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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

Liga Portuguesa de Futebol apoia vítimas do ciclone IDAI na 27ª jornada

LIGAPORTUGUESA

 

Um comunicado da Liga Portuguesa de Futebol enviado aos clubes da primeira e segunda ligas locais refere que a instituição que gere os campeonatos de futebol pretende levar a cabo uma campanha solidária de apoio às vítimas do ciclone Idai. Assim, em todos os campos onde vai decorrer uma partida da jornada 27 da Liga NOS, bem como da LigaPro, entre sexta-feira e segunda-feira, haverá um local identificado onde os portugueses vão depositar seu apoio para as vítimas do ciclone e das inundações no centro do país.

De acordo com o comunicado da Liga Portuguesa de Futebol, “a acção consiste na recolha de bens alimentares, vestuários e outras necessidades básicas, em todos estádios, entre os dias 29, 30 e 31 de Março e 01 de Abril de 2019”, sendo que por isso conta com a colaboração de todas Sociedades Desportivas “para se associarem a esta causa”.

Dentre os vários produtos solicitados pelas autoridades moçambicanas para apoio dos portugueses que forem assistir aos jogos da 27ª jornada dos campeonatos portugueses, o comunicado destaca desinfetantes de água, barras energéticas, solução oral hidratante, pensos higiénicos, redes mosquiteiras, anti-maláricos, medicação para diarreias, velas, lençóis e mantas.

Depois desta colecta nos estádios, a Liga Portuguesa de Futebol vai recolher os produtos angariados entre segunda e terça-feiras, devendo canalizar às vítimas, através dos Transportes Aéreos de Portugal (TAP), ainda na próxima semana.

O comunicado termina dizendo que “acreditamos que, juntos, ajudar quem mais precisa. Porque ser do futebol, também é ser solidário”.

Mas o ponto mais alto desta campanha de solidariedade nos campos de futebol em Portugal será no Estádio de Restelo, onde as equipas femininas do Benfica e do Sporting se defrontam para o jogo da segunda mão da Taça de Portugal. Para o efeito, o presidente da Federação Portuguesa de Futebol convidou o seu homólogo de Moçambique, Alberto Simango Jr., para assistir ao jogo e assim testemunhar esta campanha. Simango Jr. deixou o país esta quinta-feira com destino a Lisboa para o efeito da campanha de solidariedade às vítimas do Idai, um ciclone tropical que devastou, inclusive, recintos desportivos nas províncias de Sofala e Manica.

O jogo entre as equipas femininas do Benfica e Sporting está marcado para sábado, às 18.00 horas de Maputo (16.00 Horas de Lisboa) no Estádio de Restelo, onde as receitas irão reverter a favor das vítimas da catástrofe. A receita líquida será integralmente entregue à Cruz Vermelha Portuguesa, que procede nesta altura a uma recolha de fundos para auxiliar as vítimas da emergência humanitária em Moçambique.

Outra forma portuguesa de ajudar Moçambique foi feita pela selecção local, que autografou camisolas que vão ser utilizadas para angariar receitas que permitam ajudar pessoas afetadas pela tragédia que assolou Moçambique. As camisolas foram autografadas pelos 24 jogadores que se encontravam no estágio da selecção portuguesa que disputou dois jogos de apuramento ao Campeonato da Europa de 2020, em que empatou a zero com a Ucrânia e a um golo com Luxemburgo, ambos jogos realizados no Estádio da Luz.
 
 Pedro Proença adia visita a Moçambique


O Presidente da Liga de Futebol de Portugal, Pedro Proença, adiou a sua vinda a Maputo a convite do seu homólogo moçambicano Ananias Couana, que estava prevista para este final de semana, curiosamente para coincidir com o arranque do Moçambola 2019. De acordo com o comunicado da Liga de Portugal, este adiamento tem que ver com “motivos de agenda, de carácter urgente”, nomeadamente para permitir que o dirigente máximo da liga portuguesa de futebol acompanhe de perto a campanha de angariação de apoios às vítimas das inundações e do ciclone Idai no centro do país, que vai ter lugar em todos estádios que vão acolher jogos da 27ª jornada da Liga NOS e da LigaPro.

