FER. MAPUTO, 3 - HCB, 1: “Furacão” Luís arrasa “barragem” em 12 minutos
FORAM necessários apenas 12 minutos para o Ferroviário resolver as contas com o HCB, num jogo que se esperava difícil de desatar o nó, a avaliar pela situação das duas formações na tabela classificativa.
Luís, o avançado “locomotiva”, foi sem dúvidas o homem do jogo e o principal obreiro dos três golos do Ferroviário, que incrivelmente surgiram nos primeiros 12 minutos.
Doze minutos de glória para os “locomotivas” e, obviamente, de pesadelo para os “hidroelétricos”. Tudo começou aos três minutos quando, numa jogada aparentemente inofensiva, o “capitão” Luís fez um cruzamento rasteiro para Maurício, na boca da baliza, fazer o 1-0.
Era o início de um descalabro para a equipa do Songo, que foi a capital do país com o objectivo de vencer e colar-se ao pelotão da frente. Dois minutos depois de sofrer, o HCB respondeu através de um livre cobrado por Darryl, mas o poste salvou um Leonel já batido e que ficou com a impressão de que o esférico passaria ao lado da sua baliza.
Entretanto, o Ferroviário voltou ao jogo e desta feita para dissipar todas as dúvidas. Uma vez mais Luís ganha a bola na direita, evita a oposição de Stélio, central “hidroeléctrico”, e com conta, peso e medida tira um centro superiormente correspondido por Jair, que fez um pontapé acrobático para o 2-0.
Festa “locomotiva” num Estádio da Machava minimamente renovado. Aos 11 minutos foi o próprio Luís que fechou as contas ao ganhar a bola na entrada da área perante uma desatenção tremenda da defesa da turma da barragem, batendo o desamparado Samito com um túnel, era 3-0.
Mesmo perante o pesadelo, a equipa de Artur Semedo foi atrás do prejuízo, sendo que aos 26 minutos Kambala rematou forte do “meio-da-rua” contra o poste, uma vez mais com Leonel fora do alcance do esférico.
Aos 30, Luís Maquissone conseguiu ludibriar três oponentes, mas já na área, depois de muitos metros percorridos, chutou ao lado.
Foi-se ao intervalo. No reatamento o jogo ficou mais brando, com o HCB a aproximar-se cada vez mais do último reduto “locomotiva”, com o objectivo de pelo menos reduzir a desvantagem. Entretanto, o Ferroviário foi o primeiro a ameaçar por Chiza, que de longe rematou com perigo, ao lado.
A seguir foi Diogo a rematar de bicicleta, ao lado, quando se jogava o minuto 60. Doravante o jogo só deu HCB, que ia desperdiçando cada oportunidade, como aos 75’, quando Luís Maquissone, à entrada da área atirou ao lado.
Era o aviso à navegação, pois o golo dos “hidroelétrico” surgiu três minutos mais tarde, com Stélio a finalizar uma jogada de insistência que contou com a passividade da defesa “locomotiva”.
Já sobre o minuto 90 Darryl, de livre, obriga Leonel a proporcionar aquela que foi a defesa da tarde.
O resultado não mais se alterou, o Ferroviário ganhou devido ao pragmatismo que teve nos primeiros minutos, altura em que a defesa do HCB estava completamente partida.
Inácio Sitoe fez um bom trabalho.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: Inácio Sitoe, auxiliado por Nelsa Jeque e Ali Raja Omar. Quarto árbitro: Luís Jumisse.
FER. MAPUTO: Leonel; Jeitoso, Calima, Edmilson, Sassi, Chiza, Timbe, Diogo, Jair, Maurício (Lewis) e Luís (Debrah)
HCB: Samito; Aguiar, Tony, Mucuapel, Stélio, Kambala, Cremildo (Chris), Banda, Darryl, Tchitcho (Mauro) e Luís.
Disciplina: amarelo para Jair, do Ferroviário.
SÉRGIO MACUÁCUA
Fonte:Jornal Noticias