Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

Maputo acolhe “Clarisse Machanguana Citizenship Camp”

CLARISSE

 

A Escola Portuguesa de Maputo e o pavilhão da Universidade Politécnica serão palco, de 21 a 23 de Setembro, da “Clarisse Machanguana Citizenship Camp”, actividade desportiva e educativa promovida pela “ Still Standing” e Fundação Clarisse Machanguana, em parceria com a Cooperação Austríaca de Desenvolvimento.

 

Direccionado à 24 atletas com idades compreendidas entre os 13 e 16 anos, ligados a escolas ou clubes da capital do país, o evento tem como objectivo dar espaço a jovens com potencial para melhorar as suas capacidades técnicas, sob monitoria de treinadores e jogadores nacionais e estrangeiros no activo e reformados.

 

De acordo com um comunicado enviado ao “O País”, os participantes terão também a oportunidade de acompanhar palestras (life skills) onde serão abordados temas sociais actuais. Este campo pretende desempenhar um papel determinante no desenvolvimento e aperfeiçoamento das habilidades técnicas de basquetebol, e de competências para a vida da juventude moçambicana.

 

A organização disponibiliza, aos participantes,  o equipamento desportivo completo.

 

Hoje, 21 de Setembro, os participantes estarão sujeitos a uma avaliação antropométrica.  A selecção das atletas foi feita com base no seu desempenho em duas actividades desportivas escolares - Jr.NBA e Euroliga.

 

Fonte:Opais

Moses Kibet e Margareth Agai dominam meia-maratona de Maputo

1MEIAMARATOINA

 

Há muito aguardada e, por isso, muita concorrência. Uganda, Eritreia, Etiópia, Tanzânia, Africa do Sul, Burundi, Bahrein e, como não podia deixar de ser Moçambique, são os países que marcaram presença na Meia-Maratona Internacional de Maputo.

 

A praça da independia foi o ponto de partida, já as 8 horas estavam criadas as condições para se percorrer os 21 km.

 

Palco montado, todas as condições logísticas criadas. Uma transmissão da Stv e Stv Notícias em parceria com a ZAP. Uma transmissão inédita por se tratar da primeira desta  prova de  dimensão internacional que já escalou Angola e outros países.

 

Flávio Siholhe e Alberto Mamba em masculinos encabeçavam os favoritos do lado dos moçambicanos, destaque também para o regresso da Leonor Piuza.

 

O percurso foi o mesmo para todos mas, os estrangeiros destacaram-se ao longo da corrida, abrindo uma distância em relação aos seus adversários.


Quem são os vencedores?

 

O ugandês Moses Kibet foi o grande vencedor da Meia-Maratona Internacional de Maputo, categoria de masculinos. O atleta percorreu os 21 km em uma hora, dois minutos e quarenta e oito segundos. O primeiro colocado para a categoria de masculinos, mostrou-se satisfeito com a conquista, mas disse ter encontrado dificuldades durante o percurso.

 

 “Foi uma boa prova, apesar de ter encarado alguns obstáculos durante o troço, o que fez com que eu não superasse os meus tempos, mas cortasse a meta em primeiro lugar”.

 

Margareth Agai, primeira colocada em femininos, cortou a meta em uma hora, onze minutos e vinte e sete segundos. Saudou a organização da prova e falou também ter encontrado um percurso que exigiu que a atleta queniana desse um bocado mais de si.

 

Preparei-me para esta prova, mas um percurso destes exigiu que eu imprimisse um bocado mais de esforço. Contudo, sinto-me satisfeita pela conquista alcançada”.

 

O eritreu Yohanes Ghegebregeorgis foi segundo com o tempo de uma hora, dois minutos e 49 segundos. Para completar o pódio, outro ugandês. Solomon Mutai cortou a meta com o tempo de uma hora, dois minutos e cinquenta e dois segundos.

 

Em segundo e terceiro dos femininos ficaram Damarius Mutua, do Barein e Berha Afera, etíope, com uma hora, onze minutos e cinquenta e um segundos e uma hora, doze minutos e vinte e um segundos.

