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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Moçambique alcança segunda vitória no “Afrobasket” sub-16

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A selecção nacional de basquetebol sub-16 alcançou, esta terça-feira, a segunda vitória no Campeonato Africano da categoria. O conjunto orientado por Carlos Dezanove e Nilton Manheira venceu o Ruanda (anfitrião), por 62-37, em jogo da terceira jornada do grupo “A”.

A selecção nacional controlou o jogo, vencendo no primeiro quarto por 22-7. Já no segundo quarto, em que as moçambicanas baixaram a sua pontuação, o Ruanda venceu por três pontos: 16-13.

No terceiro quarto, a selecção nacional voltou a ser a mais esclarecida ao vencer por 19-7, sendo que no último registou a pior pontuação do jogo com oito pontos contra sete das ruandesas.

Com um duplo-duplo (20 pontos e 19 ressaltos), Jessie Joaquim liderou a selecção nacional de basquetebol sub-16.

Com esta vitória, Moçambique ocupa a segunda posição do grupo “A” com cinco pontos, atrás de Angola com seis.

As angolanas somaram esta terça-feira a terceira vitória no certame ao baterem a Tanzânia, por 71-48.

 

Fonte:Opais

Moçambique no Grupo do Quénia e Cabo Verde

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A SELECÇÃO Nacional sénior feminina de basquetebol está inserida no Grupo “D” no Campeonato Africano das Nações (Afrobasket-2019) que terá lugar de 9 a 18 de Agosto em Dakar, Senegal. Com efeito, Moçambique terá pela frente as selecções do Quénia e Cabo Verde, afigurando-se como favorito a terminar em primeiro lugar deste grupo, atendendo e considerando o palmarés do combinado nacional nesta competição.

 

Fonte:Jornal Noticias

“Mambas” já preparam reviravolta

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A SELECÇÃO Nacional de Futebol iniciou na tarde de ontem, no Estádio Nacional do Zimpeto, a preparação tendo em vista a recepção a Madagáscar, domingo às 15.00 horas, para a segunda “mão” da segunda eliminatória do acesso ao CAN-Interno (CHAN-2020) nos Camarões.

 

Fonte:Jornal Noticias

Termina digressão de sucesso na Europa

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Terminou este domingo, 28 de Julho, a segunda digressão da Black Bulls, desta vez levando a sua equipa de juniores, pelo continente europeu, no cumprimento da estratégia da internacionalização da marca "Black Bulls" e intercâmbio desportivo no estrangeiro. O nosso clube confirmou o seu estatuto de montra do talento moçambicano.

A passagem pelo “Velho Continente” iniciou a 15 de Julho, com a nossa participação no Gothia Cup 2019, o mais prestigiado torneio de futebol de formação do mundo, havido em Gotemburgo, na Suécia.

Nesta competição, a nossa equipa de juniores disputou um total de 4 jogos, não tendo perdido nenhum dentro do período regulamentar. Inserido no grupo 4, dos sub-18, a Black Bulls venceu os três encontros da 1ª fase que teve pela frente, com um total de 19 golos anotados e apenas 1 sofrido, tendo por isso terminado em primeiro lugar de um agrupamento que tinha duas equipas suecas e outra proveniente da Alemanha.

Qualificada para os 32-avos-de-final, os nossos juniores cruzaram o caminho do Stenkullen Golk Suécia, conjunto com o qual empatou sem abertura de contagem no tempo regulamentar, na manhã de 18 de Julho. Perdemos, porém, no desempate por grandes penalidades por 4 a 2, o que precipitou fim da nossa caminhada no GOTHIA CUP, na Suécia.

PORTUGAL COMO DESTINO SEGUINTE

Terminada a a missão na Suécia", a nossa delegação composta por 25 pessoas escalou Portugal, onde a 22 de Julho defrontou, no Seixal, os juniores do Amora FC em partida amigável. Os nossos juniores venceram por 5 a 4.

Dois dias mais tarde defrontamos e averbamos a primeira derrota, por 0 a 2, diante da similar do Tondela.

Já na quinta-feira, 25 de Julho, os nossos juniores derrotaram os juniores do Varzim por 1 a 0 para, já no sábado seguinte, irem à Academia do Alcochete forçarem um empate sem golos diante dos sub-17 do Sporting Clube de Portugal.

