NO “clássico” da 23.ª jornada que opôs vizinhos e rivais, Desportivo e Maxaquene, entretanto, ofuscado pelo duelo em Nampula, os “alvi-negros” pagaram o preço da ineficácia sobretudo no primeiro tempo, período no qual perderam a oportunidade de resolverem a contenda.O Desportivo entrou muito pressionante, talvez querendo resolver o “clássico’’ o mais cedo possível. As alas foram eleitas pela turma “alvi-negra” como “armas” do ataque, com Jorge (esquerda) e Cristóvão (direita, mais tarde a esquerda) a serem os principais solicitadores da dupla ofensiva constituída por Jojó e Yannick.
Por estas alturas, o Maxaquene sentia muitas dificuldades para sair a jogar, ou mesmo anular as investidas do Desportivo, e isso fez com que nos primeiros 20 minutos, a sua principal estrela, Isac, estivesse algo perdido em campo.
O golo anulado a Yannick nos primeiros minutos, por fora-de-jogo, o cabeceamento perigoso de Jojó que saiu por cima, eram os espelhos do domínio “alvi-negro’’. O Desportivo não encontrava caminhos para gizar com êxito a baliza contrária, sendo que a perdida mais flagrante foi protagonizada por Jojó que, depois de evitar o guardião “tricolor” já na área, viu o seu remate ser interceptado por Calima.
O Desportivo continuava na mó de cima e a dada altura reduziu o adversário a mero espectador. Mas porque quem não marca sofre, o Maxaquene foi pragmático, chegou ao 1-0 por Isac, numa jogada aparentemente inofensiva na qual a defesa “alvi-negra’’ ficou a dormir. Em plena área e perante o desamparado Wilson, Isac só precisou de um toque subtil para colocar a sua equipa em vantagem.
O golo abalou de certa forma os “alvi-negros” que tentaram dar réplica com um remate de Jorge na cobrança de um livre, mas a bola foi directamente para as mãos de Guirrugo. Entretanto, pouco depois, Isac quase bisava, quando depois de uma bela combinação com Nelson surge isolado, fazendo um remate sem força (na tentativa de um chapéu) para a figura de Wilson.
No reatamento, a tendência do jogo continuou, com o Desportivo a manietar o adversário à procura de, pelo menos golo de igualdade. Antero Cambaco mexeu no seu xadrez, lançando jogadores ofensivos como Lanito, Jair e Lalá, mas o caminho das redes de Guirrugo não era encontrado pelos seus pupilos. Chiquinho fez o inverso, meteu jogadores mais defensivos e deu-se bem.
Da zona frontal, a meio do segundo tempo, Lanito tentou um remate mais em jeito do que em força, mas saiu por cima. Agradeceu Maxaquene que respondeu, mas viu Moniz a chegar ligeiramente atrasado a um cruzamento rasteiro bem tirado por Vling.Os “alvi-negros” voltaram a carregar e Lalá não tirou devidamente as medidas da baliza “tricolor”, cabeceando por cima, em resposta a um canto.
O árbitro do encontro, José Maria Rachide, fez um bom trabalho.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: José Maria Rachide, auxiliado por Célio Mugabe e Carlos Guambe. Quarto árbitro foi Felisberto José.
DESPORTIVO: Wilson, Cremildo, Jorge, Sidique (Lalá), Ussama, Agy, Hermínio, Cristóvão (Jair), Mastyle, Yannick (Lanito) e Jojó.
MAXAQUENE: Guirrugo, Calima, Narciso, Abílio, Micas (Vling), Zabula, Matlombe (Diló), Bernard, Nelson, Betinho (Moniz) e Isac.
DISCIPLINA: Amarelos para Ussama e Agy (Desportivo), Zabula e Micas (Maxaquene).
GOLO: Isac (30 minutos).
SÉRGIO MACUÁCUA
Fonte:Jornal Noticias