 

O pódio não inclui nenhuma nacional. Contudo, os atletas acreditam que a prova serviu para partilhar experiências com atletas de outros países.

 

No entanto, para a categoria de nacionais, Flávio Seotle, chegou à meta cinco minutos depois do vencedor, ou seja uma hora, sete segundos e cinquenta e um segundos.

 

O atleta, que reside na África do Sul, disse que apesar de ter alguma experiência em provas nacionais, a Meia-Maratona Internacional de Maputo o obrigou que que puxasse um pouco mais do seu esforço.

 

 “ Foi um percurso de dificuldades, mas valeu pela superação. Dedico esta conquista a todos os moçambicanos e a todos aqueles que sempre me deram o seu apoio”, disse.

 

Leonor Piúza liderou o esquadrão feminino nacional. A veterana corredora nacional foi a primeira entre as moçambicanas a cortar a meta em 1:23:27. Piúza destaca o facto de ter tido pouco tempo para se preparar para a prova.

 

Fazendo uma avaliação da prova, dirigentes consideraram que a Meia-Maratona Internacional de Maputo é uma prova de que o país está em condições de organizar eventos de grande dimensão.  

 

Coube a vice- ministra da Juventude e Desportos, Ana Flávia Azinheira, o  Presidente do Conselho Municipal de Maputo, David Simango, e a PCA  do Barclays, Luísa Diogo, procederem a entrega dos prémios aos vencedores.

 

Luísa Digo, em representação do Barclays, patrocinador principal da prova, disse que um dos maiores ganhos do desporto é unir as pessoas de vários quadrantes, numa prova que foi um sucesso.

 

Tanto a organização  quanto os patrocinadores saúdam a união de esforços que houve entre os intervenientes, para que a Meia-Maratona Internacional fosse um sucesso e garantiram estar prontos para a próxima edição da prova, que poderá se realizar em Junho em 2019.

 

 

Fonte:Opais

Bandeira na quarta janela das eliminatórias ao Mundial da China 2019

ARTUR

 

Artur é, neste momento, a bandeira da arbitragem de basquetebol em Moçambique. Único árbitro internacional, Artur Bandeira foi indicado há dias pela FIBA Mundo - sob proposta da FIBA-África -para dirigir jogos do grupo “F” da quarta janela de qualificação da zona africana para o Campeonato do Mundo da China-2019, prova a decorrer de 14 a 16 de Setembro, em Lagos, Nigéria.

 

Bandeira volta a merecer a confiança da FIBA Mundo depois de, entre os dias 28 de Junho e 1 de Julho, ter apitado jogos do grupos “C” da terceira janela das eliminatórias para o Mundial, no Cairo, Egipto.

 

Para além do moçambicano, a FIBA-Mundo indigitou António Bernardo (Angola), Arnauld Njilo Kom (Camarões), Tonton Kalume (RD Congo), Amr Abolo e Wael Mostafa   (Egipto), Samir Abaakil (Marrocos), Saber Rezgui e Tarek Bem Ltaifa (Tunísia) e Andres Bartel (Uruguai).

 

Mamadou Belem, do Burkina Faso, e Vitails Gode, do Quénia, são os supervisores nomeados pela FIBA-Mundo.


Disputam a primeira volta do grupo “F” da terceira janela das eliminatórias para o Mundial seis nações, nomeadamente Nigéria, Senegal, República Centro Africana, Ruanda, Costa do Marfim e Mali.

 

Os nigerianos partem para estas eliminatórias na qualidade de líderes do grupo “F” com 12 pontos, seguidos do Senegal (11), República Centro Africana (9), Ruanda (9), Costa do Marfim (8) e Mali (8).

 

No grupo “F”, A Tunísia comanda com 12 pontos, seguido dos Camarões e Angola, ambos com dez pontos cada. Já o Egipto e Marrocos aparecem na quarta e quinta posições com nove pontos cada, enquanto o Chade é último classificado com oito pontos.

