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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

“Batalhão” procura lugar na Liga

LDM

 

POUCO mais de cinquenta jogadores estão a treinar desde semana passada na Liga Desportiva de Maputo, tendo em vista a época futebolística de 2019. As sessões são orientadas por Aly Hassan, enquanto se aguarda pela chegada de um treinador principal de nacionalidade portuguesa.

 

Fonte:Jornal Noticias

Costa do Sol já soma duas vitórias no estágio na África do Sul

Os “canarinhos” deixaram o país no passado domingo, com destino a Johannesburg, local onde vai realizar um pré-estágio de dez dias convista a sua participação na época futebolística deste ano, em todas provas em que estiver inserida.

São ao todo quatro competições que esperam pelo vencedor da Taça de Moçambique do ano passado, nomeadamente a Supertaça nacional, que irá disputar ainda este mês (de princípio), diante da União Desportiva de Songo, campeão nacional da temporada passada, o Moçambola 2019, com ambições de lutar pelo título, ou, pelo menos, melhorar significativamente a posição alcançada ano passado, a Taça de Moçambique, que quer revalidar o troféu, e as competições africanas, respectivamente a Taça da Confederação (Taça CAF), também conhecida como Taça Nelson Mandela.

O Costa do Sol, que partiu para África do Sul com todo “esquadrão” de jogadores para esta época, já realizou duas partidas de controlo com equipas locais do escalão muito inferior, mas a experimentar algumas dificuldades para se superiorizar.

Por exemplo, na segunda-feira, em jogo diante do Acornbush United FC, os “canarinhos” venceram por apenas uma bola sem resposta, com golo a ser apontado por Nelson.

Esta partida marcou a estreia de Vitor, central brasileiro que veio reforçar a defesa “canarinha”, que esteve no 11inicial, onde apareceram jogadores já firmados, casos de Nené, Mbulu, Raúl, Nelson e outros.

Já esta terça, no embate diante do TS Sporting, da segunda divisão do futebol sul-africano, o Costa do Sol privilegiou a posse de bola e controlou quase todo o jogo, mas enfrentando muitas dificuldades para se impor. Novamente venceu a tangente, desta feita com golo de Kino.

Os primeiros dias de trabalhos na África do Sul não contam com a participação de Sibale, que se encontra em fase de recuperação física. Esta é a segunda vez que o atleta começa a época lesionado, tendo, no ano passado tido um arranque perturbador, mas que acabou se encontrando a meio da época e ajudando a equipa a conquistar a Taça de Moçambique.

Para já, os “canarinhos” já contam com todos os jogadores disponíveis, incluindo os que semana passada ainda não tinham se juntado à equipa, o que contribuiu para que a equipa não tivesse viajado na quinta-feira passada, tal como inicialmente havia sido programado, para o estágio.

Para além dos dois jogos já realizados, o Costa do Sol terá ainda mais três a quatro jogos de controlo, sendo que os últimos dois serão com equipas do topo do futebol sul-africano, mesmo para medir o nível de aproveitamento do plantel, com jogadores a procurarem convencer a equipa técnica de merecerem a sua confiança para fazerem parte da linha inicial da equipa nos seus jogos.

Muito recentemente, o técnico Horácio Gonçalves disse estar satisfeito com o plantel de que dispõe, não obstante não estar fechada a porta para mais um avançado, que pode ser o internacional moçambicano Luís Miquissone, ainda vinculado ao Royal Eagles da segunda divisão da África do Sul.

Recorde-se que o Costa do Sol dispensou cinco jogadores do plantel do ano passado, nomeadamente o guarda-redes Guirrugo, os jogadores Danito, Samito, Artur e Isaías, que procuram a sua sorte em outras colectividades desportivas que vão disputar o Moçambola 2019.

 

Fonte:Opais

Força de vontade que ofusca escassez de meios

boxe

 

Depoisdas academias Lucas Sinóia e Paulo Jorge, nesta edição trazemos o quotidiano da Academia Nhiuane onde, à semelhanças das outras duas, são pertenças de antigos pugilistas que, movidos pela paixão pela nobre arte, decidiram, após pendurarem as luvas, dar a sua modalidade formando novos talentos.

 

Fonte:Jornal Noticias

Semedo apresentado ao Desportivo de Maputo

Artur Semedo

 

A direcção do Desportivo Maputo coloca alta a fasquia e quer a águia campeã nacional já em 2019. Artur Semedo assegura estar na melhor equipa e garante que está onde sempre quis estar. Os “alvi-negros” vão apresentar a nova casa do futebol e o campo de jogos na próxima semana.

O renovado centro social do Grupo Desportivo Maputo encheu-se de adeptos e dirigentes “alvi-negros”, bem como outras personalidades ligadas ao desporto nacional, para testemunhar a contratação e apresentação de Artur Semedo como novo treinador da águia.

Inácio Bernardo, presidente da colectividade “alvi-negra”, foi quem apresentou o novo treinador, reiterando que “é o homem certo, neste momento, que o Desportivo vai ter”.

Visivelmente emocionado com a “brilhante” recepção que teve, Artur Semedo começou por dizer que “não esperava uma recepção desta magnitude. Embora reconheça que este é o apanágio deste clube”, referindo-se a outras ocasiões que passou pelo clube e teve “quase” a mesma recepção. Reconheceu que foi uma “manifestação de carinho e de dedicação para com aquele que foi escolhido para ser o treinador para se associar a esta nova arrancada da época de um Desportivo renovado como todos desejam e ambicionam”, para mostrar a sua satisfação em dirigir os destinos da equipa sénior do Desportivo Maputo, mais uma vez.

