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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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MOÇAMBOLA-2010 - Costa do Sol, 0-Desportivo,1: Valente “tiro” de Muandro

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NUMA partida de futebol muito “amarrada” a meio-campo e com os jogadores muito presos à táctica de contenção de bola implementada pelos técnicos, Muandro, médio ofensivo do Desportivo, acabou sendo o mais esclarecido, já que foi dos seus pés que saíram algumas das melhores jogadas e um valente “tiro” que deu a vitória sobre o Costa do Sol, por 1-0.

O golo de Muandro, apontado na sequência de um livre directo, a cerca de 30 metros da baliza, levantou o campo do Costa do Sol até os adeptos “canarinhos” terão se deliciado com aquela verdadeira obra de arte.

Momento sublime do clássico entre o Costa do Sol e o Desportivo, que aconteceu já perto do final da primeira, e que de certa forma veio trazer mais competitividade e interesse para os escassos três minutos que faltavam e para a etapa complementar. É que se assistiu, em particular nos primeiros 45 minutos, a um jogo muito combativo na zona central do meio-campo com Mambo, Escuro, Diogo, do Costa do Sol, e Nelinho, César Bento e Muandro, do Desportivo, a digladiarem-se pela posse da bola.

A emoção fora das bancadas não correspondia ao futebol praticado. Muitos passes falhados. As defesas superavam quase sempre os homens mais adiantados e quando não estavam lá eram os guarda-redes que se impunham como aconteceu aos cinco minutos quando Tó cabeceou para uma defesa espectacular de Gervásio. Este lance e o remate de Binó, por cima, aos sete minutos, foram duas excepções no respeitante a jogadas de perigo junto a uma das balizas.

Mas na segunda parte, graças ao referido golo de “bandeira” de Muandro houve mais espaço, visto que o Costa do Sol foi obrigado a correr atrás do prejuízo, no entanto, abria lacunas que eram bem aproveitadas pelo Desportivo que tinha em Muandro um quebra-cabeças por força da cavalgadas pelo flanco esquerdo e nos lances de bola parada.

Aliás, quando jogados oito minutos da segunda parte, Muandro na cobrança de um livre directo quase fazia o segundo golo, valeu a atenção de Antoninho que defendeu para canto. Na sequência desse canto, Binó poderia ter feito o golo da tranquilidade para os “alvi-negros” que entraram melhor em jogo, quando se pensava que seriam os “canarinhos” a acercarem-se com perigo da baliza à guarda de Gervásio.

O certo é que o Costa do Sol jogava sem alegria, embora viesse de duas vitórias consecutivas parecia uma equipa abatida animicamente e à procura de identidade. Não conseguiu encontrar-se, nem as arrancadas de Josimar pelo corredor central que puseram nalgumas vezes a defensiva em sentido, chegaram para catapultar para uma exibição que lhe permitisse, pelo menos, empatar o jogo.

Só por uma vez, os comandados de Mandigora, que ainda não se sentou no banco, criaram perigo por intermédio de Valdo, aos 66 minutos. De resto, o Desportivo, mesmo com uma defesa e ataque refeitos devido as ausências de Zainadine Júnior, Baúte (centrais), Steven e Tico-Tico (avançados) soube portar-se muito bem. Jogou como conjunto e com um elevado espírito de união entre os sectores.

Destaque para o jovem avançado Jojó que começa a ganhar a confiança de Akil Marcelino.Mateus Infante realizou um bom trabalho. Soube controlar o jogo mesmo quando a tensão tendia a subir dentro das quatros linhas.

FICHA TÉCNICA

ÁRBITROS: Mateus Infante, auxiliado por Daniel Viegas e Ivo Francisco. Quarto árbitro: Paulo Buque.

COSTA DO SOL: Antoninho; Kito, Manuelito, João Mazive e Dito (Maradona); Mambo (Payó), Diogo e Escuro (Valdo); Ruben, Josimar, Escuro e Tó.

DESPORTIVO: Gervásio; Emídio, Munino, James e Cândido; Nelinho, Cesár Bento, Muandro e Isac (Tchitcho); Binó e Jojó (Santos)

ACÇÀO DISCIPLINAR: Cartão amarelo para Kito, do Costa do Sol, e Cândido, do Desportivo.