 

Os dois primeiros classificados de cada grupo e o terceiro melhor qualificam-se para a fase final do Mundial de basquetebol.

 

O Campeonato do Mundo da China - 2019 contará com a participação de 32 selecções, contra 24 das edições anteriores.

 

PRESENÇA NOS “AFROBASKETS”


Bandeira foi  um dos juízes acompanhantes designados pela FIBA-África para apitar o Campeonato de Africano de Basquetebol Feminino (Afrobasket-2017).


Bandeira esteve presente, em 2015, no "Afrobasket" de Yaoundé, nos Camarões, prova na qual a selecção nacional de basquetebol sénior feminino ocupou a sexta posição.

 

O árbitro internacional apitou ainda jogos do "Afrobasket" de Antananarivo, no Madagáscar, em 2009; Mali, em 2011; e Maputo, em 2013.

 

Conta, igualmente, com aparições nas fases finais da Taça dos Clubes Campeões Africanos de Basquetebol em seniores femininos.

 

Este ano, foi um dos árbitros que dirigiu a final da Liga Moçambicana de Basquetebol Mozal, prova que teve como vencedor o Ferroviário de Maputo.

 

Fonte:Opais

Moçambique irá usar chipes electrónicos pela primeira vez numa prova de atletismo

maratona

 

Os atletas que irão participar na primeira meia-maratona internacional de Maputo serão monitorados por chips electrónicos, para se cumprir rigorosamente os regulamentos da prova que terá lugar próximo domingo, assegurou, nesta terça-feira, a directora de prova, Ludovina Oliveira.

 

Pela primeira vez numa prova de fundo em Moçambique, será implementado um sistema de chips electrónicos nos atletas, em cumprimento das normas da Federação Internacional de Atletismo.

 

Pretende-se, com este dispositivo, evitar o encurtamento de distância e garantir que a prova obedeça os padrões internacionais.

 

Teremos a colocação de chipes eletrónicos nos concorrentes. Creio que vai ser uma prova difícil para as pessoas se despistarem ou encurtar a distância”, garantiu Ludovina Oliveira, directora de prova.

 

Segundo avança a directora, para além deste dispositivo, a organização conta com a Polícia Municipal e a PRM para melhor controlo e segurança dos participantes.

 

A questão do controlo da prova está bem acautelada. Temos a Polícia Municipal e a PRM e a prova vai decorrer dentro do previsto”, mostrou-se confiante.

 

Ainda sobre a primeira meia-maratona internacional de Maputo, a nossa fonte disse ao jornal “O País” que serão instalados oito postos de abastecimento de água, separados por uma distância de dois quilómetros e meio. Dependendo da temperatura (se fizer muito calor) há possibilidade de se aumentar os postos.

 

Espera-se que mais de duas mil pessoas participem na primeira meia-maratona internacional de Maputo.

 

De referir que para Ludovina Oliveira, em moçambique praticamente não temos atletas para esta especialidade, “mas temos atletas que gostam de correr e penso que vai haver concorrência em massa, pois temos valor dentro do país. Se esta prova passar a ser anual futuramente vamos ter bons atletas fundistas”.

 

 

Fonte:Opais

Zimpeto como há muito não se via

adeptos

 

FOI a primeira vez desde que a Selecção Nacional é comandada por Abel Xavier que o Estádio Nacional do Zimpeto (ENZ) conheceu uma lotação esgotada. Estádio quase a transbordar na tarde/noite de sábado para receber uns guineenses que só não saíram dali com os três pontos no bolso graças a uma conjugação de factores que não cabem nestas linhas.

 

Fonte:Jornal Noticia

MODERNA PISCINA DO DESPORTIVO QUASE PRONTA

piscina desportivo

 

A família alvi-negra já pode rejubilar, pois as obras de remodelação e modernização da piscina e os espaços adjacentes situados no Grupo Desportivo de Maputo já estão a ganhar forma. Este facto foi constatado após uma visita que o desafio efectuou no âmbito do seguimento do trabalho levado a cabo em princípios do ano em curso.

