Das duas, uma: ou o Maxaquene tinha receio de vergar o grande FC Porto ou então não estava preparado para ganhar. Senão vejamos: nos segundos finais do segundo período, foi de uma infantilidade tal que não conseguiu segurar a vantagem que detinha, permitindo à turma portuguesa a consequente recuperação e o empate 32-32 ao cabo deste.
E depois? Bom, o que se seguiu foi um autêntico declínio físico que acabou por traçar, em definitivo, a história da partida. O pensar, o fazer e o fazer bem se diluíram, vingando nas quatro linhas apenas as cores azul-e-branca do campeão lusitano. De novo, os melhores elementos do FC Porto chamaram todo o deu tecnicismo e impuseram o valor que detêm para arrancar a grande velocidade para uma vantagem praticamente inalcansável.
Nessa altura, o Maxaquene vivia de algumas iniciativas individuais, claro, insuficientes para fazer a diferença que nessa altura se impunha. Fernando Manjate, o jogador mais importante da equipa, esteve longe do seu arcaboiço, o americano Micheal Bonaparte levou muito tempo a entrar efectivamente no jogo e, quando o fez, o colectivo já não se fazia sentir. Nesta conformidade, porque toda a sua crença se tinha esgotado e o querer incapaz de mudar o cenário negativo, outra coisa já não restava ao Maxaquene que não fosse gerir o resultado, isto é, tentar garantir que os números não crescessem de forma assustadora.
Aliás, foi aqui onde marcadamente se notou a diferença de ritmo entre as equipas: os “tricolores” no início da época e os “dragões” com mais rodagem, para além, claro, da própria diferença competitiva e da estrutura dos jogadores, considerado a altura e o porte físico dos portugueses.
No segundo desafio da jornada inaugural da terceira edição da Supertaça Compal, que teve como um dos árbitros o moçambicano Artur Bandeira, o Petro de Luanda, campeão angolano, levou de vencida o CAB Madeira, de Portugal, pela marca de…., numa ronda e que folgaram Recreativo de Libolo, pelo Grupo “A”, e 1º de Agosto, pelo “B”, o mesmo do Maxaquene.
A prova, que está a despertar vivo interesse no seio dos benguelenes – ou não fosse Benguela o viveiro da bola-ao-cesto angolana – prossegue hoje, com os “tricolores”, juntamente com o CAB Madeira, de folga. Em campo estarão Petro de Luanda e Libolo, às 18.00 horas de Maputo, seguindo-se depois o embate entre FC Porto e 1º de Agosto, a partir das 20.00. O Maxaquene entra de novo em acção amanhã, tendo como adversário o conjunto militar angolano.
FICHA TÉCNICA
Pavilhão Acácias Rubras, em Benguela
Árbitros: Fernando Pacheco, de Angola, Luís Lopes e Soares Silva de Portugal
MAXAQUENE (56) – Fernando Manjate (8), Manuel Uamusse (0), Samora Mucavele (13), Sílvio Letela (6), Celso Manave (0), Pedro Mourana (5), Ivan Costa (0), Custódio Muchate (7), Abel Assane (9), Sérgio Macuácua (0), Armando Baptista (0) e Michael Bonaparte (8)
Treinador: Iňak Garcia
FC PORTO (74) – Diogo João (11), João Soares (12), Miguel Miranda (9), André Boavida (0), David Gomes (4) Robert Johnson (16), Miguel Cardoso (4), Rui Lopes (0), José Casio (0), Reginaldo Jacson (10), Carlos Andrade (0) e João Santos (8)
Treinador: Moncho Lopes
Marcha do marcador: 10-18, 32-32, 42-58, 56-74.
ONTEM - 1ª JORNADA
FC Porto-Maxaquene (74-56)
CAB Madeira-Petro de Luanda (77-88)
Folgaram: 1º de Agosto e Libolo
HOJE - 2ª JORNADA
18.00 – Petro de Luanda-Libolo
20.00 – FC Porto-1º de Agosto
Folgam: CAB Madeira e Maxaquene
Fonte:Jornal Noticias