GOLO: Muandro aos 44 minutos.

Ivo Tavares

MOÇAMBOLA-2010 - Liga Muçulmana tomba em Lichinga

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A LIGA Muçulmana tombou em Lichinga (0-1) na décima jornada do Campeonato Nacional de Futebol (Moçambola-2010) e atrasou-se na corrida ao primeiro lugar, estando neste momento há dois pontos do líder Ferroviário de Maputo, que na sua deslocação à cidade da Beira empatou com o Sporting a duas bolas.

No confronto mais aguardado da ronda, o Desportivo derrotou ontem o Costa do Sol por 1-0 no terreno deste e subiu do sexto para o quinto lugar em troca com o Ferroviário da Beira, que na tarde de sábado foi derrotado pelo Maxaquene também por uma bola sem concorrência.

Os “canarinhos”, que vinham encetando uma fuga dos lugares de despromoção, ontem voltaram a cair perante os “alvi-negros” e mantiveram-se na oitava posição com 10 pontos, agora de parceria com o FC Lichinga. A outra formação que está a fazer furor no Moçambola é a HCB, que na recepção ao Matchedje saiu mais uma vez vitoriosa por 1-0.

O Vilankulo FC, por sua vez, manteve a senda de vitórias em casa, batendo o Ferroviário de Pemba por 1-0. O Atlético Muçulmano perdeu a oportunidade de conquistar os três pontos ao consentir um empate a um tento diante do Textáfrica. Após a realização desta jornada, como já o dissemos, o Ferroviário continua líder destacado com 26 pontos, mais dois que a Liga Muçulmana.

A HCB mantém-se na terceira posição com 19, o mesmo acontecendo com o Maxaquene, que com 18 vai em quarto. O Desportivo é quinto com 16. O Ferroviário da Beira e Vilankulo FC, com 15 cada, ocupam as posições imediatamente a seguir. O Costa do Sol e o FC Lichinga constituem uma parelha, com 10 pontos. Depois segue-se um trio com nove constituído pelo Matchedje, Sporting e Textáfrica, este último abaixo da linha de água.

O Atlético vai em penúltimo com sete e o Ferroviário de Pemba em último com apenas três. A próxima ronda tem como partidas mais aliciantes a Liga Muçulmana-Maxaquene e Ferroviário de Maputo-Ferroviário da Beira. Os “canarinhos” viajam para Beira, onde lhes espera o Sporting. O Desportivo e o Matchedje recebem o Vilankulo FC e Atlético, respectivamente. O FC Lichinga desce para o planalto para medir forças com o Textáfrica. A HCB desloca-se ao terreno do Ferroviário de Pemba.

MOÇAMBOLA-2010 - Ferroviário reforça liderança

O FERROVIÁRIO de Maputo escorregou na Beira ao consentir um empate a duas bolas frente ao Sporting local, mas ganhou vantagem de mais um ponto sobre a Liga Muçulmana, que na sua deslocação a Lichinga, perdeu por um tento sem concorrência.

Estas foram as maiores surpresas desta décima jornada do Moçambola, sem tirarmos o mérito à vitória do Desportivo sobre o Costa do Sol, por 1-0, o que lhe permitiu subir mais um degrau na tabela classificativa (do sexto para o quinto).


O Maxaquene também não deixou os seus créditos por mãos alheias. Sofreu a bem sofrer, mas saiu vitorioso diante do Ferroviário da Beira, por uma bola sem concorrência. A HCB, por sua vez, está mesmo electrizante. Ontem recebeu e bateu o Matchedje, por 1-0, o mesmo resultado conseguido pelo Vilankulo FC em casa diante ao Ferroviário de Pemba. Aliás, os representantes de Inhambane não perdem em casa desde que a prova se iniciou, enquanto o FC Lichinga conseguiu o seu primeiro triunfo perante o seu público.

O Atlético Muçulmano é que desperdiçou uma soberba oportunidade de fugir dos lugares incómodos, ao permitir que o Textáfrica lhe impusesse uma igualdade a um tento. Na actual classificação, destaque vai para a subida do FC Lichinga do 12º para o nono lugar. A próxima jornada, portanto a 11ª, contempla os encontros Ferroviário de Maputo-Ferroviário da Beira, Sporting da Beira-Costa do Sol, Desportivo-Vilankulo FC, Ferroviário de Pemba-HCB, Matchedje-Atlético, Textáfrica-FC Lichinga e Liga Muçulmana-Maxaquene.