Assim, a visita de Pedro Proença, que tem como objectivo principal a assinatura de memorando de entendimento entre as duas instituições que gerem os campeonatos nacionais dos dois países, ficou remarcada para os dias 01 a 04 de Maio próximos.

Pedro Proença reiterou, no comunicado enviado a Liga Moçambicana de Futebol, que “mais uma vez lamenta o sucedido” no centro do país e espera que “a visita contribua para a dinamização do futebol de Moçambique, sendo certo que continuaremos empenhados a dar nosso contributo para o seu engrandecimento”.

Esta visita de Pedro Proença é em resposta ao convite formulado pelo seu homólogo moçambicano, Ananias Couana, durante a visita que efectuou a Portugal e Espanha, em Janeiro passado, para procurar apoios de viabilização do campeonato nacional de futebol, o Moçambola 2019.

 

Fonte:Opais

Inhambane acolhe IV edição da pesca desportiva

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A praia da Barra, na cidade de Inhambane, acolhe desde o dia 25 até amanhã, 29 de Março, a IV edição de pesca desportiva 2019. A competição envolve 18 embarcações, 90 competidores e 130 visitantes, na sua maioria provenientes da vizinha África do Sul.

O evento é organizado pelo estabelecimento turístico Vista do Mar,em parceria com a Platinum Skiboat Club e a Barra Bonanza, clubes desportivos sul-africanos, econta com o apoio e colaboração dos sectores de Cultura e Turismo, Mar, Águas Interiores e Pescas, para além da Administração Marítima.

Segundo os organizadores, estima-se que cerca de 4.5 milhões de meticais sejam gastos em despesas de alojamento, alimentação, combustíveis, entre outras despesas.

Ainda nesta actividade serão empregues sazonalmente 35 trabalhadores locais durante os dias dacompetição.

O vencedor será premiado com o valor de ZAR 12000 (doze mil randes), entre outras premiações que vão acontecer.

No primeiro dia, os competidores interpelados lamentaram a escassez do peixe, o que pode comprometer as próximas competições e pedem ao Governo para prestar mais atenção na fiscalização marítima.

À margem da competição propriamente dita está patente no local uma exposição das potencialidades turísticase culturais da província.

 

Fonte:Jornal Noticias

LMF garante condições para marcar início do Moçambola

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O presidente da Liga Moçambicana de Futebol, Ananias Couana, garante já estarem criadas condições para a marcação da data do início do Moçambola 2019, depois do adiamento que aconteceu derivado da destruição que o ciclone Idai provocou nos campos de jogos, principalmente nas províncias de Sofala e Manica, onde existem equipas que vão disputar o campeonato nacional. Em Sofala, por exemplo, o “caldeirão” do Chiveve sofreu com as inundações e já está na fase de reabilitação, tendo a Liga Moçambicana de Futebol recebido garantias de que estará normalizada dentro de alguns dias para acolher jogos da Moçambola.

Ananias Couana esteve na Beira esta quinta-feira para se reunir com as direcções do Ferroviário da Beira e do Têxtil de Púnguè, duas equipas que vão corporizar o Moçambola, tendo recebido garantias de recuperação das instalações desportivas dentro dos próximos dias.

Hoje, a direcção da Liga Moçambicana de Futebol estará em Chimoio, onde vai se reunir com a direcção do Textáfrica do Chimoio, também para verificar as obras de reabilitação do campo da Soalpo, que viu parte do muro de vedação destruído, bem como parte das suas instalações da sede do clube.
 
