O MAXAQUENE, um dos tradicionais candidatos ao título, abriu as “oficinas” na manhã de ontem com os trabalhos marcados pela realização de um treino ligeiro que priorizou aspectos táctico-técnicos, também chamado de “peladinha”.
O treino, muito concorrido pelos adeptos, durou cerca de uma hora e foi dirigido por Chiquinho Conde, timoneiro dos “tricolores”. Vinte e um jogadores marcaram presença no primeiro dia dos trabalhos, sendo 18 de campo e três guarda-redes.
Para o novo ano, o Maxaquene conta com 12 reforços, nomeadamente Sozinho (ex-Fer. Quelimane), Butana (ex-Fer. Beira), Michael (zimbabweano), Nito e Loló (ex-Matchedje), Fetch e Nelo (ex-juniores), Madonado (ex-Mahafil), Nelsinho (ex-Estrela Vermelha de Maputo), Bruno e Mauro (ex-Costa do Sol), Lukman (nigeriano) e Whisky (até então desempregado).
Segundo Chiquinho Conde, o clube continua em negociações com mais dois jogadores estrangeiros que muito provavelmente estarão em Maputo para semana.O timoneiro dos “tricolores” afiançou que as expectativas são grandes neste início da temporada, sendo que o foco principal é potenciar o capital humano existente.
Chiquinho lamentou o facto de a mentalidade dos jogadores moçambicanos estar muito longe do profissionalismo, optando por atitudes fúteis no defeso. “Infelizmente os jogadores moçambicanos têm uma cultura muito negativa nas férias. No defeso ao invés de irem às praias com as famílias relaxarem e refrescarem-se, jogam nos bairros, onde contraem lesões ou chegam ao início da temporada fatigados, ou seja, no arranque da época querem descansar”, é caricato, observou.
Voltou às questões relacionadas com o trabalho da pré-epoca, salientando que neste momento “priorizo questões técnicas e tácticas sem bola. Infelizmente quando são os primeiros dias do trabalho há sempre ausências, algumas justificadas com os exames médicos ainda em curso”.Em relação ao plantel, Chiquinho afiançou que não há nomes sonantes, o que pode provocar algum pânico e desalento à massa adepta ávida em ver a equipa a regressar aos títulos.
ESTRANGEIROS TÊM DE SER MAIS-VALIA
Entretanto, num outro ângulo da conversa, Chiquinho Conde disse não ter aversão com jogadores estrangeiros, afirmando que é de opinião que estes devem ser uma mais-valia aos clubes e ao futebol nacionais.
“Para mim, se um estrangeiro não traz um valor acrescentando a um grupo de trabalho, melhor apostar nos moçambicanos. No caso do Maxaquene prefiro recorrer aos juniores ou aos nacionais. Lukman é um jogador já conhecido no Maxaquene foi testado no ano passado e agradou-nos. O Michael também é um atleta com qualidade, resta sabermos o que vai ser dos dois de que estamos a espera”, sustentou.
DESTA VEZ É PARA ATACAR TÍTULOS
O técnico dos “tricolores” disse, por outro lado, que este ano não tem outra alternativa senão lutar pelo título. Para ele o ano passado foi de adaptação e organização da equipa, sendo que este é mesmo para devolver alegria ao Maxaquene.
“Não vou ficar dois ou três anos no Maxaquene a jogar sem ambição. Desta vez tenho que lutar para conquistar títulos. Em relação ao ano passado tenho alguns problemas limados, como é o caso dos corredores. Esta época tenho mais alternativas. Tenho Michael, Madonado e Bruno, para além de Vling e Moniz que estiveram na época transacta. Temos também o Whisky no meio-campo, um jogador experiente”.
“Já tenho um conhecimento melhor daquilo que é o Maxaquene e as suas vicissitudes. Alguns jogadores são novos e outros saíram, para além de termos muitos regressados”, sublinhou.
Quanto ao plano de preparação, o técnico afiançou que ao longo da semana o plantel irá trabalhar no campo da baixa a espera de indicações da direcção para um local de estágio. Avançou que não será feito estágio fora do país devido às limitações financeiras do clube.
Revelou que no sábado a equipa terá um jogo de controlo com a Liga Desportiva no campo dos “muçulmanos” na Matola.Refira-se que a apresentação oficial do plantel “tricolor” só acontecerá depois da triagem a ser feita ao longo da pré-época já em curso.
Fonte:Jornal Noticias