PERIGO À SOLTA…
AS provas de atletismo de ontem ficaram manchadas pela falta do pessoal dos primeiros socorros qualificado. O pessoal destacado para prestar tais socorros mostrava-se pouco preparado e incapaz de evitar o pior e, mais do que isso, sem material necessário para reanimar os atletas, que ao cortar a meta muitos deles caíam tontos, a queixarem-se de dores de vária ordem.
Para tudo isso apanhava os organizadores e o pessoal da Cruz Vermelha em contra-pé e sem saber o que fazer, pois não tinham nada para dirimir ou minimizar o sofrimento dos atletas, que a dada altura caíram e ficaram estatelados no chão.
Até água, o que em condições normais seria o de menos, era insuficiente para hidratar os corredores. Um dos agentes da Cruz Vermelha andava com soro que dava aos atletas boca-a-boca, sem qualquer desinfectante, o que pode propiciar a contaminação de doenças.
No meio de tudo isso há um agravante, o material utilizado para improvisar a pista de atletismo (areia grossa com pedra fina, ou seja, terra batida) está longe de ser conveniente para um atleta que corre de pé descalço. Aliás, todos os atletas nesta modalidade correm sem sapatilhas.
Alguém deve corrigir o cenário no atletismo, pois não é nosso desejo que estes jogos sejam manchados por tragédias que muito facilmente podem ser evitadas. É necessário que se destaque pessoal de Saúde bem qualificado e munido de materiais de primeiros socorros, para além de uma ambulância por perto.
Fonte:Jornal Noticias
SÉRGIO MACUÁCUA, em Pemba