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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Queremos fundo de apoio ao desporto

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GESTORES desportivos e antigos praticantes defendem a imperiosa necessidade da criação de um Fundo de Apoio ao Desporto que preste apoio aos clubes à escala nacional sem discriminação.

 

Este pedido foi manifestado recentemente em Quelimane pelos gestores desportivos, antigos praticantes e adeptos de futebol durante o lançamento da candidatura de Manuel Chang, um dos concorrentes à presidência da Federação Moçambicana de Futebol.

 

Os desportistas pediram a Manuel Chang, caso vença a eleição, para interceder junto do Estado para que o país tenha um Fundo de Apoio aos Clubes. Para o presidente da Mesa da Assembleia-Geral do Clube 1.º de Maio de Quelimane, Pio Matos, não se justifica que empresas públicas como, por exemplo, a Electricidade de Moçambique, Linhas Aéreas de Moçambique, as operadoras de telefonia móvel e outras continuem a discriminar os clubes do centro e do norte, direccionando o apoio apenas para o Costa do Sol ou Maxaquene.

 

O dinheiro que essas empresas canalizam ao Costa do Sol ou Maxaquene ou outro clube é do povo; então como é dado a uns e negado a outros?”, questionou Pio Matos para depois indagar os mecanismos que as empresas públicas usam para justificar esse dinheiro do povo.

 

Ainda segundo Pio Matos, o apoio ao desporto é uma questão de políticas públicas claramente definidas e transparência nos apoios que serão, eventualmente, canalizados aos clubes.

 

Quim Monteiro, desportista e amante de futebol, afirma que as referidas empresas não ostentam o nome de Maputo, mas sim de Moçambique, pelo que todo o apoio deve ser dado sem discriminação para desenvolver o desporto à escala nacional. “Quando se dá a uns e outros não, está-se a criar um fosso abismal no desenvolvimento do desporto, em geral, e o futebol, em particular; afinal quem é mais Moçambique nesta pátria”, questionou para depois apontar a corrupção na arbitragem como sendo um dos maiores problemas que mancha o futebol.

 

Aliás, como diria Alfredo Ramos, empresário e dirigente do Benfica de Quelimane que actualmente os maiores protagonistas do futebol já não são os jogadores, mas sim os árbitros.

 

Quim Monteiro corroborou com Ramos e questionou as razões que levam a Comissão Nacional de Árbitros de Futebol (CNAF) a nomear árbitros de Maputo para apitarem jogos nas províncias para prejudicar os locais. “A nível das províncias há árbitros de futebol de craveira nacional e internacional, mas estão a ser excluídos da arbitragem. Porquê?”, questionou, uma vez mais, para depois pedir ao candidato Manuel Chang para, caso vença as eleições, faça reformas profundas na CNAF para desalojar as pessoas que já não gozam da confiança dos futebolistas.

 

Entretanto, Jorge Chicoco, antigo futebolista do Ferroviário de Quelimane, afirmou que a Selecção Nacional deve ser o espelho do país real. Segundo explicou, se nas províncias não houver um trabalho de fundo em termos de formação, o resultado vai reflectir-se na prestação das selecções nacionais.

 

 

Fonte:Jornal Noticias

CHISSANO E O DESCALABRO DOS “MAMBAS” NO COSAFA: Estamos tristes!

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JOÃO Chissano não escondeu a tristeza pela perda, pela segunda vez, do troféu do torneio da COSAFA. Porém, o técnico dos “Mambas” faz um balanço razoável, porquanto o combinado nacional deveria, no seu entender, ter feito o melhor frente à Namíbia.

 

Que avaliação faz da nossa participação neste torneio?

 

Fizemos três jogos, ganhámos dois e perdemos o principal. Penso que no seu todo não foi negativa, mas também não foi uma prestação muito boa em termos do que pretendíamos que os jogadores fizessem. Encontrámos um Malawi que trouxe a sua selecção principal e que já está preparada para as frentes que se avizinham. Encontrámos a Namíbia que também trouxe a sua selecção principal, por isso tivemos dificuldades no jogo jogado. A entrega dos jogadores não foi má, mas deveria ter sido melhor se tivéssemos tido um bocadinho mais de experiência.

