O Ferroviário da Beira começou a temporada 2017 tal como terminou em 2016, em glória.
Os campeões nacionais, uma vez mais, foram mais fortes no confronto com a União Desportiva do Songo e fizeram a festa diante do seu público. Tal como ano passado, quando exultaram com a conquista do Moçambola.
De resto, o filme da primeira Supertaça Mário Coluna na história do Ferroviário da Beira começa com uma entrada pressionante dos “locomotivas” sobre o seu adversário.
Alias, na primeira metade, o jogo foi de sentido único: a baliza da União Desportiva do Songo. E os donos da casa só não chegaram ao golo madrugador, aos 43 segundos, porque Cley foi mais lesto que Nelito ao tirar a bola da zona do barulho.
Com maior profundidade e musculatura, o Ferroviário da Beira controlou o meio campo, criando, de resto, a primeira cortina defensiva que não permitia a Kambala pensar e organizar o jogo da União Desportiva do Songo. Um conjunto, nesta etapa, diga-se, amorfo e previsível.
Lá na frente do ataque, e os “locomotivas” só se podem queixar disso, Dayo e Nelito não souberam dar sentido a ambição e qualidade dos donos da casa.
Aliás, os campeões nacionais controlaram o jogo, mas pecaram bastante na finalização. Sem a sua estrela-mor, Luís Miquissone, jogador impedido de dar o seu contributo devido ao cartão amarelo que viu na final da Taça de Moçambique, a União Desportiva do Songo foi uma nulidade no ataque.
Não conseguiu, a espaços, flanquear o seu jogo. Tony e Cley estavam mais presos a acções defensivas.
Num lance individual, o desequilibrador Parkim arrancou um remate fraco para a figura de Wilard. Veio, depois, o merecido descanso para os artistas da bola que foram penalizados pelo imenso calor que se fez sentir na Beira.
Depois, aos 43 minutos, Jojó tem uma arrancada pela direita do ataque dos “hidroeléctricos”, centra para área mas…Mario Sinamunda mostrou falta de engodo com a baliza. Ele que, no Chiveve, foi um verdadeiro carrasco para os seus adversários. Ontem não foi o seu dia de reluzir. Passou ao lado do jogo.
Mesmo a fechar a primeira parte, Nelito e Dayo voltaram a fazer estragos na tremida defesa da União Desportiva do Songo que não pode contar com Mano e Stelio, lesionados. Gildo e o capitão Mucuapel acusaram falta de sintonia. Valeu, neste lance, a atenção de Swin a negar o golo aos “locomotivas”.
A solução veio do banco
A segunda parte trouxe uma União Desportiva do Songo mais solta e disposta ao espectáculo, de futebol, claro.
Mas, numa jogada infantil da sua defensiva, sofreu golo aos 17 minutos da segunda parte. Maninho agradeceu a displicência e fez o que se recomenda a um avanço: oportuno e marcar.
Festa no Chiveve, público eufórico. Porque a tarde era mesmo de brindes defensivos, Lanito aproveitou as facilidades e empatou o encontro.
Mais não houve, de extraordinário, ate que se foi ao prolongamento. Nesta etapa, o Ferroviário da Beira foi mais equipa e chegou com toda naturalidade ao segundo golo apontado por Fabrice, ele que saltou do banco.
Já não havia muito que fazer por parte da União Desportiva do Songo que corria contra o relógio.
Havia, somente, tempo para se festejar o primeiro troféu na época nas bandas do Chiveve.
Fonte:Opais