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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

Resultados e classificação

Ferroviário da Beira-Desportivo de Maputo (2-0)

Maxaquene-Chibuto (0-0)

Costa do Sol-ENH (1-2)

Ferroviário de Nacala-Ferroviário de Maputo (0-2)

UD Songo-1.º Maio de Quelimane (4-0)

Liga Desportiva-Desportivo do Niassa (4-1)

Ferroviário de Nampula-Chingale (3-0)

Estrela Vermelha-Desportivo de Nacala (0-0)

 

CLASSIFICAÇAO ACTUAL

 

                                 J          V          E          D         G         P

 

UD SONGO                  4          2          2          0          5-0       8

ENH                           3          2          1          0          4-2       7

Fer. Beira                   3          2          1          0          3-0       7

Fer. Maputo                2          2          0          0          5-0       6

Costa do Sol               3          1          1          1          7-7       4

Liga Desportiva           2          1          1          0          4-1       4

Maxaquene                 3          1          1          1          4-3       4

Fer. Nampula              3          1          1          1          3-2       4

Desp. Nacala               4          1          1          2          2-4       4

Estrela Vermelha         3          0          3          0          0-0       3

Clube do Chibuto        3          0          3          0          0-0       3

1.º de Quelimane        3          0          2          1          3-7       2

Fer. Nacala                2          0          1          1          2-4       1

Chingale                    2          0          1          1          2-5       1

Desp. Niassa               3          0          1          2          1-5       1         

Desp. Maputo             3          0          0          3          3-8       0

 

Próxima jornada (4.ª):Desportivo do Niassa-Ferroviário de Nacala; 1.º de Maio de Quelimane-Liga Desportiva de Maputo; Desportivo de Maputo-União Desportiva do Songo; ENH de Vilankulo-Ferroviário da Beira; Clube do Chibuto-Costa do Sol; Desportivo de Nacala-Maxaquene; Chingale-Estrela Vermelha de Maputo e Ferroviário de Maputo-Ferroviário de Nampula.

 

Fonte:Jornal Noticias

União Desportiva do Songo goleia e segura liderança

 

A UNIÃO Desportiva do Songo manteve-se na liderança do Moçambola-2016 ao golear, em casa, em jogo disputado na tarde de ontem, o 1.° de Maio de Quelimane, por 4-0, em jogo da terceira jornada.

 

A equipa do Songo soma agora oito pontos, mais um que a ENH de Vilankulo e Ferroviário da Beira que também venceram nesta ronda. Por sinal, a ENH protagonizou a surpresa da jornada ao vir a Maputo vencer no reduto do Costa do Sol, por 2-1. Já os “locomotivas” da Beira venceram o Desportivo de Maputo, por 2-0. Sublinhe-se que os “alvi-negros” continuam a ser a única equipa que ainda não pontuou na prova.

 

O Maxaquene, outro dos candidatos ao título, esteve igualmente num fim-de-semana frustrante ao consentir uma igualdade a zero golos, em casa, frente ao Clube do Chibuto. Os “tricolores”, treinados por Chiquinho Conde, rubricaram uma exibição abaixo das expectativas, tal como os “canarinhos” na recepção à turma de Vilankulo.

 

O Ferroviário de Maputo somou a segunda vitória consecutiva. Desta vez a vítima foi o Ferroviário de Nacala que acabou derrotado em casa, por 2-0. Os “locomotivas”, actuais campeões nacionais, estão a fazer um bom início de campeonato e mostram que estão dispostos a revalidar o título.

 

A Liga Desportiva de Maputo também não deixou os seus créditos em mãos alheias, tendo goleado o Desportivo do Niassa, estreante no primeiro escalão do futebol nacional, por 4-1.

 

Numa ronda em que importa ressalvar o bom registo de golos marcados, 19 ao todo, o Ferroviário de Nampula impôs-se em casa com um triunfo sobre o Chingale, por 3-0. Dificuldades para a equipa da província de Tete no regresso ao Moçambola.

 

O Estrela Vermelha de Maputo, que também regressou à prova-mor do futebol nacional, empatou pela terceira vez. Desta vez recebeu e empatou com o Desportivo de Nacala sem abertura de contagem. Uma nota curiosa é que os “alaranjados” ainda não marcaram, tendo empatado os três jogos a zero.

 

Na próxima jornada o destaque vai para o embate entre Ferroviário de Maputo e o de Nampula. Eis os restantes desafios: Desportivo do Niassa-Ferroviário de Nacala, 1.º de Maio de Quelimane-Liga Desportiva de Maputo, Desportivo de Maputo-União Desportiva do Songo, ENH de Vilankulo-Ferroviário da Beira, Clube do Chibuto-Costa do Sol, Desportivo de Nacala-Maxaquene e Chingale-Estrela Vermelha de Maputo.

