NUM jogo carregado de emoção a vibração até ao final, Cantoná impediu que o Costa do Sol regressasse às vitórias, graças a um golo apontado já em cima dos noventas minutos, fixando o resultado numa igualdade a uma bola.
Na primeira parte nenhuma das equipas conseguiu sobressair no ataque. Um festival de passes falhados caracterizou os primeiros 45 minutos e quando tal acontece o futebol perde grande “dose” da sua graça. Notava-se que havia vontade em ambos os conjuntos em chegar com perigo à baliza adversária, mas ambos o faziam de forma atabalhoada e quase todas as jogadas “morriam” à entrada da grande área.
A partida até teve um início com cheiro a golo. No primeiro minuto Manuelito II obrigou Caio a aplicar-se a fundo para evitar aquele que seria um dos golos mais rápidos do Moçambola. A resposta não tardou e, aos oito, foi Imo a pôr à prova os reflexos de Binó. A partir daí começou-se a notar uma total falta de clarividência, algo inexplicável, visto terem estado em campo duas das equipas compostas por alguns dos jogadores mais habilidosos da prova.
O público, que quase lotou as bancadas do campo do Costa do Sol, teve que esperar até ao meio da primeira parte para ver mais um lance de apuros. Josimar fez a bola passar poucos centímetros acima do travessão. Já aos 42 minutos surge a situação mais clara de golo.Numa bola bombeada, Hélder Pelembe isola-se e remata ao lado, fazendo o que parecia ser o mais difícil.As alterações efectuadas nos primeiros minutos da etapa complementar ofereceram maior qualidade ao jogo.
Embora o prelo não estivesse a ser disputado ao nível do que o Costa do Sol e a Liga podiam “brindar” aos espectadores, houve mais oportunidades de golo, duas das quais finalizadas com sucesso. Dário Khan, de bola parada, colocou os “canarinhos” a vencerem quando estavam jogados 52 minutos, facto que obrigou os pupilos de Litos a correrem atrás do prejuízo durante quase toda a segunda parte. A resposta da Liga não tardou e Josimar foi o primeiro a dizer que a equipa “muçulmana” não queria sair derrotada com um cabeceamento. A bola só não entrou graças a uma defesa espectacular de Binó.
Com o tempo a passar, o técnico português fez entrar o seu goleador-mor, Sonito, que acabou sendo o trunfo certo. Numa das suas primeiras intervenções surgiu bem enquadrado mas atirou ao lado.
O aviso estava dado, a pressão da Liga aumentou e já ao cair do pano chegou o golo do empate. Sonito foge da defensiva e perante a saída de Binó mete a bola por baixo do corpo do “keeper” e já sob a linha de golo aparece Cantoná a concretizar, quando Dário Khan preparava-se para evitar o pior. Até ao final do jogo nada mais houve a assinar, até porque o tempo já não o permitia.Estêvão Matsinhe falhou ao não assinalar uma grande penalidade a favor da Liga por carga sobre Zainadine Jr. Mas de resto esteve bem.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: Estêvão Matsinhe, auxiliado por Ivo Francisco e Carlos Guambe. Quarto árbitro: Virgílio Absalão
COSTA DO SOL: Binó; Dário Khan, Manuelito I, Dito e João Mazive; Mambo, Alvarito, Nelson (David) e Manuelito II (Sanito); Rúben e Tony (Gildo)
LIGA MUÇULMANA: Caio; Chico, Zainadine Jr., Cantoná e Miro; Mustafá, Muandro (Joseph), Rachid (Sonito) e Imo (Liberty); Josimar e Hélder Pelembe
DISCIPLINA: Cartão amarelo para Zainadine Jr. (Liga Muçulmana) e Dário Khan (Costa do Sol)
GOLO: Dário Khan (55 min.) e Cantoná (90 min.)
Fonte:Jornal Noticias