 

Sem sonhar muito alto neste COSAFA, conseguimos chegar à final e com jovens que ainda procuram ganhar tarimba e espaço na selecção principal. O que se pode dizer desta rapaziada?

 

Eu penso que conseguimos incutir alguma forma de jogar nesta juventude. Apesar de nos sentirmos tristes por termos perdido esta final, não nos podemos esquecer do trabalho que fomos fazendo até chegar a esta final. Ombreámos com várias selecções que estavam melhor preparadas do que nós, inclusive a Namíbia, que fez seis jogos neste COSAFA, pois começou desde a fase de grupos, daí o seu melhor entrosamento. Aliás, é por esta razão que foi superior e mereceu ganhar a final. Trouxe a sua equipa principal, o Malawi e a Zâmbia também. Nós trouxemos uma equipa com seis sub-23 e dois sub-20, mesmo assim sentimos que estes jogadores, apesar de terem chegado à final, têm muito que trabalhar se quiserem chegar a altos patamares. Mas estão a caminho disso e merecem a nossa confiança.

 

E a derrota acaba defraudando as expectativas depois de duas vitórias consecutivas e que abriram caminho para a final com a Namíbia? 

 

Obviamente que estamos tristes porque não conseguimos vencer o jogo, mas há ilações boas tiradas. Em relação à final, dizer que a Namíbia mereceu ganhar este COSAFA pelo que fez ao longo dos 90 minutos. Aliás, não foi nestes 90 minutos que mereceu vencer. Dominou um grupo que parecia não ter possibilidades de vencer. Goleou o Zimbabwe na última jornada da fase preliminar e eliminou, consequentemente, a Zâmbia, nos quartos-de-final, e ficou, a partir daí, mais entrosada. Nós fizemos o terceiro jogo sábado e a Namíbia o sexto. Acho que a grande diferença esteve aí. A Namíbia veio com muita confiança, muito entrosada e com uma equipa ideal da fase de grupos e calculo que a sua vantagem traduziu-se nisso.

 

O facto de o presidente da federação namibiana ter dito que preferia jogar a final com Moçambique foi mesmo uma antecipação da queda dos “Mambas”?

 

A preferência dele é porque fomos nós que lhes tirámos do CAN-Interno. Há dois anos que diziam que estão à procura de uma desforra. Infelizmente, conseguiram-na aqui no COSAFA.

 

Muitos problemas no meio-campo, não é?

 

São problemas de rapidez e da segunda bola. Em dois e três toques o adversário conseguiu chegar à nossa grande área. Temos de ser muito rápidos. Aliás, eu penso que esta é uma característica dos jogadores moçambicanos. Adormecem ligeiramente, principalmente nas transições de defesa para o ataque e em uma fracção de segundos temos um adversário nas nossas costas a criar-nos problemas. Portanto, temos de trabalhar bastante nesse aspecto se quisermos chegar mais longe. 

 

 

Fonte:Jornal Noticias

Líder recebe vice-campeão

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A DÉCIMA primeira jornada do Moçambola iniciou sábado com um ENH-Ferroviário de Quelimane, mas é a partir desta tarde que os crónicos candidatos começam a entrar em acção, com destaque para a recepção do líder, Maxaquene, ao vice-campeão, Ferroviário de Nampula, um embate marcado para o campo do Afrin (Machava) às 15.00 horas.

 

O Maxaquene está a fazer um brilhante campeonato tendo até ao momento vencido os principais concorrentes ao título: Desportivo (1-0), Costa do Sol (1-2), Ferroviário de Maputo (0-2) e Liga Desportiva de Maputo (0-1). A julgar por estes indicadores, os “tricolores” assumem total favoritismo para este desafio, mesmo tendo em conta que irão ombrear com o Ferroviário de Nampula, o vice-campeão da temporada passada.