Aliás, segundo o próprio Semedo, os adeptos o recebem com o mesmo espírito de dedicação, com a relação efectiva que foi criando ao longo destes anos. E depois assegurou: “Este é o clube certo para a pessoa que eu sou”. Afinal, Artur Semedo sente o carinho e agradece, não só à direcção, mas aos adeptos. “Por isso, contem com meu apoio, com minha dedicação e com meu esforço para construirmos um Desportivo ambicioso que vai lutar pelo título esta época”, prometeu na sua apresentação.

 

Inácio Bernardo: “Ele vem mais pelo projecto e não pelos valores

O presidente da colectividade, Inácio Bernardo, referiu-se às condições que contribuíram para a contratação de Artur Semedo. Na verdade, o facto do Desportivo ter subido ao Moçambola faz com que venda mais a sua marca e por conseguinte muitos parceiros aproximaram para apoiar e garantir o salário da equipa técnica, que para eles devia ser o Artur Semedo. Isso porque “com as capacidades que o clube tem não teria muitas condições para trazer o Artur e levar avante um projecto igual a este com a presença do Artur”, disse Inácio Bernardo, que reconhece que as coisas aconteceram muito rápido, mas que o importante é “termos trazido o Artur”.

Ele vem mais pelo projecto e não pelos valores e é preciso reconhecer isso. O Desportivo é uma marca que vende e interessa muita gente”, garantiu Inácio Bernardo para justificar a escolha no treinador.

E com esta aposta elevou-se a fasquia do Desportivo Maputo para esta temporada. O próprio Artur Semedo assume que “a fasquia é alta em qualquer clube que eu represento”.

Independentemente da vontade dos associados e dos adeptos e, muitas vezes, dos directores desses clubes que me contratam, a minha ambição é intrínseco e minha pessoa e por isso faço questão de não trair aquilo que são as minhas convicções e lutar pelos objetivos supremos e neste caso não vou fugir a eles” frisou Artur Semedo para deixar tranquilos os adeptos “alvi-negros”.

Mas para isso é preciso garantir que o plantel seja forte. A direcção promete para próxima semana a apresentação do plantel, sem referir a nenhum jogador que vai fazer parte do mesmo, pese embora já se avance nomes como de Mano (ex-UD Songo), Cedric e Sataca Jr. (ex-Chibuto) e Sidique (ex-Ferroviário de Maputo), entre outros.

O plantel do Desportivo Maputo para esta temporada terá 23 a 25 jogadores.

 

Fonte:Opais

Maenga: um lateral de classe que terminou na miséria!

Maenga

 

O destino como grande futebolista ficou traçado no Matchedje e na Selecção Nacional, onde foi um dos melhores laterais direitos que passaram pelos nossos campos, nos anos de ouro da equipa militar. Arrumou as botas e acabou perdendo-se na bebida, vindo a falecer no Chimoio, com o físico e a mente totalmente destroçados. O seu nome: Maenga!

 

Rabota, muita rabota”, o que quer dizer trabalho, muito trabalho, era a mensagem, quase em permanência que Victor Bondarenko transmitia aos seus pupilos. O Matchedje vivia os seus tempos áureos, tendo conquistado o título nacional sob o comando do ucraniano, em 1987. No ano seguinte, chegou às meias-finais da então Taça dos Campeões Africanos.


O ponto forte dos militares era o contra-ataque. Algo novo e que veio revolucionar o futebol de então. A turma jogava retraída “convidando” o adversário a subir. Depois, em altas “cavalgadas” ou em pontapés longos, chegava à baliza adversária e o perigo ficava instalado. A componente física era determinante e no Matchedje não havia poupanças. Todos corriam que se fartavam e não se fartavam de correr. Como autênticos militares que eram.
Recordemos alguns craques da formação base do Matchedje: Filipe, Maenga, Luís, Maló, Zacarias, Nico, Adelino, Betinho...
Maenga era uma das peças-chave, no futebol moderno que Bondarenko punha em prática. Ele subia pelo flanco direito, tabelava com os colegas e dos seus pés saíam cruzamentos para a área ou fortes remates à baliza.

 

Do S. Benedito para a selecção

Começou como muitos meninos da sua idade, na Cidade da Beira, no S. Benedito. Era baixinho, mas gostava de jogar ao ataque. Quando se decidiu pelos federados. Cedo apercebeu-se que a sua propensão e características apontavam para jogar à defesa.


Em boa hora terá vindo o recrutamento para o serviço militar, num período de ouro do Matchedje. Na altura, os convites para estagiar e actuar nos países socialistas eram muitos e a competição era a sério.


Daí para Selecção Nacional, foi um passo. Estreou-se a 16 de Abril de 1989, na Machava, frente a Zâmbia, em que fomos derrotados por 1-0, em eliminatória para o CAN. Depois actuou por mais nove vezes na equipa de todos nós, disputando o lugar com Dinis, do Desportivo, e Cachela, do Maxaquene.

 

Ascensão e... Queda

Jogou até aos 30 anos e deixou o futebol. Porque era militar,“reformou-se” com a patente de capitão. Uma nova vida começava, nem sempre com a mesma determinação e consciência do Maenga futebolista, que levantou os estádios.


Foi-se perdendo nas noitadas, com bebedeiras descontroladas à mistura. Nem a ida para o Chimoio, onde tinha casa, contribuiu para melhorar o seu comportamento. Em dia de salário, havia “festa na aldeia” à custa do tio-Maenga.


Os convites para se enquadrar no futebol, ajudando no dirigismo ou transmitindo a sua experiência no enquadramento da camada jovem não resultaram.


Há cerca de cinco anos, foi-se deste mundo o excelente lateral direito, mas ficaram na retina de quem o viu actuar, imagens das suas grandes jogadas, com cortes em “carrinho” e velozes partidas para o contra-ataque.

 

 

Fonte:Opais

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