 

 

Fonte:Jornal Noticias

“Mambinhas” superam Maurícias

 

A SELECÇÃO Nacional de futebol de Sub-20 derrotou, sábado, no Estádio da Machava, as Ilhas Maurícias, por 1-0, em partida inserida na primeira “mão” da primeira eliminatória de qualificação ao CAN-2017, cuja fase final terá lugar na Zâmbia.

 

O resultado peca por ser escasso ao avaliar o desempenho dos “Mambinhas” ao longo do jogo, o qual acabaram dominando, mas sem tirar o melhor proveito às oportunidades por si criadas. Sem tirar mérito ao adversário, a rapaziada treinada por Arnaldo Ouana soube estar no jogo e teve atitude perante um adversário que tentou surpreender, mas sem atinar com a baliza inicialmente defendida por António, que saiu lesionado já na etapa complementar, tendo sido substituído por Leandro.

 

Aos “Mambinhas” faltou alguma bravura no capítulo da finalização e qualidade no remate, pois apareceram inúmeras vezes no último reduto dos mauricianos, que se defenderam bem, sobretudo na segunda parte. Aliás, foi na primeira parte que a turma da casa não pode aproveitar as fragilidades denunciadas pelos mauricianos, que se viram obrigados a recuar para o seu reduto, portanto sem capacidade de travar o avanço dos “Mambinhas” e muito menos de reação contra as investidas constantes da selecção nacional.

 

Apesar do escasso tempo de preparação (três semanas), o combinado nacional demonstrou coesão e um fio de jogo assinalável, com capacidade de retenção e circulação da bola, situação que permitiu aos “Mambinhas” movimentarem-se por toda largura do terreno, com passes acertados e virados ao ataque. Pautando por um jogo progressivo e jogadas de pé para pé, o combinado conseguiu abrir as linhas de passe e romper o meio campo mauriciano, chegando com a facilidade junto ao último reduto do adversário. Porém, não havia atiradores e as tentativas de romper a grande área foram muitas vezes desactivadas.  

 

Contudo, o jogo iniciou com a primeira oportunidade a pertencer aos visitantes, quando, aos seis minutos, Prosper, na conversão de um livre, provocou susto ao atirar para a defesa incompleta de António, que recuperou o esférico nos pés de dois contrários, que tentavam fazer a emenda.

 

A resposta moçambicana não tardou, pois Milton cruzou para o segundo poste, onde apareceu o artilheiro Mário a cabecear de cima para baixo, tendo o esférico sido projectado do chão para cima do travessão. Mas o primeiro auxiliar, Lesupi Puputla, havia assinalado fora-de-jogo duvidoso. O mesmo Mário rematou de seguida cruzado contra o corpo do guarda-redes mauriciano, Nany, aos 15 minutos. Portanto, na incapacidade de penetrar a grande área pela zona frontal, os “Mambinhas” exploraram também os flancos, só que ainda a defensiva mauriciana foi felizarda.

 

Portanto, a primeira parte acabou fechando com o domínio moçambicano, mas diga-se, em abono da verdade, que a Selecção Nacional escapou a um golpe que não saiu certo porque Labour, que fazia dupla de ataque com Ferre, não acertou a baliza com António pela frente numa jogada de contra-ataque. Aliás, a assistência foi mesmo de Ferre, aos 39 minutos.

 

A segunda parte é caracterizada pela melhoria da actuação dos mauricianos no miolo, onde a batalha passou a ser dura. Os mauricianos optaram por jogo duro, causando lesões aos jogadores moçambicanos. Foi na sequência de um golpe engendrado por Monvoisin que o guarda-redes moçambicano teve de ser substituído ainda no primeiro quarto da contenda.

 

Entretanto, a segunda parte começa com o livre batido pelo “central” e “capitão” moçambicano Bruno. O remate sai tenso e direccionado, mas pouco desenquadrado com a baliza.

 

Os “Mambinhas” jogavam a estas alturas mais pelos flancos, donde surgiam cruzamentos para a área. Continuaram a fazer circular a bola, enquanto os mauricianos optaram por uma defesa em bloco na espectativas de explorar contra-ataques.

 

E foi em mais um contra-ataque rápido que os “Mambinhas” escaparam a mais um golpe de rins. Ferre galgou pela direita superando um contrário antes de atirar, tendo a bola se escapulido pelo meio dos pés de António e embatido na base do poste, aos 49 minutos. 

 

Mas a equipa da casa estava mais galvanizada com as mexidas feitas. Nilton esteve mais em evidência nesta etapa, quase fez a bola roçar o poste, em mais um cruzamento que se seguiu a um lançamento pela esquerda, aos 68 minutos. E foi ele que deu início à jogada que culminou com o golo do artilheiro Dinis, aos 74 minutos. Foi à linha de fundo tirar um defesa do caminho e cruzar para Dinis, com um remate meio-acrobático, colocar o esférico o fundo das malhas, para o gáudio dos moçambicanas que quase encheram a bancada sombra da “catedral” da Machava.