 

Embora ainda não esteja operacional, a piscina do clube já foi concluída, aguardando- -se apenas que a mesma esteja pronta para ser usada. A piscina passou dos até então 33 metros de comprimento para 25, sendo que a profundidade foi reduzida dos 7,5 metros para apenas dois (2). Para além disso, a mesma passa a contar com 9 a 10 pistas.

 

É possível ver no local as profundas alterações que foram operadas, como é o caso da colocação das bancadas e dos balneários. O projecto inclui ainda a ampliação do centro social, construção da sala de refeições, restaurante e salão de dança desportiva, cujas obras estão em curso.

 

Fonte:Desafio

MOÇAMBIQUE OBRIGADO A VENCER EM MADAGÁSCAR PARA ESTAR NO CAN

futebol de prai

 

Apenas uma vitória interessa ao combinado nacional (futebol de praia) no jogo da segunda “mão” – a decorrer a 22 Setembro em Madagáscar – depois da derrota por 4-5 na tarde de ontem, no jogo disputado na praia da Costa do Sol.

 

Na única eliminatória, o vencedor deste confronto qualifica-se para o Campeonato Africano das Nações, a ter lugar no Egipto de 9 a 14 Dezembro do corrente ano.

 

Vinte e quatro horas depois dos “Mambas” terem cedido um empate caseiro (2-2) contra a sua congénere da Guiné- -Bissau, ontem foi a vez de Moçambique medir forças na arena do Costa do Sol contra Madagáscar.

 

Fonte:Desafio

MATOLA STADIUM JÁ EM OBRAS

planta matola sta

 

Iniciaram na quarta-feira (5) passada, no bairro Tchumene I, no Município da Matola, as obras para edificação do primeiro estádio construído de raiz naquela urbe. Trata-se do Matola Stadium, que será a primeira das cinco infra-estrutura a serem erguidas no âmbito do futuro complexo desportivo onde funcionará a academia da Associação Black Bulls (ABB).

 

As obras de construção do Matola Stadium, cuja primeira pedra foi lançada pelo presidente do Conselho Municipal, Calisto Cossa, serão feitas por fase e com duração aproximada de quatro anos. A primeira, que compreenderá o arrelvamento do campo principal, terminará, em princípio, em inícios do próximo ano e após isso iniciará a segunda etapa, que será da edificação das bancadas, que igualmente serão erguidas em fases e com capacidade final para cerca de 10.000 espectadores.

 

Com o lançamento da primeira pedra estavam criadas as condições para o arranque efectivo das obras, até porque antes o empreiteiro, contratado pela Direcção da Black Bulls, havia concluido a terraplanagem que deu espaço para a preparação do terreno para o arrelvamento.

 

Fonte:Desafio

Ana Flávia Azinheira defende dinamização dos jogos tradicionais nas escolas e associações

Ana Flávia Azinheira

 

A vice-ministra da Juventude e Desportos, Ana Flávia Azinheira defende que os jogos tradicionais devem  ser dinamizados ao nível das escolas e associações para que haja uma prática regular. Ana Flávia Azinheira fez estas considerações no encerramento do quinto Festival Nacional dos Jogos Tradicionais que decorreu no município da Ilha de Moçambique, em Nampula, durante três dias.

 

Intervindo na ocasião, a vice-ministra da Juventude e Desportos reconheceu existirem desafios, porém considera ser possível fazer se um pouco mais.

 

Para além de  jogos compectitivos, designadamente  Nthuva e Muravarava, realizaram-se,  também  jogos demostrativos.

 

Nesta edicção a cidade de Maputo sagrou-se  vencedora absoluta, enquanto a província anfitriã que tem estado em  lugares cimeiros não consegui lograr os mesmos intentos.

 

O quinto Festival juntou mais de duzentas pessoas e realizou-se sob o lema “Jogos Tradicionais Celebrando 200 Anos da Ilha de Moçambique”.

