Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

AFROTAÇAS-2010 - Desconcentração na defesa - Clever Hunda, técnico do Santos

Tivemos falta de concentração na defensiva. O segundo golo matou-nos completamente.

Penso que este resultado negativo pode ter a ver com a fadiga, pois a equipa efectuou três jogos numa semana antes desta partida. Contudo, o Costa do Sol demonstrou que é experiente e não perde a bola de qualquer maneira.

AFROTAÇAS-2010 - Flamingos Santos, 1-Costa do Sol, 3 : Soberbo "canário" frustra tswanas

 

DIGA-SE, em abono da verdade, que o Costa Sol deu um banho de futebol aos tswanas, usando da sua experiência e frieza, sobretudo na segunda parte, na qual conseguiu virar o rumo dos acontecimentos a seu favor, depois de uma entrada menos clarividente e que abriu espaço para que a equipa da casa chegasse com alguma facilidade à baliza defendida por Abu.

Josimar (dir.) em luta com um tswana

Aliás, os “canarinhos”terão pecado, inicialmente, ao dar a iniciativa de jogo ao adversário, à espera de oportunidades para contra-atacar. Jogou primeiramente um pouco recuado, o que permitiu que, numa das ofensivas do Flamingo Santos, o lateral direito João Mazive travasse em falta um atacante tswana, na zona de rigor, à passagem do minuto 17.

 

O árbitro da partida, o namibiano Shikongo Rainhold, estava próximo da jogada e assinalou grande penalidade. Chamado a cobrir, o ponta-de-lança Mogakolodi Ngele atirou contra o poste. Mas, infelizmente, o juiz da partida mandou repetir o lance, por razões pouco claras, e Ngele acabou acertando, dando vantagem aos tswanas.

 

O Costa do Sol, mesmo sem carburar o suficiente, arrancou algumas jogadas vistosas, das quais o artilheiro Tó, felizmente recuperado da gripe, tentou visar a baliza defendida por Chenjerai Dube, mas sem sucesso.

 

Com o golo, os tswanas ganharam mais motivação e o sonho de poderem inverter o resultado a seu favor dominou os seus corações, mas encontraram uma forte resposta da defensiva “canarinha”, baseada nos centrais Jonas e Kito, com este último a ser bastante demolidor, saindo sempre em antecipação aos homens mais avançados dos tswanas.

 

O Costa do Sol foi gradualmente ganhando mais confiança e calma, conseguindo deste modo organizar o seu jogo, com passes alongados à procura do homem melhor posicionado. Rúben e Tó, as apostas do técnico João Chissano na linha da frente, foram ganhando bravura e confundiram a defensiva contrária, que, paulatinamente, foi abrindo espaço, permitindo que o primeiro arrancasse alguns remates junto da grande área.

No primeiro lance de belo efeito, numa combinação bem articulada por Rúben e Tó, este último obrigou o “keeper” tswana a ceder pontapé de canto, aos 30 minutos.

 

Porém, o lance mais clarividente foi aquele em que Tó, mais uma vez assistido por Rúben – a jogada iniciou nos pés de Josimar – rematou contra o travessão, a poucos metros da baliza, e na recarga, o meio-campista Sanito atirou ao lado. Tó demorou rematar, quando tinha espaço para o fazer e, quando o fez, a bola levou algum efeito e embateu na barra transversal.

 

Esta falta de frieza e eficácia dominou o Costa do Sol até ao fim da primeira parte, quando deveria ter saído pelo menos a empatar. Josimar não deu o brilho que dele se esperava e demorou para entrar em cena. Aliás, desperdiçou uma das oportunidades mais soberbas que o Costa do Sol teve aos 40 minutos, ao desviar o esférico ao lado com o guarda-redes tswana já batido. Num outro lance em que Rúben desmarcou Tó, junto da linha do fundo, este galgou pela linha para, junto da grande área, desenha um centro geométrico para Josimar desperdiçar.