MOÇAMBOLA-2010 - HCB,1 –Matchedje,0: Resultado enganador

A HCB venceu ontem o Matchedje por uma bola sem resposta, com um grande golo de Amílcar à passagem dos 28 minutos do jogo.


Os “militares” foram os primeiros a darem sinal de querer resolver o jogo logo nos minutos iniciais, executando lances curtos, onde Julinho, Cufa e Tchitcho eram autênticos quebra-cabeças aos defensores Bila, Mucuapele e Calima. Nos primeiros 10 minutos, o Matchedje beneficiou de dois pontapés de canto e quatro remates dos quais, dois bem defendidos por Chico.

A HCB aos poucos foi se organizando e aos 18 minutos, Amílcar, depois de receber a bola de Henry, correu até à linha final e fez um cruzamento para a grande área, tendo a bola caído na cabeça de Danito Nhamposse que atirou por cima do travessão com o público a gritar golo.

Os treinadores das duas equipas que se mantinham sentados nos seus bancos, foram obrigados a se levantarem para melhor controlarem as jogadas dos seus pupilos, com maior destaque para Mussá Ossman, que a jogar em casa, era obrigado a ganhar.

Foi depois de um puxão de orelhas, que os avançados Amílcar e Danito iniciaram uma forte descarga eléctrica contra os “militares” que estavam com os “canhões” sem munições suficientes para se defenderem de tanta pressão.

À passagem do minuto 23, mais uma oportunidade da HCB desta vez por intermédio de Gito, que recebeu a bola dos pés de Henry, correu em direcção ao flanco esquerdo, passou por Matofa, esgueirou-se e penetrou na grande área, viu Amílcar desmarcado no centro da grande área, lançou a bola, este correspondeu bem, endossando-a novamente para Gito e com apenas o guarda-redes pela frente, não teve calma suficiente para introduzir o esférico no fundo da baliza do Matchedje.

Num contra-ataque rápido, Vasco, do Matchedje, atravessou com a bola jogada o meio-campo, atirou para Julinho, que correu até ao fundo da linha, cruzou rasteiro para Edmundo que perdeu em disputa com Mucuapele, o homem mais forte da muralha da HCB, que em jeito de balão, chutou para o centro do terreno, onde Maninho passou por Gito antes de entregar a Amílcar, que depois de fintar Cufa, disparou forte para o belo e único golo da partida quando decorriam 28 minutos.

O Matchedje não se convenceu, continuou a fazer o seu jogo, com passes curtos e muito objectivos, talvez foi uma das maneiras que prejudicou a equipa, porque na hora certa, os “militares” já não tinham pernas para rematar à baliza. Os pupilos de Nacir Armando partiam a jogar desde a sua defesa, meio-campo até à pequena área do adversário, mas no momento do remate já estavam sem forças.

A turma da casa, depois de marcar o golo, optou por defender o resultado, partindo em contra-ataques esporádicos, o que permitia muito campo de manobra para os “militares” que estavam sem sorte, porque visitaram muitas vezes a zona mais recuada da HCB. Com este tipo de jogadas a primeira parte terminou.

Entrou a etapa complementar, com o Matchedje decidido a virar o resultado, porque jogou muito bem, mas o dia não era seu. A HCB, com um fio de jogo bastante defensivo, poderia ter dilatado o resultado à passagem dos 75 minutos se Dangalira, com o guarda-redes fora da baliza, não tivesse cabeceado por cima do travessão.

Nacir Armando mexeu na equipa o que veio a dar maior dinâmica ao jogo, remetendo a HCB para a sua defesa, ficando apenas à frente Mavó que entrou na segunda parte e sem muita capacidade e força como tem demonstrado nas outras partidas.

O Matchedje fez tudo por tudo para inverter o resultado, mas nada foi possível porque a HCB soube se defender melhor até ao apito final. Em suma, foi uma partida dividida em duas histórias, sendo a primeira para a HCB e a segunda totalmente para o Matchedje.

