Quando a perseverança vence dificuldades
“O verdadeiro discípulo é aquele que supera o mestre” já dizia Aristóteles e Jaime Sigaúque cumpriu na integra esta máxima do filósofo grego e nos “Nacionais” de ténis de 2017 superou o seu treinador, Jossefa Simão, que era igualmente bi-campeão.
E no torneio de encerramento fez outras vítimas com destaque para Hercílio Senda, regressado da Argélia.
E a história do jovem tenista de 15 anos (por completar a 6 de Dezembro) começa assim: Decorria o ano de 2012 quando a Escola Primária Completa 16 de Junho recebeu responsáveis do Clube de Ténis de Maputo interessados em desenvolver o mini-ténis escolar. Por coincidência na sala escolhida estudava um menino (Jaime) de nove anos e de família humilde que com meios próprios não podia sonhar sequer em praticar ténis, rotulada por alguns como sendo modalidade de elite. Aliás, nem dispunha sequer de sapatilhas.
A turma toda foi levada aos “courts” do Tunduru para o “abc”, mas nem todos se familiarizam-se com as “tacadas” e hoje por hoje sobram apenas dois, Jaime é Bradú Rosa.
Cinco anos depois das primeiras “tacadas” na bagagem o jovem já leva dois títulos nacionais consecutivos de juniores, conquistou um torneio de Sub-10 na África do Sul e goza do estatuto de vice-campeão nacional de seniores, um mérito alcançado após perder (por 2-0, com parciais 6/3 e 6/4) a final disputada contra o “veterano” Bruno Figueiredo, 38 anos.
Atanásio Zandamela
Fonte:Desafio