Couana ainda com esperança do Moçambola tradicional


Entretanto, em entrevista a Rádio Moçambique, canal desportivo, Ananias Couana mostrou-se confiante ainda em realizar o campeonato nacional nos moldes habituais de todos contra todos, com todas as 16 equipas a se defrontarem em duas voltas.

Na referida entrevista, o presidente da LMF disse que a sua direcção continua a realizar contactos junto do empresariado para poder viabilizar a cobertura do défice de pouco mais de 62 milhões de Meticais no orçamento de 115 milhões de Meticais para realizar a prova nos moldes habituais.

Para já, o Moçambola 2019 está projectado para se disputar no modelo de duas séries de oito clubes divididos em duas regiões, sendo que a LMF ainda não tem garantido todo valor orçamentado para as despesas de transporte aéreo, apresentando um défice na ordem de aproximadamente de 25 milhões de Meticais.

Na próxima terça-feira a direcção da Liga Moçambicana de Futebol vai se reunir para decidir pela data do arranque do Moçambola 2019, que se espera inicie ainda em Abril próximo.

 

Fonte:Opais

Tailândia cruza caminho de Moçambique na estreia

sub-19 basquete

 

A SELECÇÃO Nacional feminina de sub-19 de básquete já conhece o alinhamento de jogos no Campeonato do Mundo que decorrerá na Tailândia de 20 a 28 de Julho. Ora, quis o destino, que as basquestistas moçambicanas tivessem que defrontar na primeira jornada do Grupo “A”, as tailandesas, anfitriãs do evento, a 20 de Julho.

 

Fonte:Jornal Noticias

Pugilistas aceleram passo

BOXE

 

A PREPARAÇÃO da Selecção Nacional de Boxe rumo ao Campeonato Regional da modalidade da Zona IV, que terá lugar de 23 a 27 de Abril, em Gaberone, capital do Botswana, entra na fase decisiva, pelo que há necessidade de se acelerar o passo tendo em vista à revalidação do título

 

Fonte:Jornal Noticias

“Agora é só acreditar que tudo é possível”

REINILDO MANDAVA

 

O internacional moçambicano, Reinildo Mandava, diz ter sido bem recebido pelos colegas no Lile, conjunto para o qual se transferira na última janela por empréstimo do Belenenses. O esquerdino promete continuar a trabalhar para se (a)firmar no actual segundo classificado da Ligue 1, campeonato francês de futebol. Reinildo considera que, “se eles me chamaram é porque viram qualidade em mim”. E conclui: “agora é só acreditar que tudo é possível”.

Reinildo uma fase nova para a sua carreira no Lille da França. O que significa para esta nova experiência?


Para mim, representa um novo desafio. Sou jovem e gosto de encarrar os desafios. É uma terra nova, uma equipa nova, mas sempre com os mesmos objectivos, que passam por ajudar o grupo naquilo que são os objectivos da equipa. Está a ser muito bom pra mim, desde a adaptação até ao trabalho que tenho feito lá. Já tive a oportunidade de me estrear. Agora é só continuar a trabalhar para ter a oportunidade de me firmar na posição.

Está no Lille a título de empréstimo. Está é uma oportunidade para agarrar a oportunidade que lhe é dada?


Com certeza, estou emprestado por opção do clube. No fim do campeonato, o Lille vai decidir. Mas para mim, é como tenho dito, vou continuar a trabalhar e o resto vem depois porque se eles me chamaram é porque viram qualidade em mim. Agora é só acreditar que tudo é possível.

Como é que vê o seu progresso no futebol europeu?Entrou pela mão do Benfica, mas teve que passar por clubes de escalões um pouco mais secundários e agora aparece no Lille. Se calhar foram os momentos que fizeram com que eu crescesse, mais pelas dificuldades causadas pela lesão que tive. Depois sai emprestado para o Fafe e segui para o Covilhã. Isso serve de exemplo para os outros companheiros e colegas.