 

A verdade é que pela forma actual das duas formações, a equipa “tricolor” está bem melhor quando comparada à época transacta, enquanto no lado dos “locomotivas” o sentido é inverso, está longe de ser aquela formação que quase conquistou o título nacional. Neste momento os nampulenses ocupam o sétimo lugar com 14 pontos, contra 22 do comandante isolado Maxaquene.

 

Noutros dois desafios agendados para esta tarde, o Ferroviário da Beira recebe o Desportivo de Nacala, enquanto o 1.º de Maio de Quelimane apresenta-se em casa diante da HCB.

 

O Ferroviário da Beira terá de estar com os níveis de concentração em alta, se se atender que pela frente terá o Desportivo de Nacala, conjunto que ocupa o quarto lugar com 15 pontos e já mostrou ter capacidade para vencer fora, quando na segunda jornada veio a Maputo vencer o seu homónimo de Maputo, por 2-0. Os treinados de Arnaldo Ouana vão à casa dos beirenses à procura de uma vitória, mas importa referir que a formação tem vindo a subir de forma e quererá certamente continuar a crescer na classificação. Os comandados de Wedson Nyirenda ocupam o 11.° lugar com apenas 11 pontos conquistados.    

 

Em Quelimane, jogarão duas equipas “coladas”, é que o 1.º de Maio e HCB somam 13 pontos ocupando a décima e nona posições, respectivamente. Por isso, antevê-se uma luta renhida pelos três pontos, sendo que quem perder pode cair na classificação.

 

Amanhã completa-se a jornada com os seguintes jogos: Costa do Sol-Desportivo, Ferroviário de Maputo-Clube de Chibuto e Ferroviário de Nacala-Liga Desportiva de Maputo.

 

 

Fonte:Jornal Noticias

Edmilsa, Maria e Hilário campeões mundiais em atletismo paralímpico

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Desde que Lurdes Mutola deixou as pistas de atletismo que Moçambique não brilhava em Campeonatos Mundiais de Atletismo ...até que Denise, Edmilsa, Maria e Hilário puseram novamente o nome do nosso país a brilhar a bronze, prata e ouro!

 

Depois da longa, e tensa, viagem de Maputo para Seul a jovem Edmilsa Luciano Governo, de apenas 17 anos de idade não se deixou intimidar pela concorrência mais experiente e estreou-se em Campeonatos do Mundo de Atletismo conquistando uma medalha de prata, na prova dos 400 metros rasos na categoria T12, para atletas com deficiência visual.

 

Foi a minha primeira corrida com guia, cortei a meta do meu jeito mas a russa, mais experiente, esticou-se e meteu a cabeça, ganhou por centésimos”. Edmilsa ficou a 7 décimos do ouro conquistado pela russa Anna Sorokina porém estabeleceu um novo record africano, 58 segundos e 59 décimos. Para trás a moçambicana deixou a mexicana Daniela Maldonado, que foi medalha de bronze nos jogos olímpicos de Londres, e ainda a sua compatriota Maria Elisa Muchavo.

 

No dia seguinte Edmilsa voltou as pistas do imponente estádio Incheon Munhak e correu a final do 200 metros T12 em 26 segundos e 53 décimos. Ficou a 17 décimos da prata, que a mexicana Maldonado levou, e a 81 décimos do ouro conquistado, novamente, pela russa Sorokina.

 

Até que no seu terceiro último dia de competição, 15 de Maio, correndo na pista 3 o ouro não lhe fugiu. Correu os 800 metros em 2 minutos 20 segundos e 11 décimos, bem à frente da concorrência. A segunda classificada, a russa Elena Pautova, chegou quase 2 segundos depois e a terceira, a mexicana Ana Gonzalez, 4 segundos mais tarde.

 

Foi a prova que mais entrei à vontade, mais calma, com confiança, apesar do desgaste das duas provas anteriores”, confidenciou-nos a jovem atleta que prepara-se para se estrear em Jogos Africanos, que este ano terão lugar em Setembro em Brazaville, no Congo. “São os meus primeiros jogos mas o meu intuito é ganhar duas medalhas de ouro”.

