Os tenistas Jaime Sigaúque e Badru Rosa, ambos da categoria de sub-16, estrearam-se em grande no Torneio Regional que decorre desde ontem em Gaberione, no Botswana, e que serve de qualificação ao Campeonato Africano de Sub-14 e 16 a decorrer na África do Sul e Tunísia, respectivamente.
Enquanto o campeão nacional de juniores afastou o malawiano Sekelani Makuluni, pelos parciais de 6/2 e 6/2, Badru Rosa eliminava o swázi Vusi Tsabdze, por 6/1 e 7/5, garantindo também um lugar nos dezasseis-avos-de-final. Nesta categoria, Armando Sigaúque não soube honrar, tal como os outros tenistas de outras categorias, a sua primeira presença em competições do género. Quedou-se diante do malawiano Ramesh Banda, por duplo 6/3.
Tiveram o mesmo azar os tenistas Ricardo Jacinto e Bruno Guambe, nos sub-14 masculinos. Ricardo Jacinto sucumbiu a frente do mauriciano Auxence Acou, por 6/2 e 6/3, enquanto Bruno Guambe perdia com o swázi Hyden Loffler, por 7/5 e 6/4. Neste escalão, Lucas Figueiredo, por sinal o filho do campeão nacional de seniores, Bruno Figueiredo, que acompanha os tenistas nacionais, foi vedado do torneio por ainda não reunir a idade suficiente para esta categoria. Assim, a equipa masculina de sub-14 ficou reduzida a dois atletas.
Nos sub-14 femininos, categoria para a qual Moçambique participa também com apenas duas atletas, nomeadamente Helen Khumalo e Ana Vasilis, apenas a primeira transitou para a fase seguinte. Khumalo despachou a tswana Leungo Gaobotse por duplo 6/0, enquanto Ana Vasilis, que era curiosamente a maior aposta moçambicana neste escalão, resistiu mas não conseguiu evitar a derrota diante da também tswana Ekua Youri, por 7/6 e 7/5. Como se pode depreender, Ana Vasilis levou a partida até às últimas circunstâncias, perdendo com diferença mínima (tie-break) nos dois “sets”.
Enquanto Jaime Sigaúque, Badru Rosa e Helen Khumalo lutavam ainda ontem por um lugar nos oitavos-de-final, Armando Sigaúque, Ricardo Jacinto, Bruno Guambe e Ana Vasilis iniciam hoje a disputa das classificativas para a definição do seu posicionamento na tabela geral.
Salientar que os “drows” são de 32 atletas em todas as categorias (quatro), portanto com 64 tenistas cada. Moçambique não participa do escalão de sub-16 feminino por falta de atletas. Cada um dos 10 países presentes no torneio participa com três tenistas em cada uma das categorias, totalizando 12.
Fazendo uma avaliação preliminar da prestação moçambicana no arranque do torneio, o campeão nacional e também treinador Bruno Figueiredo disse que os resultados não corresponderam às expectativas nalguns casos de atletas nos quais estava depositada a esperança de, no mínimo, transitarem da fase inicial, casos de Ricardo Jacinto, Armando Sigaúque e Ana Vasilis.
“A expectativa é que transitássemos, de modo geral, com três atletas em masculinos na primeira eliminatória e duas em femininos. Infelizmente Ricardo Jacinto calhou logo no início com um rapaz das Maurícias, um país que tem bons talentos. Já Armando Sigaúque teve um adversário ao seu nível, mas não resistiu. Feito isto, a nossa maior esperança reside agora em Jaime Sigaúque, uma vez que Bruno Nhavene, que é o nosso melhor tenista de sub-16, já não vai competir ao nível desta categoria, embora ainda com idade para tal”, comentou Figueiredo.
Segundo contou, a Federação Moçambicana de Ténis (FMT) decidiu lançar Bruno Nhavene, que se encontra pelo terceiro ano consecutivo no Centro de Alto-Rendimento, em Marrocos, nos sub-18, tendo em conta o seu nível competitivo e a sua projecção internacional.
Já a começar, o jovem tenista vai se estrear no AJC (African Junior Championship) curiosamente em Marrocos, em finais de Março.
SALVADOR NHANTUMBO, em Gaberone
Fonte:Jornal Noticias