A internacionalização do Standard Bank Open de Maputo e a consequente participação de árbitros internacionais permitem dar um rosto mais visível deste desporto fora de portas. Com efeito, o moçambicano Stélio Carlos vai se tornar durante o mês de Junho no primeiro juiz moçambicano de ténis a conhecer uma internacionalização ao mais alto nível quando pisar o palco dum dos mais prestigiados torneios do mundo da modalidade denominado Wimbledon 2016, e que vai decorrer entre os dias 27 de Junho e 10 de Julho. Entrevistado pelo “O País”, ele conta com emoção a realização daquilo que considera ser um sonho.
O País - Como é que surge a possibilidade de ser juiz num dos mais prestigiados torneios de ténis do mundo?
Stélio Carlos - Para ser escolhido para o Wimbledon tive que ter o número dois do ITF, curso que fiz no ano passado em Cape Town, e este ano participei em dois torneios internacionais de cadeira de rodas, que são os dois melhores naquela categoria na África do Sul, e tinham o prémio de 32 mil dólares e 42 mil dólares respectivamente, e ainda fiz alguns jogos, exactamente 21 jogos e algumas finais, depois disso enviei o relatório para Inglaterra a candidatar-me para o Wimbledon, eles viram o meu perfil e acharam que tinham os requisitos mínimos para poder participar.
O País - Estar pela primeira vez na quadra do Wimbledon Tennis 2016, que significado tem para si?
Stélio Carlos - É um sonho, porque quando me candidatei foi numa brincadeira, assim que recebi a notícia fiquei incrédulo, é uma boa surpresa participar do maior torneio de ténis do mundo. Para Moçambique é muito bom, porque o nosso trabalho vai ser conhecido a nível mundial.
O País - O que espera levar no dia 17 de Junho, sobre o ténis de Moçambique, quando viajar a Wimbledon?
Stélio Carlos - Bom, quando eu chegar lá vou contar sobre a nossa prática.
O País - Sente que esta abertura para estar neste “grand slam” de ténis, irá impor, em certa medida, maior responsabilidade ao ténis nacional?
Stélio Carlos - Neste momento estamos numa boa fase, participamos em todas as provas mundiais, estivemos na Fed Cup que é a maior competição em termos de selecção em femininos, participamos na Davis Cup que é o maior torneio masculino do planeta, em todos os torneios de iniciação temos atletas a marcarem presença. Só por isto que mencionei impõem uma grande responsabilidade para o país. A minha ida abre espaço para outros voos na família do ténis nacional.
O País - O que está em falta no ténis moçambicano para se tornar um dos mais fortes ao nível da região e quem sabe continental?
Stélio Carlos - O ténis é um desporto individual diferente do futebol ou basquete, aqui o atleta pode ser bom, mas precisa ter um suporte financeiro, e neste momento financeiramente não estamos muito bem, o país está em crise e o ténis já era difícil ter patrocinadores agora tornou-se pior. Neste momento precisamos de investimentos.
O País - E como é que o ténis resiste a estas adversidades?
Stélio Carlos - Olha! O nosso ténis, apesar de estar num país sem cultura da prática desta modalidade, tem muito potencial, tem muito talento, mas precisa de investimento, sem isso não conseguimos chegar além. Quanto a formação não temos muitas diferenças com outros países, mas quando chegamos a categoria sub-18 já se nota uma grande diferença, porque atletas de outros países quando chegam a essa categoria fazem cerca de 30 torneios anuais, e nós aqui em Moçambique nem cinco torneios bons temos, então é muito difícil nós conseguirmos acompanhar o ritmo deles.
A internacionalização do Standard Bank Open de Maputo e a consequente participação de árbitros internacionais permitem dar um rosto mais visível deste desporto fora de portas. Com efeito, o moçambicano Stélio Carlos vai se tornar durante o mês de Junho no primeiro juiz moçambicano de ténis a conhecer uma internacionalização ao mais alto nível quando pisar o palco dum dos mais prestigiados torneios do mundo da modalidade denominado Wimbledon 2016, e que vai decorrer entre os dias 27 de Junho e 10 de Julho. Entrevistado pelo “O País@, ele conta com emoção a realização daquilo que considera ser um sonho.
O País - Como é que surge a possibilidade de ser juiz num dos mais prestigiados torneios de ténis do mundo?
Stélio Carlos - Para ser escolhido para o Wimbledon tive que ter o número dois do ITF, curso que fiz o ano passado em Cape Town, e este ano participei em dois torneios internacionais de cadeira de rodas, que são os dois melhores naquela categoria na África do Sul, e tinham o prémio de 32 mil dólares e 42 mil dólares e ainda fiz alguns jogos, exactamente 21 jogos e algumas finais, depois disso enviei o relatório para Inglaterra a candidatar – me para o Wimbledon, eles viram o meu perfil eles acharam que tinham os requisitos mínimos para poder participar.
O País - Estar pela primeira vez na quadra do Wimbledon Tennis 2016, que significado tem para si?
Stélio Carlos - É um sonho, porque quando me candidatei foi numa brincadeira, assim que recebi a notícia fiquei incrédulo é uma boa surpresa participar do maior torneio de ténis do mundo. Para Moçambique é muito bom porque o nosso trabalho vai ser conhecido a nível mundial.
O País - O que espera levar no dia 17 de Junho sobre o ténis de Moçambique quando viajar a Wimbledon?
Stélio Carlos - Bom, quando eu chegar lá vou contar sobre a nossa prática.
O País - Sente que esta abertura para estar neste grand slam de ténis, irá impor em certa medida maior responsabilidade ao ténis nacional?
Stélio Carlos - Neste momento estamos numa boa fase, participamos em todas as provas mundiais, estivemos na Fed Cup que é a maior competição em termos de selecção em femininos, participamos na Davis Cup que é o maior torneio masculino do planeta, em todos os torneios de iniciação temos atletas a marcarem presença. Só por isto que mencionei impõem uma grande responsabilidade para o país. A minha ida abre espaço para outros voôs na família do ténis nacional.
O País - Questionamos ao nosso entrevistado sobre o que está em falta no ténis moçambicano para se tornar um dos mais fortes ao nível da região e quem sabe continental?
Stélio Carlos - O Ténis é um desporto individual diferente do futebol ou basquete, aqui o atleta pode ser bom mas precisa ter um suporte financeiro e neste momento financeiramente não estamos muito bem o país está em crise e o ténis já era difícil ter patrocinadores agora tornou – se pior. Neste momento precisamos de investimentos.
O País - E como é que o ténis resiste a estas adversidades?
Stélio Carlos - Olha o nosso ténis apesar de estar num país sem cultura da prática deste desporto têm muito potencial, têm muito talento mas precisa de investimento sem isso não conseguimos chegar além. Quanto a formação não temos muitas diferenças com outros países, mas quando chegamos a categoria sub – 18 já se nota uma grande diferença, porque atletas de outros países quando chegam a essa categoria fazem cerca de 30 torneios anuais e nós aqui em Moçambique nem cinco torneios bons temos então é muito difícil nós conseguirmos acompanhar o ritmo deles.
Ainda nesta entrevista o homem de Wimbledon fez um olhar sobre o Standard Bank Open considerando que está muito participativo na categoria de massificação, onde desfilaram mais de 150 atletas rapazes, este ano houve a participação de atletas russos e portugueses, que são estrangeiros residentes em Moçambique algo que segundo ele não é muito comum nestas categorias, e ainda assim o nível foi bom pois deu para testar os nossos atletas.
Fonte:Opais