Amosse Lázaro, auxiliado por João Paulo, Marcos Marrengula e Ribeiro Manuel (quarto) realizou um bom trabalho.

FICHA TÉCNICA

HCB: Chico; Bila, Elidio, Mucuapele, Calima, Maninho, Danga, Danito Nhamposse, Henry, Amílcar e Gito. Alinharam ainda Zuma, Aurito e Mavó.

MATCHEDE: Zacarias; Caló, Matofa, Cufa, Vasco, Jojó, Tchitcho, Julinho, Edmundo, Leonel e Jacinto. Jogaram ainda Zito, João e Ngoni.

Acção disciplinar: cartão amarelo para Jacinto por anti-jogo.

Bernardo Carlos

MOÇAMBOLA-2010 - Atlético, 1-Textáfrica, 1: Domínio repartido

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NA primeira parte, o Textáfrica superiorizou-se aos donos da casa, que aos 50 segundos, podiam ter inaugurado o marcador, se Patrício tivesse acertado no remate à baliza de Scheimmeikel, depois de uma belíssima jogada de ataque.

Face a esta situação pensou-se que o Atlético fosse “massacrar” o seu adversário, mas foram os “fabris” que encurralaram o seu adversário, dificultando-o em todos os capítulos. A equipa “muçulmana” terá se ressentido da ausência de Fala-Fala no meio-campo e não conseguiu “pensar” o jogo como se impunha, facto que foi aproveitado pelos visitantes, que à passagem do minuto 30 da primeira parte chegaram ao golo, numa clara displicência dos defensores do Atlético, com Nino a concluir com êxito.

As contas de Uzaras começaram a ficar mais complicadas, tendo em conta o posicionamento da sua equipa na tabela classificativa, acrescida às dificuldades de conseguir controlar o jogo para poder chegar à vitória. O Textáfrica era um adversário que estava ao seu alcance, mas difícil era contorná-lo.

Já no final da primeira parte, o Atlético Muçulmano desfez-se da ansiedade e tomou de assalto o meio-campo contrário, mas o seu “calcanhar de Aquiles” foi o capítulo de concretização. Os seus avançados não atinavam com a baliza contrária. Os seus remates, quase todos, saíam muito por cima da baliza.

No início da etapa conclusiva, o Atlético Muçulmano entrou a pressionar o seu oponente, com jogadas de belo recorte técnico, mormente protagonizado por Chees, do lado direito, que foi uma autêntica dor de cabeça para Dondo e sua turma. Muitas faltas foram assinaladas a partir desse lado, que semearam pânico à baliza dos homens da Soalpo.

Uzaras Mahomed incitava os seus pupilos para pressionar o seu adversário, mas esqueceu que Nino é um jogador veloz e, por pouco não chegou aos 2-0, numa jogada de contra-ataque, que só terminou quando a bola “beijou” as malhas laterais de Anivaldo, num autêntico susto para os donos da casa.

Aos 23 minutos, o Atlético chegou ao golo de empate na sequência de um livre. De muito longe, Tony rematou, sem muita força, mas Scheimmeikel, num erro de cálculo não se fez à bola e viu-a, de forma surpreendente, a ultrapassar a linha do golo.

A partir de então, o Atlético desfrutou de mais ocasiões para chegar ao segundo golo, ante um Textáfrica sempre inconformado com o resultado, pelo menos até à explusão de Tawinha, aos 85 minutos de jogo.

Samuel Chirindza assinalou alguns foras-de-jogo inexistentes ao ataque do Textáfrica. A expulsão de Tawinha não sofre qualquer contestação.

FICHA TÉCNICA

ÁRBITRO: Samuel Chirindza, coadjuvado por Arsénio Marrengula e Félix Maugente. Quarto árbitro: João Armando

ATLÉTICO MUÇULMANO: Anivaldo; Nelito, Hilário, Chico, Henriques, Sergio , Chees, Mouka, Ivan, Patrício e Nelsinho.

Jogaram ainda: Avelino, Gito e Tony.
TEXTÁFRICA: Schmmeikel; Ernest, Tawinha, Casimiro, Dondo, Nino, Phondo, Mangalo, Jordão, Paulo e Lalito. Alinharam ainda: Loló, Bito e Félix.