 

Os “Mambinhas” ainda tentaram aumentar a vantagem, mas os mauricianos estavam mais consistentes e fechavam-se a copas no seu último reduto, enquanto esperavam pelo deslize da rapaziada da casa e continuavam com o seu jogo duro perante o olhar impávido do árbitro sutho Lebalang Mokele. Não influenciou no jogo, sendo que peca por ignorar algumas infracções contra a turma de casa e por não penalizar os mauricianos.

 

FICHA TÉCNICA

 

COMISSÁRIO: William Shongue, da Suazilândia.

 

ÁRBITRO: Lebalang Mokete, auxiliado por Lesupi Puputla e Mapholo Mapholo, todos do Lesotho. O quarto árbitro foi Osiase Koto, também do Lesotho.

 

MOÇAMBIQUE – António (Leandro); Cândido, Osvaldo, Bruno e Danilo; Mapangane, Milton (Neldinho), Mussa e Nilton; Dinis e Mário (Kapa).

 

MAURÍCIAS – Nany, Vicent, Monvoisin, Jeetou e Arasan (Nicolin); Sarah, Gukoola (Julicoeur), Manie e Prosper; Ferre e Labour (Ova).

 

DISCIPLINA: cartões amarelos para Danilo e Monvoisin.

 

SALVADOR NHANTUMBO

 

 

Fonte:Jornal Noticias

Basquetebolistas em forja na Escola Nelson Mandela

 

A ESCOLA Secundária Nelson Mandela, construída pela Mozal, no posto administrativo da Matola-Rio, distrito de Boane, no âmbito da responsabilidade social desta empresa de fabrico de alumínio, transformou-se, de há alguns anos a esta parte,  num grande centro de forja de talentos para o basquetebol.

 

Numa iniciativa de singulares, que se juntaram para projectar a pequenada para o Torneio Inter-Escolar Basket-Show, da empresa de telefonia móvel mcel, em representação da “Nelson Mandela”, surgiu um grande projecto de prospecção de talentos que já integram alguns dos grandes clubes da cidade de Maputo. Cleto Chissico, funcionário alfandegário e antigo jogador de formação nalguns clubes históricos, outros já desaparecidos do mapa basquetebolístico nacional, e Sérgio Chivure, professor de Educação Física na Escola Nelson Mandela, são os promotores da nobre iniciativa e que já produziu mais de 30 atletas federados, que fazem actualmente parte das equipas de iniciados, juvenis e juniores de alguns dos grandes clubes da cidade de Maputo. Na entrevista que se segue, Cleto Chissico conta a história deste que se tornou num grande projecto de formação, que chama a atenção a muitos clubes nacionais que pouco ou nada se preocupam com a formação.

 

(NOT.) – Como é que surge esta ideia de criar um projecto de prospecção de talentos para o basquetebol federado?

 

 

CLETO CHISSICO (CC) – Foi em 2013, numa altura em que trabalhava no Parque Industrial de Beloluane, no posto administrativo da Matola-Rio, próximo da Escola Nelson Mandela, que identifiquei, neste estabelecimento de ensino, um campo de basquetebol com boas condições para a prática da modalidade. Aproximei-me e conheci lá um professor de Educação Física de nome Sérgio Chivure, que trabalhava com crianças no mini-básquete e propus-lhe que trabalhássemos juntos num projecto de formação de talentos sem fins lucrativos.

 

E, uma vez que já existia o projecto “Basket-Show”, virado ao basquetebol juvenil, apostámos num projecto visando inicialmente preparar uma equipa para aquele torneio em representação da escola, no mesmo ano de 2013. E conseguimos, na estreia, alcançar o quinto lugar. Continuámos a trabalhar no ano seguinte, já também com femininos, e a nossa meta era conquistar o torneio em masculinos e conseguimos. Pela primeira vez, a “Nelson Mandela” sagrou-se campeã e, em femininos, conseguimos qualificar a equipa para a fase final, tendo terminado o campeonato em quarto lugar.

 

NOT. – Qual tem sido o destino desses talentos?

 

CC – Alguns clubes já beneficiaram e continuam a beneficiar deste nosso projecto. A equipa masculina está a representar a Autoridade Tributária. São 12 jogadores juvenis, a maior parte dos quais nascidos em 1999, e que ascenderam aos juniores este ano. Tínhamos uma equipa de iniciados femininos, também a representar a AT, e que também ascendeu aos juvenis. Houve reclamações porque a equipa de juvenis masculinos (agora júnior) superou todos os adversários no Torneio de Abertura recentemente terminado, e acabando por conquistar a prova. Portanto, associámo-nos à Autoridade Tributária no âmbito da campanha de popularização do imposto.