 

Para nós que estamos a sair de Moçambique para a europa, serve como um trampolim, mas tens que trabalhar para fazer o seu nome, que é para as pessoas te conhecerem realmente. Se eu fosse uma pessoa que não gostasse de trabalhar hoje não estaria aqui onde estou agora. Porquê? Porque eu fui para o Benfica, depois fui para o Fafe que era uma equipa que estava a lutar para se manter na primeira divisão. Mas graças a Deus, como eu trabalho arduamente ao mesmo nível e quero sempre superar dia pós dia, então foi isso que aconteceu.

Continuei a trabalhar, fui para o Covilhã onde surgiu a oportunidade de seguir para a primeira liga, neste caso o Belenenses. Joguei e, em seis meses, estou aqui. Isto serve de exemplo para muitos colegas e outros que ainda vão sair do nosso país. Em Moçambique, temos muitos talentos, então que sirva de exemplo e seja uma referência. Aquilo que eu passei fez com que eu trabalhasse ainda mais. Portanto, quando este tipo de coisa acontece só se pode esperar algo bom. Foi isso que aconteceu e, agora, estou aqui.

O Lile é o actual segundo classificado da Ligue 1, campeonato francês de futebol, com 57 pontos, menos vinte que o líder PSG. Que tipo de ambiente encontrou e como foi o seu enquadramento?


Desde o primeiro momento receberam-me muito bem. Foi muito bom com os colegas. Como eu sou uma pessoa que se integra muito bem não foi difícil. Eu gosto de trabalhar e sou uma pessoa muito alegre. Isso faz com que as pessoas gostem de mim. Foi fácil porque eles me receberam muito bem.

Qual é a meta? Portugal ou França, neste continuar no Lile onde poderá jogar a Liga dos Campeões? Onde pretende chegar?


Eu vou usar um ditado que a minha avó sempre me disse que quando eu estava no Ferroviário da Beira: meu neto, trabalha sempre que a meta é céu. Claro que eu tenho ambições de chegar a outras equipas e outros campeonatos que eu sempre almejei jogar. Eu continuo a trabalhar e as coisas vão aparecer. Se for para acontecer, as coisas irão acontecer.

Queria estar na Beira para sentir de perto aquilo que eles estão a sentir

Porque a opção de Reinildo pelo campeonato francês?


Porque a França? Por causa da oportunidade. Eu sou um jogador, como referia, que gosta muito de desafios. Percebe? Então, como eu já estava há muito tempo em Portugal e, sendo uma equipa que está a lutar pelos seus objectivos, eu disse porque não aceitar estes desafio e tentar ajudar? Foi isso que eu fiz. Para mim, é indiferente pois podia ser Inglaterra ou Espanha. Foi a França e pode servir de trampolim.

Está em França, mas como sabemos é natural da Beira. Qual o seu sentimento após a devastação da cidade da Beira pelo ciclone IDAI? Como é que o Reinildo recebeu esta triste notícia?


Esta é a parte menos boa para mim porque, como vocês sabem, eu sou da Beira. Por aquilo que eu vi, quando cheguei pedi ao seleccionador nacional para me dispensar durante um dia porque eu não tinha nenhuma informação da minha família. Não sabia o que estava a acontecer, estava apenas informado através das redes sociais que o ciclone devastou Beira. Quando cheguei, estava muito preocupado e perturbado. Não sabia qual era a situação da minha família. Eu já perdi pai e mãe e a única família que eu tinha lá era são os meus irmãos, mesmo assim eu não sabia deles. Não sabia o que aconteceu. Foi uma situação muito difícil para mim porque sou muito sentimental.

E como é que conseguiu contactar os seus irmãos, numa situação em que havia problemas de comunicação após a passagem do ciclone IDAI?


Graças a Deus consegui falar com a minha família dois dias depois. Graças a Deus está tudo bem.

Que mensagem deixa ficar a todas as vítimas do ciclone IDAI que provocou mais de duzentos óbitos e um grande rasto de destruição?


