Tomei a decisão mais difícil da minha vida
Foram 19 anos de carreira, que para já ficam para trás. Memórias são muitas, entre felizes e tristes, até porque um percurso não se faz apenas de coisas boas. José Maria Rachide colocou um ponto final na sua carreira, decisão que para ele não foi fácil, pois a vontade ainda existe, porém outros factores determinantes não o permitem continuar.
“É o fim, parece mentira mas é verdade”, dizia o categorizado músico angolano Matias Damásio, numa das suas músicas que constituiu uma febre nos anos passados. Talvez essa seja uma das notas artísticas que certamente,José Maria Rachide alimenta os seus dias desde que decidiu dar por terminada a sua carreira, que durou pouco mais 19 anos, 10 dos quais como árbitro internacional.
Uma carreira que teve o seu início no ano de 1999 e marcada por inúmeras peripécias, que por ele contadas constituem uma verdadeira odisseia. Aos 48 anos de idade e quando as pernas e o coração ainda quisessem viu-se obrigado e terminar o enlace com o seu amor de sempre, a arbitragem.
Para já o ex-árbitro internacional moçambicano está a investir seriamente na sua formação académica, sendo que está a cursar Administração Pública no Instituto Superior de Ciências de Educação à Distância, aliás esse é um dos motivos que precipitou a sua retirada.
Na hora de dizer adeus, José Maria abriu espaço para agradecer à sua família, que sempre o apoiou, não obstante o facto de ter sido um chefe de família ausente, muito por força da arbitragem. Mas o obrigado especial vai mesmo à sua querida esposa, Marta Filomena.
Ibraimo Assamo/Luís Muianga
Fonte:Desafio