Recorde-se que a cidade mais antiga do país completa o segundo centenário no próximo dia 17.

 

Fonte:Opais

MOÇAMBIQUE, 2-GUINE-BISSAU, 2: Simplesmente morre o artista e termina o filme

MANINHO

 

É ÓBVIO! O filme só termina com a morte do artista. Foi assim sábado no Estádio Nacional do Zimpeto (ENZ), no jogo entre Moçambique e a Guiné-Bissau, que acabou empatado a duas bolas e que contava para a segunda jornada do Grupo K de qualificação para o CAN-2019, nos Camarões.

 

Ao longo do jogo foi-se adivinhando que a morte do artista seria cruel. Ora vejamos: os “Mambas” foram actuando sem aquela garra e discernimento que nos habituaram. Eram facilmente domados pelos guineenses. Não apresentavam um sistema táctico de uma equipa que, jogando em casa, tinha a obrigação de empurrar o adversário para o seu meio-campo. Pelo contrário, eles é que nos encostavam às cordas e “alugavam” o nosso meio-campo com trocas constantes de bola.

 

O sistema de dois trincos (Kambala e Geraldo) parece não ter surtido efeitos. Se pensávamos que os guineenses iriam atacar pela zona frontal, enganámo-nos ou estudámos mal o adversário, ou ainda mudou de táctica à última hora. Eles vieram para flanquear o jogo. Actuar pelas alas, onde são muito fortes, sobretudo do lado direito onde estava aquele número 15, que dá pelo nome de Brito. Era pelo seu flanco onde eram desenhadas todas as jogadas de perigo à nossa baliza. Que o digam Edmilson e companhia o quanto trabalho tiveram para travá-lo. Joga bem com os dois pés, mas é um canhoto nato, coisa rara hoje no futebol. E foi dele que partiu o golo do primeiro empate (1-1).

 

Fomos lutando com tudo o que tínhamos. Dominguez, que normalmente municia o jogo dos “Mambas”, nem parecia estar em campo. Ratifo, desamparado lá na frente, era facilmente “preso” pela teia montada pelos colossos defesas guineenses.

 

Não encontrávamos soluções para chegar lá à frente e criar perigo. Os passes eram transviados. Havia bolas perdidas infantilmente. Os jogadores precisavam de um puxão de orelhas para se concentrarem e jogarem como equipa e coesa.

 

E quando é assim, a solução é jogar atrasado e depois optar pelo futebol directo. Foi, em algum momento, a táctica encontrada para ver se o adversário recuava alguns metros para dar espaço de manobra aos nossos jogadores.

 

Os guineenses usavam um outro truque feio, o já conhecido “cai-cai”, como forma de ganhar tempo, uma vez que o empate lhes interessava sobremaneira.

 

Mas, quando tudo pareceria que o primeiro tempo terminaria com o nulo a prevalecer, eis que aos 42 minutos, na sequência de um livre apontado por Dominguez, do lado direito, a bola, em arco, sobrevoa a área. Zainadine vai de cabeça para o remate. O guarda-redes, com uma palmada, afasta, mas para perto. O mesmo Zainadine, desta vez com o pé direito, e na ressaca, atira rasteiro para o fundo das redes. Explosão de alegria no Zimpeto! Um barulho ensurdecedor até ao intervalo. Era o alívio para o público que acorreu em grande número para o ENZ, mas que continuava, unanimemente, a afirmar que os “Mambas” precisam de mudar de táctica e acelerar cada vez mais se quiserem sair vitoriosos do encontro.

 

Aliás, dada a intensidade do jogo, já quase para o descanso, Federik e Geraldo trocaram mimos. Gerou-se um pequeno sussurro, mas o árbitro, prontamente e para amainar os ânimos, advertiu os dois com cartolina amarela.

 

BALDE DE ÁGUA FRIA

 

O jogo reatou com os bancos técnicos a entrarem com os mesmos “onzes”, à excepção da Guiné, que teve uma contrariedade logo aos oito minutos. Saiu Bacar, lesionado, para entrar Agostinho.