Nós beirenses somos nunca desistimos. Portanto, independentemente do que se passou com eles, afectou a mim e a outros beirenses e todo povo moçambicano. Quero dizer a todos que devem continuar com este espírito e nunca desistam. Eu sei que é muito difícil neste momento. Queria estar lá para sentir de perto aquilo que eles estão a sentir. É a província que me fez crescer. Muita força para eles.

 

É com muita que agora irei voltar para a França para continuar com o meu trabalho. Quando voltar de férias, a primeira coisa que irei fazer é viajar para a Beira para tentar ajudar com aquilo que conseguir às famílias que perderam os seus entequeridos e os seus bens e que não tem a possibilidade de ter sequer um prato de comida. Isso choca-me porque eu já passei por isso na vida. Vou ajudar naquilo que for possível. Eu quero ajudar. Sinto-me bem em fazer. Tudo irá correr bem. Tudo irá voltar à normalidade.

 

Fonte:Opais

“Deus não quis que Mambas e Djurtus se qualificassem ao CAN 2019”

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Dos vários artigos que se tem destacado sobre o descalabro dos Mambas, em vários órgãos de comunicação social e até nas redes sociais, há que destacar as declarações do seleccionador nacional da Guiné-Bissau, Baciro Candé, no final do encontro que ditou o afastamento dos Mambas da fase final do Campeonato Africano das Nações, CAN-2019.

 

O seleccionador dos Djurtus diz que a sua equipa de tudo fez para que os Mambas se qualificassem, sem no entanto deixar claro que houve facilidades para que Moçambique vencesse o jogo. Aliás, nem foi preciso parecer que os guineenses facilitaram a vitória dos Mambas. Isso porque a avalanche ofensiva dos Mambas podia ter permitido que mais golos tivessem entrado, para além dos dois que foram marcados por Ratifo e Nelson.

 

Os Mambas falharam que se fartaram nesse jogo e comparado com as oportunidades da Guiné-Bissau, que teve apenas três, sendo duas que deram em golo e aquela em que Leonel foi superior ao seu adversário ao desviar a bola, quando já se gritava golo, devia ter saído a golear.

Facto mesmo é que no jogo da Guiné-Bissau Deus não quis, realmente, que as duas selecções se qualificassem ao CAN-2019. Há que concordar com as declarações de Baciro Candé, na medida em que muito de estranho e extraordinário aconteceu no Estádio 24 de Setembro, em Bissau.

 

Recordando os últimos 20 minutos do jogo

Quando se jogava o minuto 75 do jogo, houve um grito de alegria no estádio, porque a Zâmbia já vencia por 3-0 a Namíbia, e acontecesse o que acontecesse no Guiné-Bissau vs Moçambique, os guineenses já estavam (completamente) no CAN-2019. Nessa altura um guineense foi ao banco técnico informar a Baciro Candé do resultado de Lusaka. Nessa altura, com o resultado ainda em 1-1, Candé deu ordens para abrandar o jogo dos anfitriões, facto que foi consentido pelos seus. Os Mambas tinham que puxar dos galões para reverter o cenário a seu favor. Bom grado que Nelson tenha entrado e depois de ameaçar tenha marcado mesmo (quanta facilidade na área da Guiné), colocando a selecção de Moçambique no CAN.

Adeptos das duas selecções, lado a lado, festejavam a qualificação dos dois. Na tribuna, o Primeiro-ministro da Guiné-Bissau e a Vice-Ministra da Juventude e Desportos de Moçambique, também festejavam a qualificação dos dois.

Chegou o minuto 90 e o quarto árbitro levantou quatro minutos de compensação. Ai sim, era o martírio dos moçambicanos!

Ao minuto 92 Witi comete falta (desnecessária) contra um adversário. Com a interrupção do jogo, Leonel cai e pede assistência. A razão do pedido de assistência naquele momento não foi clara, uma vez que não houve nenhum toque nos lances imediatamente anteriores a essa hora para que parasse o jogo.