No global, a nossa equipa de juniores disputou um total de 8 jogos, que resultaram em 5 vitórias, 2 empates e apenas 1 derrota. Marcou 25 golos e sofreu 7.

CINCO ATLETAS FICARAM PARA OBSERVAÇÃO

Para lá do intercâmbio e dos resultados desportivos, a digressão deste ano 2019 em solo europeu serviu, mais uma vez, de montra de exposição de novos talentos moçambicanos no estrangeiro. Com efeito, um total de 5 atletas asseguram a continuidade em Portugal para, por um período de 30 dias, serem submetido a observação no contexto dos respectivos clubes.

São eles: Romão e Adilson no Alcanenense, Celso Máquina no Bragança, Zacarias e Dércio Mambero no Varzim.

Queremos desde já agradecer a todos por todo o apoio prestado ao nosso clube.

"O Nosso Caminho faz-se Caminhando".

 

Fonte:Black Bulls

“Mambas” retomam trabalhos esta tarde

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A SELECÇÃO Nacional de futebol retoma, hoje, os trabalhos de preparação tendo em vista o confronto, domingo, com Madagáscar, pontuável para a segunda “mão” da primeira eliminatória do acesso ao CAN-Interno (CHAN-2020) nos Camarões.

 

Fonte:Jornal Noticias

Depois de Mutola... a queda livre!

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Surgiu Lurdes Mutola e com ela o atletismo moçambicano brilhou no mundo, ficando a ideia de que se tratava do resultado do nosso trabalho de base. Dirigentes da modalidade, e não só, passaram a acompanhar a Menina de Ouro pelo mundo, exibindo uns galões cujo mérito não lhes pertencia. O “meteoro”, após duas décadas em que (per)correu o mundo a correr, encerrou a sua carreira. Hoje assiste-se à queda-livre do atletismo. E o reerguer não se afigura fácil, pois a apetência, sobretudo nos subúrbios, mesmo em datas festivas, é cada vez menor.

Para muitos, o atletismo é uma modalidade-base, pois a partir da corrida e dos saltos, o atleta fica capacitado para brilhar noutros desportos. Nos Jogos Olímpicos, é a chamada a modalidade-raínha.
E qual é, na realidade, o ponto de situação do atletismo, considerado desporto prioritário no nosso país?

“RANKINGS” NÃO MENTEM


A maior parte dos nossos recordes nacionais, têm “barbas brancas”. E os que não têm pela duração, têm pela desactualização, quando comparados às marcas – mesmo as mínimas – que se exigem nas competições internacionais, no Continente Africano e no Mundo. Pode referir-se, sem qualquer margem de exagero, que as estrelas mundiais das várias especialidades, chegam aos nossos recordes, mesmo sem tirarem os fatos de treino.

E se os números valem para alguma coisa, basta dizer que a maioria dos nossos máximos, ultrapassadíssimos, não chegam para passar as primeiras eliminatórias em Jogos Olímpicos ou Campeonatos Mundiais.
Vejamos alguns exemplos:

- O recorde nacional mais antigo, é o do lançamento do martelo. Tem 57 anos e pertence a Octávio Vicente, com 46.51 metros.
- Segue-se o da maratona, prova de 42 km, em que a melhor marca de sempre pertence a António Repinga, com 2 horas 38 minutos e 32 segundos. Foi obtido em 1964, portanto há 55 anos.
- Cândido Coelho, com 4 metros, ainda detêm o recorde do salto à vara, datado de Abril de 1974, portanto há 45 anos.

Note-se que muitos dos máximos que ainda vigoram, foram obtidos com antiquados sapatos de pregos, em pista de cinza e não em tartan!
Uma consulta à lista dos máximos do atletismo nacional, traz à tona o seguinte facto: à excepção dos melhores tempos de Lurdes Mutola – que detêm 9 recordes nacionais, alguns deles africanos – todos os outros não têm qualquer cotação internacional. Veja-se o salto em altura em que o máximo nacional, de Chambal, está a quase meio metro de distância do recorde mundial de Sottomayor, um cubano que saltou 2 metros e 45 centímetros! Salvo raras excepções, as nossas melhores marcas masculinas ficam aquém dos melhores tempos mundiais... femininos!