 

No horizonte de Edmilsa estão os Jogos Paralímpicos do próximo ano no Rio de Janeiro, no Brasil, onde a meta também é o ouro, “não vai ser fácil mas o meu objectivo é esse”.

 

Desde 2007 Moçambique tem um dispositivo legal, revisto em 2013, para a premiação de treinadores, dirigentes, equipa médica e roupeiros das selecções nacionais que conquistem medalhas ou quebrem recordes nacionais nas modalidades e disciplinas Olímpicas e Paralímpicas.

 

Perguntamos à Edmilsa Governo se já recebeu alguma premiação nesse âmbito, “nunca, sempre ganhei as minhas medalhas mas nunca tive, para mim as medalhas são suficientes mas eu queria que eles pelo menos olhassem por nós”.

 

Ouro, ouro e mais três bronzes

 

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A selecção paralímpica de Moçambique levou outros sete atletas aos Campeonatos do Mundo de Atletismo de Seul: Pita Rondão Bulande, Denise Pombo das Dividas, Fernando Lucas Mucuho, Guildo Jose Zacarias, Hilario Xavier Chavela, Kudzanai Mutepa Alberto e Maria Elisa Muchavo.

 

Hilário conquistou uma outra medalha de ouro para o nosso país, na prova dos 800 metros rasos na categoria T12. O jovem moçambicano competiu ainda na prova dos 400 metros e, na final, classificou-se na quarta posição.

 

Maria Muchavo arrebatou a terceira medalha de ouro para Moçambique, em Seul, na prova dos 100 metros rasos na categoria T12.

 

Na bagagem, a nossa selecção paralímpica trouxe ainda mais três medalhas de bronze todas conquistadas por Denise Pombo. Primeiro no salto em comprimento, onde saltou 3 metros e 98 centímetros, atrás de uma atleta do Japão e outra da Rússia. Depois nos 100 metros rasos na categoria T13, novamente atrás da japonesa Tomomi Sato e da russa Arina Baranova. E, finalmente, nos 200 metros rasos na categoria T13.

 

Faltam sapatilhas e até água

 

Entretanto, e apesar de serem uma das poucas selecções com títulos mundiais os apoios à selecção paralímpica escasseiam. A nossa menina de ouro, Edmilsa Governo, gostaria de treinar num centro de alto rendimento, onde se pudesse concentrar em treinar e estudar.

 

Aqui eu tenho treino, mas não tenho alimentação devida. Teria um ginásio completo, algo que não tenho aqui, teria pelo menos uma água depois do treino, algo que aqui não tenho também, teria spikes, as sapatilhas de corrida(...) agora, quando fomos à Seul, tivemos que usar equipamentos da selecção passada que o governo patrocinou”.

 

Porém os critérios para a atribuição de bolsas aos atletas com futuro em Moçambique não são claros. A título de exemplo, o atleta Kurt Couto, dos 400 metros barreiras, beneficia-se há vários anos de uma bolsa olímpica contudo não conseguiu até hoje uma medalha num Campeonato Mundial ou em Jogos Olímpicos e, apesar da idade, tem 30 anos, renovou a sua bolsa no ano passado.

 

Faltam também apoios do empresariado nacional que não reconhece nestes o mérito destes atletas que não se resignaram às suas deficiências e para além de superarem a discriminação tem tido prestações bem melhores que outros atletas, sem nenhuma limitação, e elevam bem alto o nome de Moçambique pelo mundo fora.

 

 

Fonte:verdade

ENH vence na estreia de Pucic

ENH de Vilankulo alcançou a sua terceira vitória no Moçambola ao vencer sábado, em casa, o Ferroviário de Quelimane, por duas bolas a uma, no jogo a contar para a décima primeira jornada da prova.


Com esta vitória trocou de posição na tabela classificativa com o seu adversário de Quelimane que é agora o “lanterna vermelha” com apenas nove pontos.


O jogo do sábado passado, que igualmente marcou a estreia do novo treinador, foi caracterizado por muita ansiedade da parte dos jogadores locais que queriam tanto tirar a fome do estômago.


