ARRANCOU ontem, na Beira, a disputa da fase provincial do IX Festival Desportivo dos Jogos Escolares a nível da província de Sofala rumo à parte final a ter lugar em Pemba, na província de Cabo Delgado.

Entretanto, na hora da despedida para a fase provincial, todas as delegações distritais manifestaram a sua convicção de fazer deste evento uma festa estudantil, tendo em conta o respectivo lema que é  “estudante proactivo e solidário”.

Segundo o programa oficial do evento, a governadora provincial, Maria Helena Taipo, deveria dirigir ao fim da tarde as cerimónias de abertura no Pavilhão dos Desportos da Beira, onde para além da governante, também outros dignitários deveriam fazer-se presentes, nomeadamente o edil daquela urbe, Daviz Simango, o administrador distrital, José Cuela, o director provincial de Educação e Cultura, Pedro Mbiza, entre outros.

O programa incluía igualmente a apresentação de mensagens dos participantes para além de ginástica e discursos de praxe por parte dos responsáveis.

Segundo apurámos, até ontem já se encontravam na cidade da Beira todos os distritos, incluindo Beira bem como estavam criadas todas as condições para a realização dos jogos até ao próximo sábado em vários campos daquela urbe e da cidade do Dondo, a 30 quilómetros da capital provincial.

Entretanto, o director do Serviço Distrital de Educação, Juventude e Tecnologia da Beira, Celestino Campira, apelou aos pais e encarregados de educação dos representantes daquela região no sentido de apoiarem as respectivas selecções, tendo em conta que a maioria das diversas partidas das modalidades consagradas no festival terá lugar na cidade da Beira.

Para aquele responsável, que falava na tarde da passada terça-feira no anfiteatro da Escola Secundária e pré-universitária Samora Machel, no bairro do Esturro, a presença dos pais e encarregados de educação nos campos poderá estimular os atletas para que tenham melhor prestação e, quiçá, fazer com que no final o distrito da Beira sagre-se campeão.

O distrito da Beira leva para este evento 122 atletas e 13 técnicos para as modalidades de futebol em ambos os sexos, o mesmo em relação ao basquetebol, voleibol, andebol, xadrez, atletismo, ginástica e jogos tradicionais.

ANTÓNIO JANEIRO

Fonte:Jornal Noticias

O MINISTRO da Juventude e Desportos, Alberto Nktumula, antevê um futuro ainda mais risonho para a Selecção Nacional nas próximas participações em Campeonatos do Mundo de Hóquei em Patins, que, a partir da próxima edição - Barcelona 2017 -, passarão a ser chamados de Roller Games, ou seja Jogos sobre Patins, uma espécie de olimpíadas de patinagem.

Para o dirigente máximo do desporto em Moçambique, que marcou presença no Mundial de La Roche Sur-Yon, no qual a equipa nacional conquistou o sétimo lugar, tudo passa por um maior investimento que deve imergir a partir da família até ao Governo.

“O investimento deve ser feito a partir da base. Os próprios pais devem incentivar os seus filhos a irem praticar desporto. Este é para mim o principal investimento. Tudo começa de dentro das nossas famílias, dos amigos do bairro, depois vai para os clubes e aí cria-se um movimento nacional. É por estas directrizes que temos que nos guiar. Portanto, não é só ao Governo que cabe esta responsabilidade de investir no hóquei, os parceiros empresariais, as pessoas de boa vontade, os clubes e as federações devem apoiar”, elucidou.

Alberto Nkutumula acredita que, seguindo por este diapasão, é possível pensar-se em voos bem mais altos. “Se investirmos da forma que acabei de mencionar, podemos daqui a um tempo começar a pensar em vencer os melhores do mundo. Acredito que juntos seremos mais fortes e unidos venceremos”, defendeu.

NOME ESCRITO A NÍVEL MUNDIAL

O titular da pasta da Juventude e Desportos considera positiva a prestação da equipa nacional na 42.ª edição do Mundial, já que continua a ser a melhor de África. “Continuamos a ser os melhores de África. Moçambique tem autoridade no continente, isto para dizer “somos os melhores”, arrematou, acrescentando que os hoquistas moçambicanos tiveram um calendário apertado, mas deixaram boa impressão.

“Foram jogos muito bons. Ganhámos maior experiência, visto que jogámos contra os melhores do Mundo: a campeã do Mundo (Argentina), a vice-campeã e penta campeã do mundo (Espanha) e campeã da Europa (Itália). Foi uma boa rodagem, o resultado poderia ter sido melhor. Viu-se contra a Itália e Argentina”, comentou.

SAIR PARA EUROPA

Considerou que a diferença de ritmo competitivo entre os jogadores que actuam em Portugal e em Moçambique foi notória e defendeu a exportação de jogadores para as ligas europeias.

“A questão da experiência e militância em clubes diferentes por parte dos nossos jogadores foi determinante. Os nossos jogadores que estão a jogar em Portugal deram um grande ímpeto e por outro lado senti que os que actuam em Maputo também podem ter maior desempenho se forem colocados em ligas europeias, que são mais competitivas.

Aliás, deu para perceber que, comparados à nossa qualidade, a Itália, Argentina e Espanha podem ser superados com um pouco de investimento”, avançou.

Nkutumula disse ter ficado maravilhado com a claque moçambicana que marcou presença no pavilhão de Vendée. “Moçambique surpreendeu, teve uma claque a gritar “Moçambique, Moçambique…”, portanto o nosso país já está na boca do mundo, e isto é mais importante”.

Fonte:Jornal Noticias