DE DESPORTO-BASE A MODALIDADE ESQUECIDA

Na década 70, corria-se, saltava-se e lançava-se aos fins-de-semana, nas pistas do Sporting de LM, Desportivo e Parque dos Continuadores. As entradas, pagas, tinham um público fiel. Os treinos eram diários e o número de atletas crescia no defeso do futebol, pois o atletismo ajudava os jogadores a melhorarem as suas “performances” para o desporto-rei.
Ferroviário, Sporting e Desportivo, eram os rivais, com departamentos organizados, dirigentes e treinadores dedicados e experientes, como eram os casos do Professor Vilela, Luís Revez e António Matos.

Um facto que se perdeu nos últimos tempos, é o da “obrigatoriedade” que havia relativamente aos corta-matos e às corridas de estrada, nas datas festivas: Légua do Natal, que partia do mini-golf até ao campo do Maxaquene e Légua 24 de Julho, em toda aquela avenida eram, entre outras, provas tradicionais do calendário.

Federados e populares, com objectivos e classificações diferentes, corriam, confraternizavam e interiorizavam a necessidade de praticarem e acompanharem um dos desportos mais saudáveis que se (re)conhece.

E que se não pense que os estrangeiros convidados – suázis, tanzanianos e sul-africanos – vinham apenas passear a sua classe e arrebatar os principais prémios. Nada disso: fundistas como Repinga, Francisco Ducodo, Archer Fausto, Pedro Mulomo, Luís Cossa e outros, eram do melhor que havia, “clientes assíduos” da selecção do então espaço português.

CORRER É SAÚDE

Bela iniciativa da então Direcção Nacional dos Desportos, prova regular, que enquadrava vários escalões etários. Uma iniciativa salutar, que virou vício.

Nas escolas e nos espaços dos subúrbios, havia grande movimentação e interesse de todos, em se candidatarem ao prémio que era, invariavelmente, um rádio Xirico. Pode dizer-se que o país corria, pois a semente lançada na capital, facilmente se espalhava por outras cidades e zonas rurais.

Um regalo e, certamente, algo a reeditar.
Com custos mínimos, obtinham-se resultados espantosos, muito particularmente para a saúde.

ATLETISMO NÃO GALVANIZA POR CAUSA DO CRONÓMETRO?


Para se gostar do atletismo, é preciso algum conhecimento. Ver um atleta a correr e saltar, sem saber o que isso representa, pode não ser atraente. Não é a mesma coisa que reclamar um golo, ou um penalti.
O atletismo tem um patrão: o cronómetro. Bem mais exigente que o vídeo-árbitro, pois define os vencedores, por vezes com diferenças de décimos e centésimos de segundo.

As técnicas e a elegância nos saltos, as particularidades nas corridas de barreiras e obstáculos, os pormenores tácticos no meio-fundo e fundo, a “explosão” nos 100 e 200 metros, tudo isso exige algum conhecimento para criar paixão.

Mas a beleza vem da multiplicidade e variedade de gestos, técnicas e movimentos, que dependem de um treinamento sério e grande concentração nos momentos decisivos. Ao contrário do futebol, há pouco espaço para culpar colegas ou juízes, por um passe mal feito ou um golo anulado.


Quénia e Etiópia: capitais do meio-fundo e fundo


Foram, desde sempre, líderes e por isso podem ser consideradas capitais mundiais do meio-fundo e fundo: Quénia e Etiópia. Grande parte dos campeões e recordistas, são provenientes daqueles países ou dos limítrofes. Há razões relacionadas com a altitude e a alimentação tradicional, que explicam em parte o sucesso.

Porém, nos tempos em que vivemos, à tradição de correr pelas montanhas, juntam-se as vantagens que os grandes campeões desfrutam e exibem, ao ponto de até os treinos de atletismo serem, naquelas paragens, assistidos por milhares de pessoas. Lá, o atletismo é a modalidade prioritária. Com ele sonham milhares de jovens, com o apoio de pais e governantes.

Etíopes e quenianos, em masculinos e femininos, são presença obrigatória nas maiores corridas de estrada do mundo. Em regra, alternam entre si as posições cimeiras, reduzindo o sonho dos europeus ou americanos a apenas tentarem conseguir uma “infiltração” entre o que chamam de armada africana!