Perante um Ferroviário de Quelimane bastante apático e praticamente colhido no seu meio terreno ao longo de toda a primeira parte, a formação local, que apresentou algumas mexidas no posicionamento das pedras, nomeadamente a permuta operada pelo Boris Pucic ao fazer subir Moses à meia esquerda e a descida de Sergito à defensa, assim como a entrada de Paninga no início que fez bom jogo e mantendo Kingongo no banco como “arma secreta” para momentos cruciais da partida, acabou produzindo efeitos desejados.


Nacir Armando, como é seu estilo característico, optou por estratégia marcadamente defensiva para sair em contra-ataque, procurando surpreender o adversário porque sabia que a fome de vitórias que os hidrocarbonetos transportavam jogaria com o coração do que propriamente com a cabeça, por isso orientou os seus pupilos para a defesa à zona, uma táctica que deu para enervar o adversário nos primeiros minutos quinze minutos da contenda.


Aos 19 minutos, ENH começa a subir no terreno e obriga Victor a arrojar-se ao solo para evitar o primeiro golo numa jogada que envolve Cândido Betinho e Sande e, aos 21 minutos, Moses que fez bem a ala esquerda, abre o activo correspondendo a um cruzamento de conta, peso e medida de Paninga que sábado encheu o terreno.


Foi um golo que se esperava, pois os forasteiros não conseguiam sair do seu meio terreno, deixando o guarda-redes Abdul até com tempo para ler jornal. A primeira parte termina com o segundo golo da ENH FC, obtido por intermédio de Abílio na marcação de uma grande penalidade a castigar uma mão à bola na grande área de Victor.


A segunda parte começa com o golo do Ferroviário de Quelimane, aos 46 minutos, que surgiu de pontapé de canto do lado esquerdo, em que Fila foi mais lesto no meio de dois latagões, Ali Kadri e Filipe, a fazer o toque subtil para reduzir a desvantagem.



Com este golo, Ferroviário de Quelimane acordou, quis acreditar que era possível fazer do que tinha feito na primeira parte. Viu-se um bonito jogo com os dois conjuntos a baterem-se a contento.


Entretanto, o atrevimento dos “locomotivas” não passou de sol de pouca dura, porque o novo técnico de Vilankulo, o croata Pucic, aumentou “gás” na sua equipa, fazendo entrar dois médios atacantes bastante criativos, Matlhombe e Kingongo para os lugares de Sande e Betinho.


A equipa voltou a pegar o jogo, dispondo de muitas oportunidades de golo para dilatar o “score”. Kingongo, Sergito, Matlombe, só com o guarda-redes pela frente, não conseguiram acertar, e Fila, pela banda dos forasteiros, também numa jogada bem elaborada, não consegue encostar o pé para desviar a trajectória da bola para fazer o empate, tendo por isto o jogo terminado com dois golos para Vilankulo e um para Ferroviário de Quelimane.


O árbitro, quanto a nós, esteve bem.



FICHA TÉCNICA.


ÁRBITRO: Celestino Gimo, auxiliado por Bento Chengernao e Manuel Nelson. Quarto árbitro: Salvador Cumbe.


ENH FC: Abdul, Cândido, Ali Kadri, Filipe e Sergito, Abílio, Paninga (Jorge), Hilário e Moses, Betinho (Kingongo) e Sande (Matlombe).


FER. QUELIMANE: Victor, Fila, Mikel, Ibra, Bill, Ito, Quaresma, Bony, Belmiro (Henriques), Vovote, Delcio e Getinho (Steven).


ACÇÃO DISCIPLINAR: Cinco cartões amarelos para Ali Kadri e Sergito, da ENH; Bill, Quaresma e Getinho, do Ferroviário de Quelimane.


Golos de Moses e Abílio para ENH e de Fila para o Ferroviário de Quelimane.


VICTORINO XAVIER



Fonte:Jornal Noticias

Fazer de tudo para não defraudar as expectativas - Nicolau Manjate, presidente da FMP

O PRESIDENTE da Federação Moçambicana de Patinagem, Nicolau Manjate, assegurou que a Selecção Nacional fará de tudo para representar condignamente a bandeira moçambicana.