Golos de Tony (Atlético) e Nino (Textáfrica)

Acção disciplinar: Amarelo para Sérgio (Atlético) e Paulo (Textáfrica). Vermelho para Tawinha.

Joca Estevão

MOÇAMBOLA-2010 - Vilankulo FC, 1 Ferroviário de Pemba, 0: Pembenses não sobrevivem no “inferno” de Vilankulo

NO sábado, os comandados de Flin, tiveram algumas dificuldades para manterem a tradição de não perderem jogos em casa. O Ferroviário de Pemba sob batuta de Arnaldo Ouana complicou muito as manobras da equipa local, que precisou de oitenta e oito minutos para a violar a baliza contrária.

Os pembenses entraram a pressionar na perspectiva de confundir o adversário na sua própria casa. Arnaldo Ouana montou um esquema táctico que dificultou o jogo rente à relva, característica de Flin quando joga em casa. Cachimo pela esquerda, Animal pelo meio e Abidala pela direita, na intermediária, tudo fizeram para que os donos da casa não se aproximassem da sua área. Marito e Issa travavam uma luta titânica com o Mac, o goleador-mor de Vilankulo.

Aos quinze minutos, Jaimito fez a primeira intervenção, socando o esférico para canto num livre cobrado por Hermínio. Dois minutos depois foi Bila a salvar o barco quando Cachimo rematou forte com Jaimito longe da trajectória da bola. O Pemba controlava as operações no meio-campo onde Sérgio, médio esquerdo do Vilankulo, era autêntico corredor.

Vilankulo a pouco e pouco foi se desfazendo deste período mau, mas tinha em Paiva Dias, juiz da partida, um verdadeiro adversário, que ia cortando as jogadas de grande perigo na área dos forasteiros. Aliás, foi no primeiro tempo que aconteceu o caso do jogo. Vilankulo ganha um pontapé de canto fruto de tabelinha entre Félio e Edgar, na cobrança, Bila enviou a bola para área, na tentativa de aliviar, Dula tocou-a com a mão na pequena área, Célio Mugabe, o auxiliar que assistiu tudo de perto, simplesmente ficou estático no terreno, numa altura em que os próprios jogadores do Pemba estavam parados à espera do apito do árbitro. Paiva Dias mandou prosseguir a jogada, perante protesto do público.

No reatamento, Arnaldo Ouana, aparentemente satisfeito com a postura da equipa, não mexeu no onze inicial, pese embora tenha sentido o agigantamento do adversário. Flin não satisfeito com a produção dos seus pupilos deixou Sergito nos balneários e no seu lugar voltou com Titos, um ponta-de-lança adaptado a médio esquerdo.

O Ferroviário continuava perigoso. Flin chamou Adino para o lugar de Edgar, uma substituição quanto a nós, forçada, pois, Edgar, brigava com os defesas e ia criando espaço para a entrada de Mac. Adino, algo nervoso, andou perdido no terreno até que acertou com a entrada de Belo que ocupou o seu lugar habitual, médio esquerdo por onde começaram a sair despejos para a área. Titos passou a ser o segundo ponta-de-lance, trocando sempre de posição com Félio. Adino recuou jogando em paralelo com Jossias no meio-campo.

Aos poucos, o Vilankulo foi “alugando” o meio-campo do adversário, onde Félio sempre criou dores de cabeça com a bola colada no pé, bem como nos livres. Aos 88 minutos Félio levantou o estádio. Belo “rouba” a bola e mete em profundidade, onde apareceu o sempre irrequieto Félio, que puxou a bola para a grande área, sendo empurrado por Fido. Luís Santiago, o segundo arbitro auxiliar que acompanhava a jogada, não perdoou, levantou a bandeirola e Paiva Dias assinalou o penalte.

Joe, “capitão” da equipa, especialista nos livres dos onze metros, atirou a contar para o alívio dos cerca de quatro mil espectadores.Não havendo mais nada, Ouana tentou forçar o jogo. Numa sentada lançou Maduro e Telinho, numa altura em que Paiva Dias, algo contrariado, mandou jogar mais sete minutos para além dos noventa, mesmo apupado pelo público. Foi um tempo de bastante sufoco para a baliza de Jaimito.