Em Moçambique, fala-se de Manica e Niassa, como sendo zonas com altitude favorável ao surgimento de jovens com propensão para as corridas de meio-fundo e fundo. Os Jogos Escolares têm confirmado essa tendência nata. O que falta? Investimento sério e actualizado!


Lurdes, Magalhães e Cândido os atletas do século!
Lurdes foi a figura maior, tendo beneficiado de um longo e frutuoso estágio nos Estados Unidos. O governo moçambicano distinguiu-a com atleta do Século, juntamente com José Magalhães e Cândido Coelho, que chegaram a ser os melhores da Península Ibérica, isto é de Portugal e Espanha.

Logo a seguir, perfila-se António Repinga, um fundista sem paralelo. Abdul Ismail e Magid Osman, nos 110 barreiras, Stélio Craveirinha, António Fernandes, Vítor Pinho, Lucrécia Cumba Argentina da Glória e Ludovina Oliveira, merecem ser mencionados.

Surpresa? Mário Esteves Coluna, o Monstro Sagrado, que nos anos 60, antes de abraçar o profissionalismo no futebol, foi campeão e recordista do salto em altura, além de ter vencido muitas provas de meio-fundo.

 

Fonte:Opais

DUAS INÉDITAS VITÓRIAS NA ESTREIA DO MUNDIAL

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Este é o rescaldo da primeira presença moçambicana num Mundial de basquetebol Sub-19 feminino. Duas vitórias diante das anfitriãs: uma na abertura e outra no encerramento (ontem) permitiu que Moçambique não só escapasse de ocupar o último lugar da prova como também fizesse história, ao conquistar as primeiras vitórias num evento planetário.
 
Depois da vitória na estreia por 66-39, ontem, no encerramento da prova, a Selecção Nacional Sub-19 voltou a vencer na competição. Para não variar, sobre o mesmo adversário e com números convincentes. Os categóricos 30 pontos (68-38) sobre as anfitriãs mostram o quão forte o combinado nacional esteve no confronto. Mas o início não foi por aí fácil. O primeiro quarto terminou empatado (12-12), mas no segundo Moçambique esteve melhor e marcou 14 pontos, contra nove da Tailândia.
 
No terceiro quarto as meninas de Leonel Manhique estavam ainda mais fortes, apontando 19 pontos, contra apenas sete do seu adversário. O derradeiro quarto foi ainda melhor. Foram 23 pontos assinalados, contra 10 das donas da casa.
 
Por: Deanof PotomPuanha
 
 
Fonte:Desafio

A maldição do minuto 92…

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Afinal a culpa dos golos sofridos no minuto 92 não é de Abel Xavier e a profecia voltou a acontecer, na era Victor Matine. Será que o seleccionador nacional interino vai ser prejudicado pelo minuto 92? Eis a questão de reflexão para Moçambique, os Mambas e os moçambicanos.

Os Mambas voltaram a perder diante do Madagáscar, desta vez por uma bola sem resposta, com um golo apontado aos 92 minutos, numa desatenção da defensiva moçambicana que permitiu três toques de bola dentro da área, até ao remate final do jogador malgaxe, que assim coloca a eliminatória em vantagem para a selecção do Madagáscar, ainda que recuperável. Há que frisar que no lance que dita golo da selecção do Madagáscar há uma falta vista pelo árbitro comoriano, mesmo na linha da grande área, que dita um cruzamento para dentro da pequena área, surgindo os três toques que ditaram o único golo do jogo, mesmo ao apagar das luzes. Outrossim é preciso destacar que o árbitro do encontro, Ali Mohamed Adelaid, das Comores, esteve em muitos momentos contra a selecção moçambicana, prejudicando o conjunto nacional por diversas vezes, para além do lance do golo, mas principalmente na primeira parte.

 

Segurar o jogo na primeira parte…

Victor Matine entrou para este jogo com uma equipa que, não sendo total e directamente ofensiva, era basicamente muito bem posicionada, ao longo do meio campo, onde Nené e Candinho faziam o primeiro tampão defensivo, auxiliado por Infren e Telinho, este último que também era o municiador e tinha a responsabilidade de alimentar Luís Miquissone e Maninho. E também tinha uma defensiva muito certeira e bastante unida, com Jeitoso a ser o patrão e a fazer uma bela dupla com Sidique, tendo Manucho e Danilo nas laterais. Victor foi o homem confiado para defender as redes nacionais e, diga-se, muito seguro.