 

E foi por via de uma conversa que tivemos com Elman Nhatitima, jogador da equipa sénior do Desportivo de Maputo e que trabalha no Gabinete de Comunicação e Imagem naquela empresa, que firmámos uma parceria com a AT. Na conversa, explicámos que tínhamos muitos miúdos que fizeram o “Basket-Show” e que haviam superado a idade-limite para continuarem no torneio. E que, para não se perderem, solicitámos que a AT pegasse nas equipas em sua representação. Foi assim que a AT se lançou para o basquetebol, através das nossas equipas.

 

O nosso acordo com a AT é preparar os talentos para representarem a empresa no basquetebol federado. E assim acabámos nos transformando em treinadores destas mesmas equipas nas provas oficiais de juvenis e juniores a nível da cidade de Maputo. Mas temos outros atletas por nós projectados noutros clubes, como Ferroviário e Desportivo. Aliás, passámos também 12 atletas para a iniciação no Ferroviário de Maputo, alguns dos quais (5) ainda com idade para continuar no “Basket-Show”. O nosso MVP no “Basket-Show” da edição 2015, em masculinos, Elton Bem, joga pelos juvenis e juniores do Ferroviário de Maputo.

 

NOT. – Pode falar-nos das contrapartidas nesse acordo com a AT?

 

CC – Em contrapartida, a AT apoia-nos em equipamento para os atletas, lanche e transporte. Como se trata de um projecto, esperamos ter outro tipo de contrapartidas no futuro. Por enquanto, trabalhamos por amor à camisola. As coisas podem fluir como não no projecto com a AT em termos de contrapartidas, mas como é de coração estamos felizes. Aliás, fazemos a formação porque gostamos. Ninguém nos obriga. Queremos é apoiar o desporto, em particular o basquetebol, a ir mais longe. Já produzimos quase 30 atletas para federados.

 

A AT está em todo o lado e o nosso sonho é ter uma equipa da zona a representar o distrito de Boane, onde a “Nelson Mandela” está sediada. Não interessa o nome que vamos dar, mas o importante é permitir que as crianças continuem a praticar o basquetebol, o que eles gostam, porque quando acaba o “Basket-Show” desaparecem. Também contribuímos para a formação social das crianças. Aconselhamo-las que primeiro são os estudos e depois o desporto.

 

NOT. – Qual é o vosso regime de trabalho e como conseguem trabalhar com equipas para o “Basket-Show” e basquetebol federado.

 

CC – Considerados inicialmente como um centro de forja de talentos, actualmente, com o acordo com a AT, trabalhamos com projectos da escola e de federados. Deste modo, apenas estudantes da “Nelson Mandela” estão no projecto do “Basket-Show”. Aqui, trabalhamos com o apoio de alguns amigos. A AT, por enquanto, deu-nos bolas. A escola só nos cede o campo, mas existem algumas empresas que nos apoiam no projecto de “Basket-Show”. Quanto aos federados, dizer que a equipa feminina treina das 16.00 às 17.30 horas e a masculina das 18.00 às 19.30 horas, às segundas, quartas e sextas-feiras. Aos fins-de-semanas jogam. Entretanto, orientamos as equipas com o apoio de técnicos de formação, alguns dos quais foram nossos atletas. A expectativa é trabalhar na perspectiva de termos equipas de seniores no futuro, visto que temos alguns atletas nossos noutros clubes.

 

NOT. – Nisto tudo que tem estado a fazer por amor à camisola qual é o seu maior sonho?

 

CC – O meu maior sonho é que eles se transformem em homens novos. Esse é que seria o nosso maior ganho. O meu apelo vai aos encarregados de educação para que nos acarinhem, porque nós ajudamos a educar os seus filhos. Notamos que nalgumas saídas que tivemos com as crianças para competir na vizinha África do Sul, em torneios inter-escolares a convite de entidades escolares locais, nem sequer nos contactaram para saber como foi a nossa viagem. Falando da África do Sul, já tivemos três convites para torneios inter-escolares.

 

Em 2014, tivemos um para participar, com ajuda de algumas empresas, num torneio em Joanesburgo, aonde levámos uma equipa masculina, tendo alcançado o segundo lugar, depois de transitarmos para a fase final também em segundo lugar, num grupo de cinco equipas. No total, eram quatro grupos, portanto 20 equipas. Com a experiência que adquirimos no torneio sul-africano, apostámos já em atacar o segundo título consecutivo no “Basket-Show”, em masculinos, porque fomos campões em 2014.