 

Mas a questão que se colocava era até onde os “Mambas” resistiriam à pressão dos guineenses? A resposta não tardou. O que já era previsível aconteceu. O golo do empate, pois claro!

 

Os “Mambas” tinham entrado pressionantes, queriam travar o adversário ainda no seu meio-campo, só que abriram as alas. O suspeito de sempre, Brito, mais uma vez apareceu pela direita, explorou o flanco, contornando um defesa, na circunstância Edmilson, de forma fácil e, no enfiamento da área, centrou para Carlos, que num à-vontade só teve de empurrar o esférico para o fundo das redes, num remate rasteiro e indefensável. Autêntico balde de água fria para a moldura humana no ENZ. Tudo ficou silêncio. Parecia ter morrido o rei. Ninguém quis acreditar nas facilidades com que o golo foi conseguido/consentido.

 

Contudo, havia ainda muito tempo por se jogar. Era necessário desenhar novas estratégias para reverter o resultado. Apostar mais no ataque, numa altura em que se sabia que um empate parecia favorável ao adversário.

 

Sem desfalecimento, os “Mambas” arregaçaram as mangas e foram à luta. A Guiné-Bissau mantinha o mesmo fio de jogo. Andava aos rodopios ali no meio, à procura de uma brecha sempre pelos flancos para lançar o seu ataque.

 

Era difícil para Moçambique contrariar o jogo do oponente. E sem grandes soluções optou por remates à meia distância. Remates que não tomavam a direcção certa, tirando aquele de Witi, aos 12 minutos, desferido, com muita intensidade, mas que encontrou pronta resposta do guarda-redes Jonas, que com os punhos afastou o esférico para longe da zona de perigo.

 

Os guineenses responderam também com um tiro de Pele, cá do meio da rua. Guirrugo teve de se esticar para evitar o pior.

 

O jogo ganhava outro ritmo. A preocupação dos moçambicanos era cada vez maior. A equipa precisava de refrescar, sobretudo no ataque, onde as coisas não corriam como era de desejar. Foi assim que Abel Xavier trocou Ratifo por Raul e Dominguez por Maninho. O “capitão” dos “Mambas”, verdade seja dita, está muito abaixo da forma. No jogo de sábado não se sentiu a sua presença em campo. Não foi aquele Dominguez de jogar e fazer jogar, e muito menos de partir a espinha dorsal de qualquer um que lhe apareça pela frente.

 

As substituições, até certo ponto, surtiram os seus efeitos, pois os dois fresquinhos foram dar muita luta à defensiva contrária que, em algum momento, ficou mais preocupada com as suas missões directas do que apoiar o ataque como vinha acontecendo até então.

 

Nesse momento, na Guiné-Bissau surgiu uma nova “pedra” bastante preponderante. Aquele número 7, José Lopes (pernas ao estilo Garrincha), a controlar o meio-campo e a lançar os seus colegas para venenosas jogadas de ataque. Kambala, o homem mais próximo do guineense, sempre ficava nas covas.

 

Mas, numa das jogadas de contra-ataque bem sucedidas dos “Mambas”, Raul, aos 42 minutos, flectiu para direita e já junto a bandeirola de canto cruzou atrasado e em posição privilegiada para os seus colegas, na passada, estoirarem, mas estes estavam demasiadamente adiantados.

 

O desespero já tomava conta dos moçambicanos dentro e fora das quatro linhas. Os espectadores levavam as mãos à cabeça, porque se atingia o minuto 45 e o marcador não atava nem desatava.

 

Os “Mambas” tinham de fazer algo de extraordinário para reverter a situação novamente a seu a favor. Até porque o jogo só termina quando o árbitro apita pela última vez. Só que, no meio de tanto desespero, ninguém imaginou que Deus pudesse estar momentaneamente connosco.

