Triatlo paralisa Bilene
o BEM tranquilo município de Bilene parou literalmente por cerca de cinco horas para testemunhar praticamente o regresso ao país das provas de triatlo cerca de quatro anos depois da grande exposição durante os XI Jogos Africanos, Maputo-2011.
O torneio começou com a prova de natação a ser dominada pelos moçambicanos, Valdo Lourenço nos “olimpic” e Gizela Cossa nos “sprint”.
Habituados a provas mais complicadas como a travessia Catembe-Maputo os dois nadadores mandaram nas águas, mas no ciclismo ficaram perdidos, permitindo o controlo dos sul-africanos que acabaram mesmo por serem os vencedores depois de terem mantido o controlo também nas corridas. Mesmo assim, Valdo ainda chegou em terceiro na principal categoria do torneio (constituída por 1500 metros de natação, 40 km de ciclismo e 10 km de corrida), mas depois abdicou do prémio de um “voucher” para uma noite numa das instâncias patrocinadoras do evento. Já Gizela ficou fora do pódio.
Surpresa Gagnaux
Ainda que muitos digam que é experiente – o próprio assume que já leva alguns torneios na bagagem – a participação e sobretudo a vitória do Dr. Phillipe Gagnaux na categoria de sprint do torneio Internacional alusivo às festividades do 25 de Junho surpreendeu muitos.
O médico foi o melhor moçambicano no torneio. Começou por dominar os 750 metros de natação, mantendo esse domínio nos 20 km de ciclismo e consolidando nos 5 km de corrida para gáudio dos moçambicanos presentes. No entanto, Gagnaux, que viajou de regresso a Maputo logo após o término da prova, abdicou do prémio que acabou ficando com o segundo classificado.
Ainda que a participação dos moçambicanos não tenha sido numerosa – estiveram mais sul-africanos – fica a certeza de que é possível movimentar-se triatlo no país, aliás a presença de dois nadadores (Gizela Cossa e Valdo Lourenço) é demonstrativo.
No cômputo geral, os sul-africanos acabaram sendo os dominadores do torneio que encerrou na noite de sábado com a gala de entrega de troféus na outra margem de Bilene (Nghungwa), onde estiveram autoridades locais, e dirigentes do INADE, com destaque para o respectivo director António Munguambe.
AINDA É POSSÍVEL TERMOS ESTA ESPECIALIDADE -- ANTÓNIO MUNGUAMBE, DIRECTOR-GERAL DO INADE
“FICAMOS felizes que o triatlo tenha se juntado às festividades do Dia da Independência e mais feliz ainda pelo facto de quatro anos depois termos visto que ainda é possível praticar-se triatlo no país.
Que esta tenha sido uma oportunidade para alavancar a modalidade porque ficou claro que se pode juntar estes três sectores, nomeadamente turismo, cultura e desporto e fazer-se esta festa. E parabéns aos vencedores que haja mais torneios de triatlo”, disse Munguambe.
Fonte:Jornal Noticias