 

E conseguimos também no ano seguinte, em femininos, e ficámos em terceiro lugar no “Basket-Show”. Em Janeiro deste ano, tivemos um novo convite desta vez feito pela Escola Americana em Joanesburgo para um torneio no qual participámos apenas com a equipa feminina, num total de 16, subdivididas em quatro equipas. Dominámos a nossa série e chegámos à final, na qual curiosamente cruzámos com a Escola Americana e sagrámo-nos vencedores. Já em Fevereiro, fomos novamente à África do Sul e participámos num novo torneio, em masculinos, no qual ficámos em quarto lugar.

 

NOT. – O que será feito daqui para a frente. Tem novas ideias, novos projectos?

 

CC – Daqui para a frente é continuar a trabalhar, na perspectiva de desenvolver o basquetebol em particular na província de Maputo, distrito de Boane. Infelizmente, não existem campeonatos localmente e assim a única saída é projectar os talentos para os campeonatos da cidade de Maputo. Mas o nosso objectivo é ter uma equipa a representar o distrito em federados. Aliás, já estamos a trabalhar com um novo grupo que está a ser projectado para o “Basket-Show” em masculinos e femininos para atacar o terceiro e o primeiro títulos, respectivamente. Temos 30 atletas, de 14 a 15 anos, que foram recrutados em finais do ano passado. Temos ainda perto de 25 com idades que variam de 13 a 14 anos que estão a aprender a prática do basquetebol. Temos igualmente crianças (15 meninas), também com idades de 13 a 14 anos, que estão a ser preparadas para participar no Torneio NBA, promovido pela ex-basquetebolista Clarisse Machanguana. Este terá início já no dia 13 deste mês.

 

A perspectiva é de o distrito de Boane ter uma equipa de basquetebol federado de iniciação. Portanto, o nosso projecto de prospecção de talentos para o basquetebol federado, no campo da “Nelson Mandela”, está aberto para todos os meninos interessados à volta ou nas proximidades, mesmo a nível do distrito. Isso vai encurtar a distância para aqueles meninos que gostam de jogar basquetebol e que são obrigados a ir à cidade de Maputo na ausência de um movimento federado na província.

 

PERFIL DE CLETO CHISSICO

 

 

ANDOU no basquetebol como atleta na década 80, na iniciação. Jogou primeiro no Desportivo de Maputo e Cajú de Moçambique, uma das empresas que no passado abraçaram o desporto, como iniciado, e terminou como júnior no Ferroviário de Maputo, em 1988.

 

No ano seguinte, abraçou a carreira de treinador de basquetebol, começando pelo desporto escolar na Escola Secundária de Lhanguene, onde era aluno aos 18 anos. Treinou uma equipa feminina desta escola. Já em 1990, abraçou o projecto da Emplama e trabalhou com mini-básquete e iniciados masculinos. Já em 2013, integrou o projecto de “Basket-Show” na Escola Secundária Nelson Mandela, preparando as equipas para o torneio.

 

SALVADOR NHANTUMBO

 

 

Fonte:Jornal Noticias

 

“Nacional” terá dez equipas este ano

 

A TERCEIRA edição da Liga Nacional de Futebol Feminino (LNFF) contará com mais duas equipas, comparativamente às duas edições anteriores, passando de oito para dez formações.

 

A prova arranca em Julho e, segundo o presidente LNFF, Augusto Jamine, a mesma conhecerá muitas melhorias este ano, quer em termos competitivos, assim como logísticos.

 

Com efeito, segundo Jamine, o sorteio para a competição irá acontecer em Junho, sendo que a Assembleia-Geral do organismo terá lugar nos meados deste mês. A referida AG irá definir os moldes de disputa da prova, que em princípio deverá prolongar-se até Outubro.

 

Jamine faz o balanço da segunda edição da Liga Feminina, uma vez mais ganha pelo Costa do Sol, contanto que as equipas se bateram muito bem. Segundo ele, houve menos faltas de comparência e, de uma forma geral, menos problemas.

 

Para a terceira edição da LNFF o dirigente daquela instituição diz que são necessários 25 milhões de meticais, ou seja, uma assinalável subida em relação à edição 2015, que rondou à volta dos 20 milhões.

 

O presidente da LNFF garante igualmente o aumento no número de patrocinadores na edição deste ano, o que contribuirá para a sustentabilidade da prova.

 

Com o aumento de mais duas equipas, apenas uma que participou na edição do ano passado é que deverá descer de divisão, em princípio o último classificado.

 

Refira-se que a LNFF é disputada no sistema clássico de todos-contra-todos em duas voltas.

 

 

Fonte:Jornal Noticias

SEMEDO AMEAÇA ABANDONAR FUTEBOL

 

 

 

 

O TREINADOR da União Desportiva do Songo (UDS), Artur Semedo, ameaça abandonar o futebol devido à existência na modalidade daqueles que, segundo ele, actuam por conta dos outros para prejudicar os que trabalham honestamente, em alusão aos árbitros.