“A nossa missão tem sido sempre representar e defender as cores nacionais condignamente. O nosso objectivo no Mundial passa por lutar pelos melhores resultados. Já demonstrámos que somos capazes em San Juan ao tornarmo-nos na quarta melhor Selecção do Mundo, um estatuto que faz da equipa nacional o líder no panorama africano. Moçambique é a melhor selecção de África”, frisou.


Manjate referiu que a posição de prestígio alcançada no Mundial de San Juan -2011 faz com que o peso da responsabilidade seja acrescido. “Partimos com a grande responsabilidade de não deixar ficar mal os 23 milhões de moçambicanos. Este grupo de hóquei tudo fará para não defraudar as expectativas”, arrematou.



Fonte:Jornal Noticias

MINISTRO DA EDUCAÇÃO NO LANÇAMENTO DO MEGA EVENTO: Que os Jogos decorram numa atmosfera de paz

SOB o lema “Estudantes Solidários e Proactivos”, o Ministro da Educação, Jorge Ferrão, lançou, sábado, no pavilhão do Maxaquene, a 12.ª ediçãodo Festival Nacional dos Jogos Escolares, evento que terá lugar na cidade de Pemba, Cabo Delgado, em Agosto próximo.


Na cerimónia, viveram-se momentos verdadeiramente emotivos, onde a música e a dança marcaram presença, à semelhança do que tem sido hábito em ocasiões do género. Um dos momentos mais altos foi quando o ministro da Educação proferiu o discurso oficial do lançamento do mega evento que juntará, em Pemba, dentro de pouco mais de dois meses, milhares de crianças provenientes de escolas de todo o país.


“É com muita satisfação que hoje (sábado), neste histórico pavilhão do Maxaquene, local onde se encontram gravados momentos sublimes e memoráveis do nosso desporto, procedemos ao lançamento do 12.º Festival Nacional dos Jogos Desportivos Escolares, Cabo Delgado-2015, que decorrerá sob o lema Estudantes Solidários e Proactivos”. Foi desta forma que Jorge Ferrão começou por se dirigir aos presentes, num discurso em que alertou para a necessidade do espírito de desportivismo, festa e da solidificação da unidade nacional se fazerem sentir a cada dia deste evento que já vai na sua 12.ª edição.


“Ao lançarmos o festival, aqui na capital do país, fazemo-lo certos de que esta alegria que se vive no Pavilhão do Maxaquene seja verdadeiramente contagiante, e a sua força chegue a todas as províncias, sobretudo porque, como sabemos, em todas as províncias os atletas já estão a preparar-se afincadamente com os olhos postos em Cabo Delgado. É nosso desejo que este movimento de preparação dos atletas e das selecções decorra numa atmosfera de desportivismo e que cada província apresente no festival nacional os seus melhores atletas. Esperamos que sirva de elo de convergência dos moçambicanos e de solidificação da unidade nacional”, sublinhou.


Jorge Ferrão é de opinião que os Jogos Escolares de Pemba abrem uma nova era da competição. “O 12.º Festival Nacional dos Jogos Desportivos Escolares marca uma transição para uma nova concepção. Para além da componente iminentemente desportiva, em que se procuram os campeões no campo de jogos, queremos que deste evento saiam também campeões do patriotismo, da moçambicanidade, da paz, da solidariedade, da proactividade, da ética, da moral, da auto-estima e do orgulho de pertencerem a uma nação que se orgulha da sua juventude.


APRESENTAÇÃO DO LOGÓTIPO E O HINO NA VOZ DE GABRIELA


Entretanto, minutos antes do espaço para os discursos, Jorge Ferrão, na companhia da governadora da província de Cabo Delgado, Celmira da Silva, fizeram cair o “manto” que cobria o logótipo dos Jogos Escolares, um desenho bastante criativo onde se pode ver a chama da unidade nacional com o toque bem desportivo como não poderia deixar de ser.


A cerimónia começou praticamente com o hino nacional “Pátria Amada” a ser entoado pela cantora Gabriela que foi acompanhada pela Orquestra Juvenis e Grupo Coral Xiquitsi.