E os Mambas tiveram uma primeira parte em que jogavam contra a selecção do Madagáscar, dos adeptos que enchiam o estádio e com a equipa de arbitragem, que muito prejudicou o combinado nacional nesta parte do jogo. E o primeiro sinal de contrariedade que os Mambas enfrentavam, no caso da equipa de arbitragem, foi quando Maninho introduziu a bola dentro das malhas de Jean, mas Ali Adelaid considerou um fora de jogo, praticamente inexistente. Mesmo com as reclamações dos jogadores, nada havia a fazer. Há que dizer que Maninho foi a cara do ataque dos Mambas, tendo tido muitas oportunidades de marcar, mas a encontrar dificuldades diante da defensiva malgaxe.

Doutro lado, Victor também adiava o golo dos malgaxes, com excelentes defesas, o que de alguma forma enervava os jogadores contrários.

De resto, foi uma primeira parte que terminou com um nulo que era justificável.

 

Conhecer melhor o adversário e encurralá-lo

Na segunda parte esteve bem melhor o combinado moçambicano, encostando o Madagáscar no seu meio campo e dispondo das melhores oportunidades de golos, sem sucesso. Maninho continuava a ser o que mais oportunidades dispôs, tanto de cabeça, bem como através de remates, mas sem acertar no alvo. Luís Miquissone também teve algumas, mas também sem sucesso. A defensiva essa, continuava muito bem, com Sidique e Jeitoso a combinarem bem e o árbitro também já a ser muito justo nas suas acções.

As trocas que foram efectuadas por Victor Matine, nomeadamente com as entradas de Raúl, Amadú e Dayo, foram muito bem conseguidas, tendo os Mambas continuado a terem boas oportunidades de sair de Antananarivo com um bom resultado, mas eis que veio o factídico minuto 92.

O lance começa com um ataque pela esquerda por parte do Madagáscar, em que o médio malgaxe faz um cruzamento, aparecendo Sidique, dentro da área, a fazer um corte para canto. O facto é que o árbitro não aponta para canto, mas sim para um livre na linha da grande área, encurtando a chegada da bola no interior da área. E foi assim que o combinado da Madagáscar consegue meter na área, surgem os três toques, até ao toque final, mesmo na cara de Victor, que nada podia fazer, senão olhar a bola a anichar-se no fundo das malhas.

Mais uma vez o factídico minuto 92 prejudicou a selecção nacional, tal como fez diante da Guiné-Bissau, tanto em Maputo e em Bissau, bem como diante da Namíbia, em Maputo, em jogos da fase de qualificação ao CAN-2019. Mas também os Mambas já haviam sofrido um golo aos 92 minutos diante do mesmo Madagáscar, em 2017, no Estádio Nacional do Zimpeto, em jogo de uma eliminatória de acesso ao CHA-2018, sendo eliminada com agregado de 4-2, depois de ter empatado em Antananarivo a duas bolas.

A segunda mão desta eliminatória disputa-se próximo domingo, novamente no Estádio Nacional do Zimpeto. Os Mambas regressam esta segunda-feira ao país, devendo iniciar na terça-feira os trabalhos de preparação com vista ao jogo de domingo.

 

Fonte:Opais

herói ou vilão?

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Se os Mambas se tivessem qualificado – bastava um pouco mais de “manha” nos minutos finais de três jogos – estaria o país a falar de um Abel Xavier herói. Ainda por cima porque a qualificação transportaria a inédita façanha das duas primeiras vitórias, em competições oficiais, diante da toda (ex?) poderosa Zâmbia. Tal não aconteceu e o sentimento girou 180 graus. Para alguns foi um falhanço total, a partir de um currículo que denota inexperiência, passando pelas convocatórias e métodos errados.

Repare-se no que aconteceu com as claques: após a derrota diante da Namíbia, cercaram o autocarro dos Mambas, exigindo de imediato a cabeça do técnico. Depois, muitos deles integrados na “onda vermelha” em Bissau gritaram a plenos pulmões:
- “Queremos Abel Xavier! Queremos Abel Xavier, mesmo que os outros já não te queiram! Ele terminou o jogo abraçando e chorando junto dos jogadores. É assim a vida dos Seleccionadores e treinadores. Numa análise mais a frio, há que referir que não é justo aquilatar a acção do recém-demitido treinador dos Mambas, sem ter em conta os momentos difíceis e multifacetados que tem vivido o país e, por tabela, o desporto nacional. 