Paiva Dias terá sido traído por Célio Mugabe ao não assinalar um lance de grande penalidade no final da primeira parte.

FICHA TÉCNICA

ÁRBITRO: Paiva Dias, auxiliado por Célio Mugabe e Luís Santiago. Bernardino dos Santos foi quarto árbitro,

VILANKULO FC: Jaimito; Joe, Mambucho, Tcharles e Bila; Jossias, Zé Cumbe, Sergito (Titos) e Félio; Mac (Belo) e Edgar (Adino).

FERROVIÁRIO DE PEMBA: Bonifácio; Marito, Issa, Abdala, Azize, Animal, Cachimo (Telinho) Dula, Fido, Zuaia (Maduro) e Hermínio

ACÇÃO DISCIPLINAR: cartões amarelos para Tcharles, do Vilankulo por contestar decisões do árbitro, e Fido por jogo perigoso.

Golo de Joe na transformação de uma grande penalidade aos 88 minutos.

Victorino Xavier

MOÇAMBOLA-2010 - Sporting,2-Fer. Maputo,2: Com bênção do régulo!

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VITÓRIA era a palavra de ordem no seio dos sportinguistas! Com efeito, um dia antes do “derby” contra os “locomotivas”, algumas cabeças de gado caprino foram sacrificadas para sustentar a cerimónia orientada por um dos régulos da cidade da Beira, sob os auspícios da edilidade. Dito e feito, os “leões” do “Chiveve” surpreenderam tudo e todos pelo menos na primeira parte até ao ponto desta etapa ter terminado com uma vitória de 2-1.

O Sporting da Beira entrou na partida com a lição bem estudada, sabendo que estava diante de uma formação que não foi derrotada na presente edição do Moçambola. Mas o Ferroviário estava muito cauteloso e conseguiu chegar com algum perigo à baliza adversária.

Não demorou, o Ferroviário começou a pressionar o adversário na tentativa de chegar ao golo, mas a defensiva do Sporting estava concentrada. Aliás, a partir dos 15 minutos viu-se a formação da casa muito agressiva e melhor tacticamente

A pressão do Sporting deixava o técnico dos “locomotivas”, Chiquinho Conde, muito inquieto até ao ponto de ficar boquiaberto no minuto 29 com uma jogava fenomenal que permitiu a Babo fazer o primeiro golo. O “caldeirão” da Beira “vibrou” com os adeptos do Ferroviário da Beira a apoiarem os “leões”.

Depois disso, Babo procurou provar aos “locomotivas” que estava no seu dia “D” criando muitas situações de perigo à baliza defendida por Mahomed. Mas contra todas as expectativas, o árbitro Aníbal Armando marcou um penalte a favor do Ferroviário de Maputo, à passagem dos 43 minutos que, quanto a nós, muito duvidoso mas que resultou no golo do empate apontado por Jerry.

O Sporting não se deixou levar pelas “atrocidades” do árbitro. Muito pelo contrário, mostrou que estava em condições de fazer descarrilar uma “locomotiva” bem estruturada. E foi na sequência de um penalte bem executado por Belmiro que o Sporting colocou-se de novo na frente do marcador. O penalte surge na sequência de um pontapé de canto com António a cruzar e a bola a bater na mão de Zabula. A primeira parte terminou com os “leões” em vantagem (2-1).

Já na etapa complementar, o Ferroviário entrou com outro figurino, Mendes saiu da linha média e foi reforçar os dois avançados (Luís e Jerry) que vinham até então sendo as referência de ataque.

As mexidas no Ferroviário não pararam por ai, Jair “saltou” do banco para reforçar o ataque, ou seja, Chiquinho Conde apostou numa linha avançada com quatro homens. A entrada de Michael veio dar mais agressividade ao ataque. Assistia-se a uma “locomotiva” a carburar com maior fluidez. E não tardou que se alcançasse o objectivo quando Jerry aos 28 minutos da etapa complementar restabeleceu a igualdade.

O Ferroviário cresceu com o golo e controlava as incidências do jogo perante um Sporting que queria provar que “em casa mandamos nós”. Todavia, a bênção do régulo valeu a pena, porque pelo menos deu para conquistar um precioso ponto que poderá ser importante naquele que é o objectivo: a luta pela permanência. Aliás, o 2-2 acaba tendo um sabor à vitória.

