 pontos e 10 ressaltos (seis ofensivos e quatro defensivos) durante os 24:10 minutos na quadra.

Destaque ainda para Pio “Lingras” Matos, com 14 pontos, e David Canivete, com 14. Num jogo propício para fazer a rotação da equipa, Milagre “Mila” Macome deu minutos a todos atletas com a excepção de Custódio Muchate, que à semelhança do primeiro embate não foi utilizado.

Em termos globais, o Ferroviário de Maputo teve um registo de 47% de aproveitamento nos lançamentos de campo (41/86). Os bicampeões nacionais apresentaram ainda 31% nos tiros exteriores (9/29), 55% na linha de lances livres (11/20) para além de terem dominado na tabela com  47 ressaltos (31 defensivos e 16 ofensivos).
Os “targets” apontam ainda para 20 assistências, nove “turnovers” e 16 roubos de bola.

Hoje é dia de descanso, sendo que na sexta-feira o Ferroviário de Maputo joga com o  Mercenaries do Zimbabwe, conjunto que na segunda jornada perdeu com o University of Zâmbia por 80-74, resultado encontrado no prolongamento.

Os parciais desta partida foram: 15-21, 16-21, 16-12, 23-16 e 14-4 (OT).

Ainda esta quarta-feira, em jogo da segunda jornada do grupo E das eliminatórias para Liga Africana de Basquetebol, o Jonzi Nugets da África do Sul derrotou o Dolphins do Botswana por 68-60.
 
Liga Africana de Basquetebol
BAL 2020


Grupo E
Fer. Maputo 102-60 Lions Basketball Club
Jonzi Nugets  68-60 Dolphins
Mercenaries 74-80  University of Zâmbia

 

Fonte:Opais

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