 

REGRESSO EMPOLGANTE


O lateral direito João Mazive faz o corredor e, próximo da linha do fundo, centra para o segundo poste, onde apareceu Josimar a acertar de cabeça, isto nos minutos iniciais da etapa complementar. Foi um tento que apareceu no momento certo e que galvanizou o “canário”, que daí para frente assentou os pés e começou a mostrar o que sabe no terreno. Era o início do fim do Flamingo Santos, que, desdobrando-se atrás do prejuízo, foi abrindo cada vez mais brechas para que o Costa do Sol fizesse o seu jogo à vontade.

 

Contudo, a batalha não foi imediatamente ganha com este tento, pois o Flamingo Santos abriu todos os seus reactores para incrementar mais velocidade no ataque. O jogo ficou mais aberto e o melhor futebol veio ao de cima, com ambas as partes a tentar aproveitar no máximo as oportunidades que apareciam. E foi o Flamingo que se deu ao luxo de ameaçar cada vez mais o adversário e por pouco conseguia o segundo golo, mas Boitshoko Zikhale não foi certeiro, tendo falhado o alvo mesmo à boca da baliza.

 

O Costa do Sol ripostou de imediato, com Tó novamente a não ter calma suficiente, atirando à figura de Dube, aos 65 minutos. Porém, este acabou sendo o prenúncio do fim dos tswanas, pois o mesmo Tó, fazendo valer as suas capacidades individuais, atirou a marcar, depois de tirar um adversário da frente.

 

Veio o martírio para os tswanas, com o Costa do Sol a saber inteligentemente tirar proveito da vantagem. Fez circular a bola de pé para pé, com rotações constantes e mudanças de ângulos, fazendo correr o adversário atrás da bola, que dificilmente apanhava. Rúben, o maestro, foi gozando com os seus oponentes directos, mudando de flanco, sempre na tentativa de deixar Tó solto.

 

Aliás, João Chissano acabou sendo feliz na estratégia ofensiva, ao colocar o esquerdino Rúben ao lado de Tó, no ataque, apoiados por Sanito pela direita e Josimar pela esquerda. Rúben foi uma verdadeira dor de cabeça para os tswanas e um homem muito difícil de controlar. Sempre que tivesse a bola, tinha dois ou mais homens no seu encalço, mas sobressaía e fez várias assistências que, bem aproveitadas, teriam dilatado a margem da vantagem.

 

Mas, como a sorte estava do lado dos “canarinho”, o “score” acabou sendo dilatado por Vivaldo, que entrou no último quarto da contenda, substituindo Rúben. Foi um golpe de mestre, um remate bem colocado, de fora da grande área, para o desmoronar completo do império tswana.

 

Importa destacar, igualmente, a excelente actuação do guarda-redes Abu. Um homem que preenche por completo os postes e que por diversas vezes negou o golo aos tswanas, sobretudo naqueles saltos acrobáticos para, com palmadas, desviar o esférico.

A equipa de arbitragem fez um bom trabalho, apesar de um e outro erro.

 

FICHA TÉCNICA

 

Comissário da CAF: Chayu Kabalamula, da Zâmbia.

 

Árbitro: Shikongo Rainhold, da Namíbia, auxiliado por Shilunga Eratus e Shaanika David.

Quarto árbitro: Johannes Lenard.

 

FLAMINGO SANTOS - Chenjerai Dube; Thato Bolweleng, Thabo Mothibi, Onkabetse Seforo e Sekgabo Molebatsi (Bokamoso Digwere); Farisai Nyamunamwendo, Tshegetsang Lopang (Gofaone Tiro), Bushy Moletsane e Godfrey Ngele; Boitsoko Zikhale (Ompolokile Alone) e Mogakolodi Ngele.

 

COSTA DO SOL - Abu; João Mazive, Kito, Jonas e Dito; Sanito (Hilário), Payó, Mambo e Josimar; Tó (Perry) e Rúben (Vivaldo)

 

Acção disciplinar: cartão amarelo para Dube, Motihibi, Nyamunamwendo e Lopang, Tó e Ruben.