A equipa de arbitragem liderada por Aníbal Armando não influenciou no resultado.

FICHA TÉCNICA

ÁRBITRO: Aníbal Armando; auxiliado por Júlio Muianga e Estrela Gonçalves. Quarto árbitro: José Mandava.

SPORTING: Gona; Belmiro, Maninho, Chico e Ibraimo; Gitinho (Carlitos), Caito e António (Abílio); Maumane (Hugo), Babo e Dário.

FERR DE MAPUTO: Mahomed; Jotamo, Tony, Zabula e Fred; Momed Hagi (Jair), Danito Parruque, Mendes e Ítalo (Michael); Jerry e Luís (Marufo).

Eduardo Sixpence

MOÇAMBOLA-2010 - Maxaquene, 1-Fer. Beira,0: 35 dias depois!...

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OS adeptos do Maxaquene tiveram que esperar 35 dias para voltarem a festejar uma vitória algo que aconteceu no último sábado na recepção ao Ferroviário da Beira. Liberty, que nem tem sido primeira opção de Salvado, marcou, aos 31 minutos, o golo que fez a diferença num jogo em que os beirenses venderam caro a derrota.


O Ferroviário da Beira até foi a equipa que entrou melhor no jogo procurando surpreender o Maxaquene, sobretudo com tiros fora da área, sendo que o melhor lance foi aos cinco minutos quando numa jogada rápida a bola sobrou para o brasileiro Victor que rematou fortíssimo, mas Soarito estava atento e socou para canto.

Depois desta entrada destemida aos poucos o Ferroviário foi recuando e cedendo espaço aos anfitriões que passaram a ter maior domínio do jogo e foi na sequência disso que aos 31 minutos o Maxaquene chegou ao golo por Liberty, que concluiu da melhor maneira uma jogada de insistência junto á área dos beirenses.

Após o golo não se viu a reacção dos beirenses, que já denotavam algum cansaço, daí que o Maxaquene passou a ter algum controlo do jogo e com a bola sempre nos pés dos seus jogadores que procuravam criar situações para o segundo golo, mas não havia calma suficiente quando necessário. Prova disso é o que aconteceu aos 41 minutos, quando Hélder Pelembe surgiu encostado à esquerda e depois de passar por Ninito não conseguiu bater o desamparado Minguinho para murmuro dos adeptos “tricolores”.

No retorno para o segundo tempo, o Ferroviário da Beira deu a impressão de que voltaria arrasador e discutiria seriamente o jogo. Nito e Carlos entraram para o lugar de Mupoga e Victor, mas foi o Maxaquene que depois de um pequeno susto voltou a criar situações para golo. Hélder Pelembe ultrapassa Gildo, centra, mas nem Tony nem Mustafá chegaram a tempo de fazer o desvio para bater o keeper Minguinho.

O Ferroviário da Beira conseguia ter a bola sob controlo, sem criar verdadeiras situações de golo e quem fazia isso era o Maxaquene, que aos 58 minutos só não chegou ao tento porque Kito e Tony atrapalharam-se, com este último a rematar por cima após um cruzamento de Hélder Pelembe, que se revelou como distribuidor.

O único lance de grande perigo por parte dos “locomotivas” surgiu aos 65 minutos, quando Nito, num lance de contra-ataque, teve tudo para fazer um golo mas o seu remate foi frouxo permitindo uma defesa fácil de Soarito.

O Maxaquene ficou assustado e Arnaldo Salvado preferiu alterar a equipa para que não perdesse o jogo. Entrou Alvarito e Eboh para os lugares de Mustafá e Liberty alterações que visavam assegurar o jogo como veio a acontecer.

A última situação de golo surgiu aos 88 minutos, quando o recém-entrado Aníbal centrou para a área dos “locomotivas”, com Minguinho a desviar com uma palmada e na recarga, Vovoti rematou fraquíssimo.

Assim, o Maxaquene voltou às vitórias depois de quatro jogos sem o conseguir.

FICHA TÉCNICA

ÁRBITRO: José Maria Rachide, auxiliado por Francisco Machel e João Abreu. Quarto árbitro: Filimão Filipe.