 

Semedo falava pouco depois do nulo, na tarde da quarta-feira, entre a sua equipa e a Liga Desportiva de Maputo, em Songo, uma partida em que o representante de Tete marcou, mas o árbitro não validou o golo por um pretenso fora-de-jogo.

 

No fim do jogo Artur Semedo estava agastado com a actuação da equipa da arbitragem, tendo realçado que “é vergonhoso o que se assistiu hoje (quarta-feira) aqui. Todos os dias eu e a minha equipa trabalhamos debaixo do Sol abrasador do Songo, para depois alguém nos fazer coisas como esta”, disse.

 

Acrescentou que “todos sabem e conhecem a qualidade do futebol praticado pelas equipas por onde passei, mas o nosso futebol continua com pessoas que trabalham a mando dos outros. É frustrante o que os árbitros têm feito à minha equipa”, desabafou.

 

A concluir, Semedo prometeu deixar o futebol dentro em breve para abraçar outras actividades. “A qualquer momento vou abandonar isto e fazer outras coisas. Aliás, tenho muita coisa a fazer na vida”, atirou.

 

 

Fonte:Jornal Noticias

Difícil deslocação dos “alvi-negros” a Chiveve

 

O MOÇAMBOLA retoma este fim-de-semana depois do interregno para dar lugar aos compromissos da Selecção Nacional, com a efetivação da terceira jornada, na qual o Desportivo tem uma difícil deslocação à Beira para defrontar no domingo o Ferroviário local.

 

Os “alvi-negros”, sem qualquer ponto em dois jogos até aqui disputados, não terão vida fácil em Chiveve, pois vão medir forças com uma das melhores equipas desta competição e que este ano decidiu lutar abertamente pelo título.

 

A equipa comandada por Uzaras Momed está sob pressão, depois de perder com o Maxaquene e com o Costa do Sol na primeira e segunda rondas, respectivamente.

 

O Ferroviário da Beira, por sua vez, soma quatro pontos, uma vitória e um empate, pelo que esta é uma oportunidade para os “locomotivas” atingirem os sete pontos, o que manter-lhes-ia no pelotão da frente.

 

Em Maputo o Maxaquene recebe o Chibuto, num duelo que tem sido emotivo nos últimos anos. Os “tricolores” querem se redimir da derrota na ronda anterior frente ao ENH de Vilankulo, pelo que estarão de olho na vitória frente aos “guerreiros”, que em dois jogos realizados somam dois pontos frutos de outros tantos nulos.

 

O embate terá lugar no domingo à tarde no Estádio Nacional do Zimpeto.

 

O Costa do Sol, reanimado depois da vitória frente ao Desportivo na segunda ronda, recebe amanhã no seu relvado sintético o ENH de Vilankulo. Partida interessante, pois coloca frente-a-frente duas equipas com quatro pontos, pelo que ninguém irá facilitar. Os “hidrocarbonetos” estão igualmente motivados, pois na ronda anterior tombaram um gigante, o Maxaquene, daí que haja alguma confiança para este desafio.

 

Outra difícil deslocação é a que tem o Ferroviário de Maputo, campeão em título, a Nacala, onde irá jogar com o seu homónimo local. Nacala tem sido um reduto difícil para qualquer equipa que para lá se desloca, principalmente quando o adversário é o Ferroviário local, pelo que os campeões nacionais não terão vida fácil no domingo, apesar de se terem estreado de forma demolidora na quarta-feira frente ao Desportivo daquele ponto do país, na Machava, a quem impuseram uma goleada por 3-0.

 

No Songo a União Desportiva local recebe a aguerrida equipa do 1.º de Maio de Quelimane, que nesta prova já tirou pontos a dois candidatos ao título, nomeadamente o Costa do Sol e o Ferroviário da Beira.

 

Nesta partida, que terá lugar na tarde de domingo no Estádio 27 de Novembro, a União Desportiva é favorita teoricamente, mas os “operários” não costumam facilitar, pelo que o prognóstico é difícil.

 

Em Nampula o Ferroviário local recebe o regressado Chingale. É o reencontro entre duas equipas que se conhecem muito bem, com vários duelos no Moçambola. O factor casa pode pender a favor dos “locomotivas”.

 

Na capital do país o Estrela Vermelha joga amanhã contra o Desportivo de Nacala. É uma desafio entre duas equipas do mesmo “campeonato” e que procuraram dar o ar da sua graça. O Desportivo de Nacala ainda está com sequelas da goleada sofrida na quarta-feira, frente ao Ferroviário de Maputo, na Machava, e nesta partida certamente que irá dar tudo para sair com um resultado que lhe interessa.

