FER. BEIRA, 1- FER.MAPUTO, 0 - “Caldeirão” volta a ser inferno
EFECTIVAMENTE, o “caldeirão” do Chiveve está a voltar a ser o verdadeiro inferno para os visitantes. Depois da Liga e Maxaquene terem caído aos pés do Ferroviário da Beira, ontem foi a vez do seu homónimo de Maputo, no jogo que colocava frente a frente dois irmãos, mas a irmandade foi colocada do lado de fora.
Quando a partida iniciou, os pupilos de Wedson Nyirenda lançaram-se abertamente ao ataque, dando mostras de que queriam resolver as coisas o mais cedo possível, mas estavam diante de um adversário bem estruturado, sobretudo no sector defensivo, que conseguiu anular no momento exacto as investidas dos donos de casa.
Por exemplo, os locais engendraram logo aos nove minutos uma soberba jogada de laboratório, mas o atacante Nelito rematou para fora quando Leonel estava totalmente batido.
O Ferroviário de Maputo apercebeu-se de que estava perante um adversário que queria algo mais que a irmandade, tendo conseguido equilibrar o jogo a ponto de anular muitas jogadas de contra-ataque dos beirenses.
Aos 31 minutos, os comandados de Carlos Manuel também chegaram com perigo junto à baliza de Wiillard, mas o cabeceamento de Timbe saiu desenquadrado com os postes, após um cruzamento milimétrico de Diogo para o “coração” da área, perdendo-se assim uma oportunidade de golo para os visitantes.
Minutos depois, voltou a ser o Ferroviário da Beira, através de Gildo, a criar calafrios junto à baliza dos “locomotivas” da capital, mas tal não passou de intenção, pois a jogada não teve finalização adequada. Assim foi-se ao intervalo com o nulo.
Depois do intervalo, o pendor atacante também pertenceu aos locais, mas tal como foi na etapa inicial, a conclusão das jogadas também era deficiente senão mesmo sem fôlego por parte dos atacantes.
O momento do jogo aconteceu aos 62 minutos. Numa jogada de contra-ataque, o lateral esquerdo dos locais, Reinildo, esgueirou-se pela ala, tendo entrado na área e de imediato rematado forte e a bola é devolvida pela barra de travessão. Na recarga, Mário serviu ao recém-entrado Maninho, que atirou a contar para o gáudio dos beirenses. Estava feio o primeiro e único da partida.
Os dois técnicos operaram substituições, mas nem com isso as coisas melhoraram até, pelo contrário, os falhanços multiplicaram-se sobretudo nas hostes beirenses, como aconteceu aos 77 minutos quando o autor do golo não conseguiu dar seguimento a uma jogada bem elaborada de Mário.
Depois disso, assistiu-se a uma partida bastante animada, mas tanto uma, como outra equipa não conseguia traduzir as suas investidas em golo. O juiz da partida e seus pares estiveram bem.
FICHA TÉCNICA:
ÁRBITRO: Estêvão Matsinhe, auxiliado por Zacarias Baloi e Carlos Manuel. Adérito do Rosário foi o quarto árbitro.
FER. BEIRA: Willard; Elísio, Cufa, Mambucho, Edson; Reinildo (Emídio), Fabrice (Maninho), Paito, Gildo, Mário e Nelito (Jacob).
FER. MAPUTO: Leonel; Jeitoso, Chico (Vasil), Calima, Edmilson; Jair, Maurício, Lewis, Sassi; Timbe (Barrigana), e Diogo (Manucho).
ACÇÃO DISCIPLINAR: cartões amarelos para Fabrice, do Ferroviário da Beira, e Maurício, dos “locomotivas” de Maputo.
LAITON SIFA