MAXAQUENE: Soarito, Vovoti, Nito, Gabito e Eusébio; Mustafá (Eboh), Kito (Aníbal), Liberty (Alvarito) e Macamito; Hélder Pelembe e Tony.

FERROVIÁRIO DA BEIRA: Minguinho, Ninito, Nené, Gildo e Barrigana; Edson, Buramo (Alex) e Timbe; Mupoga (Nito), Jerry e Victor (Carlos).

Acção disciplinar: cartão amarelo para Hélder Pelembe e Nito, pelo Maxaquene, e para Timbe, do lado dos beirenses.

Golo: Liberty (31 minutos)

Atanásio Zandamela

MOÇAMBOLA-2010 - Resultados e Classificação

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RESULTADOS DA JORNADA

Maxaquene-Fer. Beira (1-0)

Vilankulo-Fer. Pemba (1-0)

Atlético-Textáfrica (1-1)

Sporting da Beira-Fer. Maputo (2-2)

Costa do Sol-Desportivo (0-1)

HCB-Matchedje (1-0)

FC Lichinga-Liga Muçulmana (1-0)

CLASSIFICAÇÃO

J V E D B P

1º Fer. Maputo 10 8 2 0 22-5 26

2º Liga Muçulmana 10 8 0 2 21-5 24

3º HCB de Songo 10 5 4 1 10-7 19

4º Maxaquene 10 5 3 2 12-8 18

5º Desportivo 10 4 4 2 9-8 16

6º Fer. Beira 10 4 3 3 9-6 15

7º Vilankulo FC 10 4 3 3 6-9 15

8º Costa do Sol 10 3 1 6 11-12 10

9º FC Lichinga 10 2 4 4 5-9 10
10º Matchedje 10 2 3 5 6-11 9

11º Sporting da Beira 10 2 3 5 9-15 9

12º Textáfrica 10 1 6 3 5-9 9

13º Atlético Muçulmano 10 1 4 5 6-14 7

14º Fer. Pemba 10 1 0 9 5-15 3

PRÓXIMA JORNADA (11ª)

Fer. Maputo-Fer. Beira

Sporting da Beira-Costa do Sol

Desportivo-Vilankulo FC

Fer. Pemba-HCB

Matchedje-Atlético

Textáfrica-FC Lichinga

Liga Muçulmana-Maxaquene

MOÇAMBOLA-2010 - Ferroviário reforça liderança

O FERROVIÁRIO de Maputo escorregou na Beira ao consentir um empate a duas bolas frente ao Sporting local, mas ganhou vantagem de mais um ponto sobre a Liga Muçulmana, que na sua deslocação a Lichinga, perdeu por um tento sem concorrência.

Estas foram as maiores surpresas desta décima jornada do Moçambola, sem tirarmos o mérito à vitória do Desportivo sobre o Costa do Sol, por 1-0, o que lhe permitiu subir mais um degrau na tabela classificativa (do sexto para o quinto).


O Maxaquene também não deixou os seus créditos por mãos alheias. Sofreu a bem sofrer, mas saiu vitorioso diante do Ferroviário da Beira, por uma bola sem concorrência. A HCB, por sua vez, está mesmo electrizante. Ontem recebeu e bateu o Matchedje, por 1-0, o mesmo resultado conseguido pelo Vilankulo FC em casa diante ao Ferroviário de Pemba. Aliás, os representantes de Inhambane não perdem em casa desde que a prova se iniciou, enquanto o FC Lichinga conseguiu o seu primeiro triunfo perante o seu público.

O Atlético Muçulmano é que desperdiçou uma soberba oportunidade de fugir dos lugares incómodos, ao permitir que o Textáfrica lhe impusesse uma igualdade a um tento. Na actual classificação, destaque vai para a subida do FC Lichinga do 12º para o nono lugar. A próxima jornada, portanto a 11ª, contempla os encontros Ferroviário de Maputo-Ferroviário da Beira, Sporting da Beira-Costa do Sol, Desportivo-Vilankulo FC, Ferroviário de Pemba-HCB, Matchedje-Atlético, Textáfrica-FC Lichinga e Liga Muçulmana-Maxaquene.

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