 

Os “alaranjados”, por sua vez, sabem que os pontos para a manutenção são conseguidos frente a adversários como o Desportivo de Nacala, pelo que na tarde de domingo pode se esperar uma partida interessante no campo do Costa do Sol.

 

Ainda no domingo, na Matola “C”, a Liga Desportiva de Maputo recebe o estreante Desportivo do Niassa, numa partida em que os “muçulmanos” são claramente favoritos. Ambas equipas somam um ponto, mas a Liga apenas efectuou um jogo até ao momento, devido à sua participação nas Afrotaças.

 

Todos os jogos desta que é a terceira jornada têm início às 15.30 horas, à excepção da U. D Songo-1.º de Maio, que começa às 15.00 horas. Costa do Sol-ENH é o único agendando para amanhã.

 

 

Fonte:Jornal Noticias

Judocas em risco de falhar “Africano”

 

A SELECÇÃO Nacional de Judo corre o risco de não participar, a partir do dia 2 de Abril, no Campeonato Africano da modalidade, que serve de qualificação para os Jogos Olímpicos-Rio Janeiro-2016, por falta de fundos.

 

A equipa nacional de judo não dispõe neste momento de dinheiro para cobrir as despesas de participação no Africano a decorrer em Marrocos, uma situação que causa grande preocupação à Federação Moçambicana da modalidade. O secretário-geral, Nilton Mujovo, mostrou a sua preocupação por a selecção correr o risco de falhar a participação no maior evento continental.

 

Até aqui ainda não temos verbas que nos permitam participar na prova. É muito importante que os nossos judocas estejam presentes, porque caso consigam amealhar pontos no “Africano” podem qualificar-se para os Jogos Olímpicos”, explicou.

 

De referir que a Selecção Nacional é composta por quatro judocas, nomeadamente Marlon Acácio – 81kg, Edson Madeira – 73kg, Neuso Sigauque - 60kg e Bruno Luzia – 66kg. 

 

Os Jogos Olímpicos decorrem na cidade brasileira do Rio de Janeiro de 5 a 21 de Agosto próximo. O último judoca nacional a marcar presença foi Neuso Sigauque, em Londres-2012.

 

 

Fonte:Jornal Noticias

Ferroviário de Maputo goleia na estreia

 

O FERROVIÁRIO de Maputo estreou-se ontem no Moçambola-2016 goleando, no Estádio da Machava, o Desportivo de Nacala por 3-0, em partida atrasada referente à primeira jornada.

 

Noutro jogo também em atraso e referente à mesma ronda a Liga Desportiva de Maputo foi travada também na estreia, em Tete, pela União Desportiva do Songo, com um empate sem abertura de contagem. Este empate tem sabor de vitória para a equipa do Songo, que passou a liderar a prova isolada com cinco pontos, tendo como directos perseguidores o Costa do Sol, ENH e Ferroviário, todos com quatro pontos. 

 

O Moçambola prossegue no fim-de-semana que se aproxima com a realização da terceira jornada, na qual o destaque vai para o embate entre o Ferroviário da Beira e Desportivo de Maputo no Chiveve.

 

FER. MAPUTO, 3 - DESP. NACALA, 0 - Ressuscitou e arrasou…!

 

O FERROVIÁRIO de Maputo teve de repensar no seu jogo para dar a volta a um cenário que o vulgarizou durante uma primeira parte improdutiva e ao fim da qual o Desportivo de Nacala merecia ter saído a vencer pelo menos por uma bola.

 

Os nacalenses acabaram pagando a factura cara pelos desperdícios nalguns lances com selo de golo, todos registados na etapa inicial da contenda, resultantes de uma actuação ousada e excepcional e aproveitando-se do mau momento em que os “locomotivas” atravessaram quase em todos sectores, nomeadamente desinteligências do eixo central à defensiva, uma fraca mobilidade no meio-campo e clarividência no sistema ofensivo.

 

Detalhadamente, dizer que Calima e Jeitoso, que faziam a dupla de “centrais”, foram muitas vezes encontrados em contrapé, enquanto os laterais Elísio e Edmilson não conseguissem travar a progressão dos nacalenses pelos corredores direito e esquerdo, respectivamente. Por via disso, Romão e Adebayor, que faziam a dupla de ataque, apareceram em posições privilegiadas de atirar, muitas vezes solicitados por Ramudua, que fazia a ala direita, mas sem atinar com a baliza.  