SALVADOR NHANTUMBO, em Gaborone

MOÇAMBOLA-2010 - Campeão apadrinha estreia do Vilankulo

 

O FERROVIÁRIO de Maputo, detentor do título, vai apadrinhar a estreia do Vilankulo FC no Campeonato Nacional de Futebol, quando na jornada inaugural se encontrarem, no Estádio da Machava, segundo ditou o sorteio da prova, realizado sábado à noite, no decorrer da Gala da Liga Moçambicana de Futebol.

 

Rafique Sidat, presidente da Liga Muçulmana, durante o sorteio (C. Bila)

O Moçambola-2010 conhecerá o seu pontapé-de-saída no dia 20 de Março e o primeiro “derby” acontecerá somente na segunda ronda, a 4 de Abril, colocando frente-a-frente os vizinhos Desportivo e Maxaquene.

 

Numa cerimónia bastante concorrida e com uma operação de charme digna da ocasião e acima de tudo do alto profissionalismo hoje evidenciado pela Liga, a tribo do futebol se encontrou para, juntamente com os dirigentes governamentais e patrocinadores, testemunhar uma oportunidade que é sempre aguardada com muita expectativa, tendo em conta que é o momento em que cada interveniente da prova conhece os adversários que enfrentará ao longo das 26 jornadas.

 

Com os clubes distribuídos por potes, em função da sua proveniência – temos formações de Maputo, Inhambane, Manica, Sofala, Tete, Niassa e Cabo Delgado –, os representantes de cada um foram tirando as bolas da sorte, isto é, o seu número correspondente, já que a grelha dos jogos, por jornada, é a mesma em todos os anos. Pelos extremos, o número 1 coube à Liga Muçulmana e o 14 ao Vilankulo FC.

 

Na primeira jornada, para além do embate entre Ferroviário de Maputo e Vilankulo FC, terão lugar em Maputo mais três desafios, designadamente Liga Muçulmana-Textáfrica, Maxaquene-Ferroviário de Pemba e Atlético Muçulmano-Sporting da Beira. Como se pode depreender, curiosamente, os três novos primodivisionários, nomeadamente Vilankulo FC, Sporting da Beira e Ferroviário de Pemba, fazem a sua estreia na capital do país.

 

Desportivo, Costa do Sol e Matchedje iniciam o Moçambola-2010 fora de portas. Os “alvi-negros” vão ao terreno do FC Lichinga, os “canarinhos” visitam a HCB de Songo e os “militares” vão ao encontro do Ferroviário da Beira.

 

O campeonato começa a 20 de Março, mas no fim-de-semana seguinte terá uma paragem, de modo a dar lugar ao embate entre Moçambique e Malawi. Regressa a 3 e 4 de Abril, para a segunda jornada, altura em que teremos o sensacional Desportivo-Maxaquene.

 

Os outros jogos são: Textáfrica-Ferroviário de Maputo, Matchedje-Liga Muçulmana, Ferroviário de Pemba-Ferroviário da Beira, Sporting da Beira-FC Lichinga, Costa do Sol-Atlético Muçulmano e FC Vilankulo HCB de Songo.

AFROTAÇAS-2010 - Primeira parte foi difícil - João Chissano, timoneiro dos “canarinhos”

 

Foi difícil na primeira parte. Entrámos um pouco mal e eles tiveram a felicidade de marcar primeiro.

 

O técnico do Costa do Sol, João Chissano
Considerámos que podíamos ganhar o jogo, daí que entrámos na segunda parte apostados em marcar e criar uma crise de raciocínio ao adversário – e o conseguimos.


Na primeira oportunidade que marcámos, pensámos que era possível fazer mais golos e, na terceira, Vivaldo fez um golo de belo efeito. A segunda parte foi inteiramente nossa.

Pág. 11/11