 

Há um livre, na zona frontal, junto à meia-lua, a favor dos “Mambas”. O público levanta-se e com tudo puxa pelos seus jogadores. Junto à bola vai Mexer e a ele junta-se Witi. Zainadine, que falhara lance idêntico na primeira parte, afasta-se. Os dois (Mexer e Witi) trocam algumas palavrinhas. Na posição onde estava a bola tanto um como o outro podia bater com sucesso. Mas Mexer preferiu que fosse o colega de equipa a fazê-lo. Os dois tomaram balanço. Witi, mais em jeito do que em força, chutou em arco. O esférico passou por cima da barreira e foi direitinho ao poste esquerdo da baliza de Jonas e depois para o direito sem nunca ultrapassar a linha fatal. Miquissoni foi à recarga, incrivelmente atira contra a trave. Maninho, que também estava no “barulho”, na ressaca, estoirou para a autêntica explosão de alegria dos moçambicanos presentes e não só.

 

Tudo parecia o KO aos guineenses. Havia ainda quatro minutos de compensação por jogar. Era preciso muita inteligência e manha, acima de tudo, para segurar os três pontos.

 

Não fomos capazes disso tudo. Mesmo com o apoio do público, já em pé desde o segundo golo, não conseguimos evitar a machadada final. Entrámos para o jogo de ganhar tempo, só que o árbitro não caiu na “ratoeira”, foi compensando nas compensações até que “morremos” mesmo ao apagar das luzes. Ou por outra, morremos na praia.

 

Como assim? Vamos aos factos. Há um arremesso junto à linha lateral, do lado direito do ataque dos guineenses. A bola é enviada para a nossa área. A defensiva atrapalha-se e nas costas aparece incrivelmente Federik a facturar. Era o golpe fatal. Simplesmente isto: o artista morria e o filme terminava. A bola foi levada para o centro do terreno e o árbitro apitou, dando ponto final ao espectáculo. Doloroso, lamentável e, acima de tudo, frustrante.

 

Foi mais uma batalha mal sucedida dos “Mambas”, mas a guerra continua, pois há mais. No dia 13 de Outubro teremos novamente aqui, em casa, a Namíbia, naquele que será o último encontro da primeira volta.

 

O que temos de fazer é levantarmos a cabeça e continuarmos a lutar com vigor e determinação. É necessário que, do jogo de sábado, tiremos boas ilações para que os namibianos não nos venham surpreender como aconteceu com a Guiné-Bissau. Força, “Mambas”, ainda estamos no bom caminho!

 

O trabalho do árbitro não foi o desejável, mas o necessário. Foi muito benevolente com os guineenses, que nalguns momentos exageraram no “cai-cai”. Devia ter tomado outra postura, por exemplo a amostragem de algumas cartolinas amarelas. Há quem diga que ele (o árbitro) deveria ter terminado o jogo antes do golo da Guiné, porque já passavam os quatro minutos de compensação, mas esquecemos que no período da compensação pode haver mais compensações. E foi o que aconteceu. Em suma, quem deviria ter controlado o jogo somos nós para evitarmos lágrimas no fim.

 

FICHA TÉCNICA

 

ÁRBITRO: Ahmad Heeralall, auxiliado por Shailesh Gobin e Bajer Ram. Quarto árbitro foi Ganesh Chutooree, todos das Maurícias.

 

MOÇAMBIQUE: Guirrugo; Ifren, Zainadine, Mexer e Edmilson; Kambala, Geraldo, Dominguez (Maninho) e Witi (Reinaldo); Luís Miquissoni e Ratifo (Raul).

 

GUINÉ-BISSAU: Jonas; Bacar, José Luís, Juary e Federik; Brito, Sory e Edjerson, Pelé (Piqueti), Carlos Eliseu (Feliciano).

 

ACÇÃO DISCIPLINAR: “amarelos” para Witi, Geraldo e Kambala, pelos “Mambas”; Carlos e Brito, pelos guineenses.

 

 

Fonte:Jornal Noticias

Pág. 1/3