 

Já no miolo os “locomotivas” não tinham mobilidade suficiente para catapultar o ataque. Talvez a opção por dois médios defensivos, nomeadamente Timbe e Sassi, tenha influenciado para isso, enquanto Diogo e Jair acusassem algumas dificuldades para fazer a diagonal pelas alas esquerda e direita, face à pressão que os nacalenses empreendiam à entrada do seu último reduto, com uma defesa que se revelou tão compacta até à altura que sofreu o primeiro golo. Assim, nem o “capitão” Luís, muito menos o apático Miamy, tiveram espaço de manobra na frente do ataque. Perdiam-se entre a defensiva nacalense e muito menos conseguiam segurar o esférico nalgumas tentativas ensaiadas com apoio de Diogo e Jair, também indolentes. Aliás, as jogadas do Ferroviário morriam à entrada da segunda metade dos nacalenses. 

 

Portanto, o favoritismo do Ferroviário acabou sendo reduzido ao fracasso e foi por algum tempo vulgarizado perante a capacidade técnica e táctica dos nacalenses, que, com colocações rápidas e projectadas em profundidade para as pedras mais soltas, surpreenderam os “locomotivas”.

 

Foi perante estas fragilidades que o Desportivo se notabilizou, aparecendo de forma subtil próximo à baliza defendida por Germano, com passes mais precisos e rápidos. E por sinal os nacalenses foram os primeiros a dar o aviso à navegação, quando Ramudua centrou de direita para o isolamento de Romão, mas sem ângulo suficiente para enganar Germano, aos 22 minutos. 

 

Foi o princípio da tremedeira no reduto “locomotiva”, uma vez que, de seguida, Adebayor não acertou na tentativa de remate de primeira, depois de desenhar um belo “chapéu” a Jeitoso. A bola foi para as nuvens.

 

O Ferroviário só reagiu já no último quarto da primeira metade, primeiro quando Luís, junto da linha limite da pequena área, pela direita, e depois de tirar um pela frente, fez passe atrasado para Jair atirar. Mas não o fez e sua tentativa de colocar a bola para Miamy foi anulada. Porém, teve nota assinalável naquele remate devolvido pelo poste, aos 44 minutos. Os quatro minutos de compensação ainda deram susto aos “locomotivas”, numa altura que engendravam algumas saídas acertadas. Mas por duas vezes quase foram encontradas em contra-pé em contra-ataques rápidos. Para além daquele tiro bem direccionado de Ramudua, que provocou susto. A bola quase beijou o travessão.

 

A segunda parte arranca com o protagonismo “locomotiva”, que ia sendo fortalecido pelas alterações feitas no xadrez. Mas antes disso Miamy, após uma combinação entre Luís e Jair, foi projectado para a finalização e ofereceu o esférico ao guarda-redes Brayd. Logo de seguida aconteceu o golo que iria desnortear os nacalenses. Diogo foi chamado a cobrar um pontapé de canto e a bola foi pra si devolvida, tendo cruzado novamente para Jeitoso saltar alto e colocar a bola de cabeça no fundo das malhas.

 

Era o 1-0, aos 50 minutos, que mudou a história do jogo a favor dos “locomotivas”. Os nacalenses ficaram desnorteados e foram empurrados para o seu reduto. Mas reagiram de vez em quando. Ramudua veio de novo à carga, solicitando a intervenção de Adebayor, com um centro para o remate. Simulou que deixava a bola para um companheiro que nem viu e a bola rasgou a boca da baliza aos 65 minutos.

 

E o Ferroviário não brincou com serviço. Edmilson subiu pelo corredor esquerdo. Já no meio-campo nacalense cruzou com mestria para Luís cabecear para defesa incompleta de Brayd. Sassi fez a emenda para 2-0, aos 70 minutos. Os nacalenses tentaram redimir-se, com Adebayor a fazer o esférico beijar o travessão depois de tirar dois pela frente, aos 74 minutos.

 

Daqui, a equipa da casa relaxou o suficiente, enquanto o adversário, já totalmente desnorteado, ia atrás do prejuízo. Mas não conseguiu, porque Luís matou o jogo naquele lance que o baixinho Gito, lançado para o ataque na segunda parte, mostrou serviço. Rasgou o meio-campo nacalense um pouco pela direita e centrou para o “capitão” fazer o 3-0, para o fim do sonho nortenho.

 

José Maria Rachide, um árbitro por excelência, deixou a equipa jogar e foi mais pedagógico do que repressivo. 

 

FICHA TÉCNICA

 

ÁRBITRO: José Maria Rachide, auxiliado por Domingos Machava e Carlos Manuel. O quarto árbitro foi Ema Novo.

 

FERROVIÁRIO DE MAPUTO – Germano; Elísio, Calima, Jeitoso e Edmilson; Timbe, Diogo (Muandro), Sassi e Jair; Luís (Eric) e Miamy (Gito).

 

DESPORTIVO DE NACALA – Brayd; Tawanda, Rasta, Tawinha e Mitter; Délcio, Ramudua, Bello (Zidane) e Daúdo (); Romão (Cota Ndenga) e Adebayor.

 

SALVADOR NHANTUMBO

 

 

Fonte:Jornal Noticias

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