E veja o aconteceu: a selecção da Guiné-Bissau se reorganizou na área moçambicana enquanto esperava a recuperação de Leonel e a autorização para a reposição da bola. Nessa altura, os moçambicanos estavam mais concentrados no apito final do árbitro e esqueceram-se dos posicionamentos na defesa. A bola é bombeada para a área, Jeitoso ajeita a bola para o poste, Leonel se estica e não chega a bola, esta sobra para um guineense, que sozinho nada podia fazer senão desviar para o golo. Aliás, se falhasse aquele lance, levantaria, de certeza, suspeitas de combinação de resultados. Era a “morte do artista” em campo. Deus permitiu o golo dos Djurtus. Se não fosse Mendy a marcar o golo do empate, certamente um moçambicano teria feito auto-golo, para desagrado de todos nós.

Logo a seguir, os Mambas beneficiam de um livre, à entrada do meio campo contrário. Todos jogadores vão a área de Jonas. Mas, como Deus não queria que as duas selecções fossem juntas ao Egipto, o livre foi muito mal cobrado. Ao invés de levantar a bola para a área e esperar por uma confusão qualquer e, quem sabe, um golo surpresa ou uma grande penalidade, a livre foi rasteiro e direitinho para um adversário que inicia um contra-ataque que dá no terceiro golo dos guineenses. Mas o assistente levantou a bandeirola e foi marcado o fora-de-jogo (ainda tenho dúvidas se houve ou não), que evita a derrota, ficando-se pelo empate.

 

O que devia ter acontecido?

Quando Witi comete falta contra seu adversário, era necessário deixar que a marcação fosse rápida. Isso faria com que o livre fosse cobrado de forma curta e aí não haveria possibilidade da bola ser bombeada para a área. Não permitiria que os jogadores se reposicionassem dentro da área. E num toque curto permitiria que a defesa subisse e deixasse os jogadores Djurtus em posição irregular. Para dizer: basta de queimar tempo quando se está em vantagem e já nos minutos finais. Não ajuda em nada à nossa selecção.

Aliás, este jogo foi cópia da primeira volta entre estas duas selecções, em Maputo. Quando há lançamento na direita do ataque dos Djurtus, Witi cai e pede assistência. Permitiu que os guineenses se reorganizassem na área dos Mambas e aquele lançamento foi fatal. Se não tivesse havido paragem, o lançamento seria, certamente, mais curto e com possibilidade de uma defesa a tempo. São erros de concentração que se pagam caro em momentos decisivos.

 

QUALIFICAÇÃO NÃO FOI PERDIDA EM BISSAU

Fazendo as contas da (des)qualificação dos Mambas ao CAN-2019, há que realçar que a mesma não foi perdida em Bissau, como muitos pensam que aconteceu.

Afinal, depois da vitória em Ndola, diante da Zâmbia, estava tudo encaminhado para uma qualificação (quase que) folgada, mesmo na fase de 16 selecções, uma vez que se contavam mais duas vitórias caseiras, diante da Guiné-Bissau (algo que até aconteceu), e contra a Namíbia, para depois esperar por um empate diante da Zâmbia, em casa, o que faria com que, pelo menos, tivéssemos 10 pontos. Suficientes para a qualificação.

Veio a segunda jornada e empatamos de forma escandalosa com a Guiné-Bissau num jogo em que ficou a ideia de “pacto de não agressão entre irmãos”. Até ai ainda estávamos a liderar e com possibilidade de continuarmos firmes no comando, desde que vencêssemos a Namíbia, o out side do grupo (tal como a Guiné-Bissau que vinha com alguma inexperiência de jogos do CAN, apesar de estar a vir do último).