Ainda houve mais música moçambicana com Gabriela, o grupo Afro Madjaha, Liza James, Tofo Tofo, Cizer Boss e New Joint a animarem a festa que ainda foi abrilhantada pelos grupos culturais das Escolas da Josina Machel e Francisco Manyanga; demonstração coreográfica de mini–básquete por parte de crianças da Escola de Jogadores do Clube Ferroviário de Maputo e apresentação de ginástica desportiva por adolescentes e jovens da cidade de Maputo



Fonte:Jornal Noticias

“Mambas” com triste desenlace

A SELECÇÃO Nacional de futebol perdeu a oportunidade de erguer pela primeira vez o troféu da Taça COSAFA ao perder com a Namíbia, por 2-0, na final disputada sábado em Moruleng Stadium, Rustenburg, na vizinha África do Sul.


É a segunda vez que os “Mambas” perdem na final. A primeira foi em 2008, diante da África do Sul, por sinal anfitrião do evento, que teve início a 15 deste mês.


Para o apuramento do terceiro lugar, Madagáscar venceu Botswana, por 2-1, surpreendendo a tudo e todos, enquanto uma selecção sem história neste evento. Aliás, o torneio foi marcado por surpresas com a queda das selecções mais cotadas e tidas como favoritas, casos da Zâmbia, a própria África do Sul, o Zimbabwe, este que nem sequer passou da fase preliminar, enquanto os zambianos e sul-africanos entraram, tal como os “Mambas”, a partir dos quartos-de-final. Aliás, a conquista do título pela Namíbia foi um facto inédito, para além de que os namibianos se notabilizaram entanto que selecção que veio da fase preliminar, portanto não era favorita.


PRESSIONAR E DOMINAR


Com uma entrada empolgante, a Namíbia deu-se ao luxo de assumir o protagonismo do jogo e obrigou, logo de início, os “Mambas” a tomarem cautelas defensivas com um jogo bastante fluido e objectivo, e que esteve assente num meio-campo criativo e flancos muito produtivos. Foi assim que, muito cedo, houve necessidade de desdobramento de esforços, sobretudo pelas alas, para anular as frequentes investidas que visavam alimentar a dupla de ataque constituída por Peter Shalulile e Benson Shilongo. Esta dupla criou calafrios, tanto no jogo aéreo, como na exploração de remates fora da área, aproveitando a sua excelente condição física e o seu tecnicismo. Aliás, vendo-se impossibilitados de perfurar o reduto moçambicano, a partir da zona frontal, Ronald Ketjijere e Wangu Gome, os responsáveis pelas iniciativas ofensivas a partir do miolo, optaram por aberturas para os flancos, donde partiam fogosos cruzamentos de Petrus Shitembi e Deon Hotto para a zona de rigor.



Com um meio-campo menos produtivo - Momed Hagy e Ussama não assumiram o papel que lhes cabia de mobilizar as jogadas de ataque com a clarividência necessária para assistir, tanto as alas, bem como Luís e Isac, os homens mais adiantados da turma moçambicana.


Mesmo assim, houve algum esforço e algumas iniciativas que levaram algumas bolas para Luís e Isac, mas estes estavam muito bem vigiados, portanto não tiveram espaço para grandes manobras. Tiveram de recuar para a ir buscar o jogo e só desta forma conseguiram, por poucas vezes, levar algum perigo à baliza defendida por Virgil Vries.


A primeira jogada de vulto dos moçambicanos acabou saindo de um pontapé de canto cobrado por Kito. Ussama apareceu no segundo poste a cabecear para o lado contrário, mas Isac não saltou o suficiente para desviar o esférico.


O jogo foi ganhando interesse com as duas equipas a jogarem abertamente ao ataque e, com um futebol progressivo e directo, os namibianos tentaram, ainda no primeiro quarto da contenda, com remates fora da área, surpreender César Machava, mas os tiros saíram desenquadrados.