Uma clara desvantagem que se nos coloca nas competições continentais, é a da fragilidade naquilo a que se chama de jogo invisível. Ou seja, acção fora das quatro linhas. Quem acompanhou as nossas equipas pelo continente, sabe bem dos frequentes “imprevistos”, acção e pressão sobre árbitros e comissários da CAF, o que nos coloca em desvantagem em casa, como eternas “virgens imaculadas” que continuamos a ser. 


MUDARAM-SE OS TEMPOS
E TAMBÉM AS REALIDADES

A situação política e social no país, tem efeitos directos no desporto, bem como a acção das direcções das federações em exercício. Nesta altura, a “exportação” dos principais craques para vários países é, claramente, um factor positivo, na linha do que até fazem as grandes potências. 
Mas traz novos desafios, em especial a “gestão” da forma de cada atleta, bem como o aquilatar da competitividade de campeonatos de níveis muito desequilibrados.

Juntar os atletas apenas três ou quatro dias antes das partidas e decidir sobre o onze ideal, é tarefa extremamente complicada. Veja-se que uns actuam na França, Albânia, Portugal (no Amora) ou na Alemanha. E a decisão sobre quem, após viajar mais de 10 horas de avião, terá que ficar no banco? Estrelas como Reinildo, Mexer ou Zainadine, se ficarem a suplentes numa selecção tão mal colocada no ranking FIFA, poderá ser para eles factor desmotivador, porque objecto de “chacota” junto dos colegas. Nesse aspecto, a acção de Abel Xavier terá representado um “abanão” positivo na gestão das mentalidades, tanto as de dentro, como as de fora.

 

O PAPEL DO MOÇAMBOLA

O Moçambola deveria ser o principal suporte da Selecção Nacional. Mas não é. Com mais espaço para se discutirem modelos que se alteram anualmente e mais preocupação com as viagens do que com os treinos, a nossa competicão-mor vai funcionando ao estilo “tchova-xita-duma” (empurra que vai pegar).

Daí que o exíguo número de “seleccionáveis”, tenha como base duas razões: baixo nível na competitividade geral e presença marcante de estrangeiros nas equipas “top”, como principais desequilibradores. A partir daí, o seleccionador têm que se virar mais para os internacionais que actuam além-fronteiras – mesmo em turmas de valor secundário – para depois preencher os pontos fracos com os que actuam internamente.


MAMBAS NO RANKING FIFA

Quando Abel Xavier assumiu o comando, os “Mambas” ocupavam o 107º lugar. Moçambique conseguiu dar um pontapé na crise de maus resultados em Junho de 2017, quando em pleno estádio Levy Mwanawasa derrotou a Zâmbia, com um golo de Ratifo. A selecção ascendeu à posição 97. Porém, nos jogos que se seguiram, lapsos e desconcentrações em momentos decisivos deitaram tudo a perder. O empate amargo com a Guiné-Bissau, seguido pela surpreendente derrota diante dos namibianos, foram a “gota-de-água”.

Ao ser afastado do cargo para dar lugar a Vítor Matine, o treinador luso-moçambicano, deixou a selecção no lugar 116, isto é 9 postos abaixo da que encontrara. Refira-se que a nossa melhor classificação de sempre no ranking FIFA até hoje, foi o 68º posto, quando nos qualificámos para o CAN 96, sob o comando da dupla Bondarenko/Salvado. Em contraponto, a pior, em 2006, foi a posição 134, numa altura em que os Mambas eram orientados por Artur Semedo.

Um gráfico sobre o valor dos treinadores dos Mambas, tendo em conta as várias “nuances” porque tem passado a equipa de todos nós, e considerando, embora à distância, as oscilações no ranking dos adversários, colocaria Abel Xavier no pódio de um técnico que apesar da não qualificação ao CAN, iniciou um novo ciclo, que importa agora dar continuidade, com o registo que ele afirmou ter deixado na FMF.

 

 

Fonte:Opais

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