 

A derrota no Zimpeto foi a gota que transbordou o mar moçambicano. Difícil de engolir! Afinal o golo da vitória dos namibianos foi cópia do segundo dos Djurtus, em tempo de compensação. Mas havia ainda a possibilidade de nos redimirmos em Windhoek. Falso! Voltamos a perder. Não só o jogo, como a liderança, mandada para a Namíbia, às nossas custas. Foi, claramente, nesse jogo que perdemos a qualificação. Perdemos a nossa qualificação e oferecemos a Namíbia.

A vitória diante da Zâmbia, em Maputo, foi apenas um bónus para dar esperança a um povo que sempre acredita, mesmo sabendo que a estátua de Eduardo Mondlane não se vai deslocar de onde está.

Ana Flávia Azinheira, vice-ministra da Juventude e Desportos, disse, quando consolava os jogadores, que a qualificação não foi perdida em Bissau, mas nos jogos realizados em casa, onde se esperava que tivéssemos sete pontos, no mínimo, e só conseguimos quatro. No fim, fica a sensação de fracos que eliminaram a forte Zâmbia e foram eliminados pela frágil Namíbia.

Agora é só esperar pela próxima fase de qualificação ao CAN, a começar no segundo semestre deste ano para o CHAN-2020 e depois na segunda metade de 2020, para o CAN dos Camarões, em 2021.

 

Chiquinho Conde perdoou Mendy por ter marcado aos Mambas

 

O antigo capitão da selecção nacional de futebol, os Mambas, Chiquinho Conde, agora treinador da equipa sub-23 do Vitória de Setúbal, viveu uma desilusão enorme ao ver o “seu” Moçambique ser afastado do Campeonato Africano das Nações (CAN-2019) com um golo da Guiné-Bissau, ao minuto 90+4, marcado por Mendy, avançado guineense que actua na equipa principal da formação sadina. Uma pequena traição que Chiquinho Conde não valoriza tanto quanto isso.

Segundo escreve o jornal Notícias ao Minuto, Chiquinho Conde disse ter perdoado o jogador guineense e assume que este nada mais tinha a fazer senão marcar o golo, que lhe foi dado de bandeja.

O antigo internacional moçambicano disse ainda que “são coisas do futebol e o Mendy só fez o que tinha de fazer, ajudar o seu país a ter um melhor resultado. É normal...”, numa clara alusão ao facto do jogador não ter tido outra solução naquele lance, senão fazer o que mais sabe fazer, marcar. Aliás, Mendy foi o mesmo jogador que apontou o golo de empate no jogo do Estádio Nacional do Zimpeto, no jogo da primeira volta, ou seja, na segunda jornada, num jogo que terminou, também, com 2-2.

Entretanto, o agora treinador dos sub-23 do Vitória de Setúbal, equipa que enquanto futebolística representou durante muitas épocas, diz que estar no CAN do Egipto pode ser momento importantíssimo para Mendy, uma vez que “numa grande competição, um jogador pode valorizar-se muito e certamente que esse é um dos objectivos dele. A cotação dele pode subir”.

Chiquinho Conde fala com conhecimento de causa, uma vez que disputou três edições do Campeonato Africano das Nações.

Em toda carreira de futebolística, Chiquinho Conde realizou 575 jogos, tendo marcado 125 golos. Pela selecção nacional, fez 98 jogos e marcou por 4 ocasiões. Fez grande da sua carreira em Portugal, depois de ter saído do Maxaquene em 1987.

 

Fonte:Opais

“Mambinhas” eliminados

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A SELECÇÃO Nacional de futebol de sub-23 (“Mambinhas”) está fora da corrida ao Campeonato Africano das Nações (CAN-2020) que terá lugar em Novembro, no Egipto, na sequência da derrota na tarde de ontem, em Harare, frente ao Zimbabwe por 0-2, em desafio da segunda “mão” da segunda eliminatória, depois do nulo registado, sexta-feira, no Estádio Nacional do Zimpeto.

 

Fonte:Jornal Noticias

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