JOGOS AFRICANOS DO MAPUTO 2011– Aproxima-se a competição adrenalina sobe em flecha
O MOVIMENTO de entrada de delegações na Vila Olímpica continua incessante. No entanto, quando estamos a apenas um dia do início das competições dos Jogos Africanos – boxe e vólei entram em acção já amanhã – a adrenalina nos atletas sobe em flecha, com os nossos representantes a prometer um bom arranque, mesmo desconhecendo o valor dos adversários.
À parte aquilo que já está a acontecer nos diversos recintos desportivos, onde os atletas, mal desembarcaram e obtiveram a sua acreditação, começaram o processo de treinamento e de ambientação às novas e reluzentes infra-estruturas reabilitadas ou construídas a propósito dos X Jogos Africanos do Maputo-2011, à volta da Vila Olímpica, nomeadamente na pista de atletismo concebida para o aquecimento, o sinal da Olimpíada continental é um facto irrefutável.
Desde as primeiras horas da manhã, atletas de diversas modalidades convergem para aquele recinto, com ou sem os respectivos treinadores, tendo como finalidade o exercitar dos músculos, por um lado, mas também, por outro, treinos realmente a sério. Ontem, por exemplo, e perante o olhar curioso de muitos transeuntes, técnicos de cronómetros em punho vigiavam os seus pupilos em corridas de velocidade e de meio-fundo, havendo outros nos saltos e lançamentos.
Foi possível, igualmente, presenciar o treino de diferentes formações de voleibol, estas, sim, numa concentração mais verdadeiramente total, tendo em conta que amanhã iniciam as competições, juntamente com o boxe, abrindo assim os X Jogos Africanos do Maputo-2011. Na sexta-feira, será a vez do basquetebol feminino, que começa cedo em virtude de, no final do mês de Setembro, no Mali, decorrer o Afrobásquete. Já no sábado à noite, a partir das 18.00 horas, e no decorrer de uma festa que se perspectiva memorável, terá lugar a cerimónia de abertura.
Na Vila Olímpica, apesar de ainda decorrerem alguns trabalhos de pequena monta, como são os casos de limpeza e de arranjo de certas ruelas, o ambiente está muito vivo, até porque, paulatinamente, o condomínio vai se compondo, com a chegada de mais inquilinos. Segunda-feira, por exemplo, desembarcaram os nossos “kambas” de Angola, ao mesmo tempo que a África do Sul – com a maior comitiva do evento – começava a “despachar” alguns dos seus representantes.
Por entre ruelas e neste e naquele bloco, circular no condomínio olímpico significa, nestes dias, ver penduradas nas varandas bandeiras identificativas de cada país, assim como cruzar-se com argelinos e quenianos, ugandeses e nigerianos, gaboneses e namibianos, angolanos e zimbabweanos, zambianos e senegaleses, mauricianos e gambianos, enfim, uma interessante mescla de gente de diferentes raças, culturas, usos, costumes e línguas, mas entrelaçadas pelo espírito dos Jogos Africanos.