OS clubes do Moçambola continuam crentes na boa gestão da maior prova futebolística nacional, levada a cabo pela Liga Moçambicana de Futebol (LMF), actualmente liderada por Alberto Simango Júnior, ao aprovarem, por unanimidade, três dos quatro pontos da agenda da 27ª Assembleia Geral da instituição, realizada sábado, em Maputo.
A começar, os 12 clubes presentes no acto aprovaram a acta da última assembleia, depois o relatório de actividades e contas e, por último, o plano de actividades e orçamento deste ano, fixado em quase dois milhões de dólares, incluindo o défice registado na época passada, situado em 22.3 porcento, como consequência da subida das necessidades orçamentais.
Chingale e Incomáti foram os únicos ausentes dos 14 clubes que participaram no Moçambola-2011. Contudo, a sua ausência não constituiu preocupação, porque o número dos presentes reuniu o quórum suficiente para a realização da reunião magna.
Entretanto, o ponto referente à revisão do Regulamento de Disciplina, que igualmente constava da agenda, cingiu-se apenas à informação sobre a proposta, a ser apresentada e debatida na próxima reunião, convocada para o efeito. A Direcção da LMF vai proceder à distribuição do documento aos clubes, na próxima semana, para que num prazo de 30 dias dêem as suas contribuições para o seu enriquecimento, antes de ser lançado a debate.
A revisão do Regulamento de Disciplina surge pelo facto de existirem, neste momento, dois dispositivos legais que regulam a prova, nomeadamente os regulamentos da LMF e o da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), sendo que o objectivo é constituir-se um único documento.
DEBATES CONSENSUAIS
O acto foi caracterizado por debates consensuais, em que os associados propuseram algumas rectificações aos documentos apresentados, nomeadamente aspectos de redacção. Por exemplo, quanto ao relatório de actividades e contas, o Costa do Sol questionou que passos a LMF está a dar para a recuperação do dinheiro que alguns clubes devem à instituição, parte dos quais regressam ao Moçambola e outros em risco de extinção. O Maxaquene, por seu turno, defendeu, como primeira medida, o afastamento dos clubes devedores e, se for necessário, até nas competições de carácter local (províncias), no caso dos que descem de divisão.
A Direcção da Liga acolheu favoravelmente as propostas, com a promessa de fazer as devidas correcções. Aliás, uma das grandes preocupações da LMF é o pagamento aos clubes das receitas das transmissões televisivas. A TVM, empresa contratada para o efeito, não pagou à Liga o total dos 47 jogos transmitidos, dos 52 previstos no contrato.
Algumas colectividades referiram-se ao facto de se correr o risco de se entrar numa nova prova com certos compromissos não resolvidos, como é o caso da dívida referente às transmissões televisivas, o que poderia ser prejudicial para a LMF.
Simango Júnior disse que a sua Direcção está a envidar esforços para que o valor das transmissões televisivas seja entregue aos clubes antes do arranque do Moçambola-2012.
Fonte:Jornal Noticias