O jogo ganhou equilíbrio à entrada do segundo quarto, com os meio-campos de ambas as partes a fluírem com jogadas bem construídas. As duas equipas tentaram dar alguma emoção ao jogo, mas quem se saiu melhor foi a Namíbia, enquanto os “Mambas” não acertavam plenamente nas combinações, perdendo a batalha no esforço visando transpor o último reduto dos namibianos.


A Namíbia foi, à mistura com futebol directo e objectivo, privilegiando a circulação de bola, mas explorando acima de tudo os flancos. E tornou-se muito perigosa à entrada do segundo quarto, a baliza moçambicana na tentativa de encontrar a resposta dos seus “postes”, nomeadamente Shalulile e Shilongo, que não davam tréguas à defensiva moçambicana no jogo aéreo. Aliás, fruto do seu empenho, os namibianos chegaram ao golo aos 35 minutos. Cruzamento do lado esquerdo e a bola chegou a Hotto, que aproveitou a desconcentração da defensiva moçambicana e com muito jeito colocou o esférico no fundo das malhas.


João Chissano, seleccionador nacional, não teve outra opção que procurar conferir mais consistência ao meio-campo pouco produtivo e tirou o capitão Momed Hagy, metendo no seu lugar Gildo, já no último quarto da primeira etapa.



E a resposta dos “Mambas” apareceu já na ponta final da primeira parte, quando Luís foi às alturas antecipar-se do guarda-redes namibiano e viu o esférico a ser desviado já na boca da baliza por um defensor namibiano. E foi o mesmo Luís que fez uma excelente assistência a Isac, mas o desvio do artilheiro moçambicano tomou direcção errada, porque a bola vinha com alguma velocidade, quando faltava apenas um minuto para o fim da etapa inicial, Luís foi ainda a tempo de arrancar um remate, mas que saiu muito alto.


Os “Mambas” tentaram imprimir maior velocidade na segunda parte, mas continuaram a acusar fraca mobilidade no miolo e as iniciativas de jogo de ataque continuaram escassas. Mesmo assim, procuraram os caminhos para a baliza namibiana e Kito obrigou o guarda-redes Vries a uma defesa de recurso no primeiro quarto.


Os “Mambas” cresceram ligeiramente no jogo, tentando explorar igualmente os flancos, mas as suas investidas foram anuladas. Os namibianos souberam controlar os movimentos ofensivos da equipa nacional e anularam muitas vezes as suas jogadas. Voltaram à carga e controlaram novamente o jogo.


E eis que a Selecção Nacional é novamente apanhada em contrapé em mais uma jogada flanqueada e rápida. A bola foi metida para a zona de rigor. César Machava saiu dos postes para o alívio, mas a bola voltou para a posse dos namibianos, tendo Hotto feito uma colocação em jeito e anichar o esférico nas malhas desguarnecidas. Era o segundo da sua autoria aos 75 minutos.



Os “Mambas” tentaram correr atrás de prejuízo e com algumas mutações no xadrez chegaram próximo da baliza namibiana. Diogo ainda tentou fazer o golo de honra, através de um livre, mas Vries defendeu. A Namíbia não parou, continuou na mó de cima e só não conseguiu alargar a vantagem graça às intervenções do guarda-redes César Machava.


O combinado moçambicano lutou que se cansou sem no mínimo conseguir o golo de honra.


FICHA TÉCNICA


ÁRBITRO: Hamada Nampiandraza, de Madagáscar, auxiliado por Gilbert Lista, das Seychelles, e Souru Phatsoane, do Lesotho.


MOÇAMBIQUE: César Machava; Norberto (Diogo), Chico, Gerson e Edmilson, Momed Hagy (Gildo), Kito, Ussama e Parkim (Witness), Luís e Isac.


BOTSWANA: Vries, Haoseb, Mwedihanga, Katjiukua e Gebhardt, Shitembi (Stephanus), Ketjijere, Gome e Hotto, Shalulile (Isaacks) e Shilongo (Keimwine).

DISCIPLINA: Cartões amarelos para Kito e Denzil Haoseb.


SALVADOR NHANTUMBO


Fonte:Jornal Noticias

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