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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Conferência oportuna e proveitosa

OS participantes da II Conferência Nacional de Futebol consideraram de proveitosos os debates dos dois dias do encontro, tendo realçado que os temas que foram levados à mesa são oportunos e que dentro em breve muita coisa irá mudar no futebol moçambicano, pois com a reunião conseguiu-se algumas ferramentas que tanto davam falta aos fazedores da modalidade.


Os mesmos consideram a questão sobre a violência nos recintos desportivos como o melhor tema da reunião, para além de ter sido mais aflorado, o que lhe conferiu preciosos contributos dos conferencistas.

 


É PRECISO PLANIFICAÇÃO E PACIÊNCIA - revela Martinho de Almeida, ex-treinador


Martinho de Almeida um dos mais idolatrados treinadores da história do futebol nacional, considera que a reunião foi muito boa, mas o que é certo há que se ter muita paciência quando se lida com o futebol.


De Almeida é de opinião que o que falta para o desenvolvimento do nosso futebol é tempo, ou seja, as coisas não são feitas com a devida calma e cuidado, tudo é feito repentinamente. “É preciso planificar e para o efeito é necessária paciência. Saber esperar o momento certo”.


O nosso interlocutor vai mais longe acrescentando que “é na planificação que conseguimos organizar as coisas e depois termos bons resultados. Hoje penso que estivemos neste encontro que considero oportuno e que tanto precisávamos. Felizmente foram escolhidos bons temas”, sublinhou.



Quanto ao assunto que mais lhe interessou, o antigo treinador do Maxaquene, Costa do Sol e da Selecção Nacional escolhe a questão da disciplina nos campos, porque segundo ele foi bem debatido.


O ex-técnico defende que o cumprimento de pelo menos 90 por cento das recomendações da conferência já seria muito bom para o nosso futebol

 


JÁ TEMOS FERRAMENTAS - afirma Júlio Chimondzo, Manica


Para Júlio Chimonzo, presidente da Associação Provincial de Futebol de Manica, o balanço da conferência é positivo, até porque foi um evento a bom nível em termo de contribuições.


Correspondeu às expectativas e era um evento a muito esperado. Muita coisa estava assombrada no nosso futebol. Doravante já sabemos o que fazer para o desenvolvimento do futebol nacional”, dissi.


Realçou, por outro lado, que “já temos ferramentas para colocar o nosso futebol noutros patamares. Mais um ou dois anos algo vai mudar”, acredita.

 



HÁ QUE SE IMPLEMENTAR -Tico-Tico, ex-futebolista

 

 

ANTIGO capitão da Selecção Nacional de Futebol, Tico-Tico é de convicção que os temas em debate forma muito bons, mas a aposta deve ser na implementação das decisões, até porque os mesmos já forma várias vezes aflorados em diferentes debates.


São assuntos que todos os anos discutimos, não são novos. O que deve ser feito doravante é implementação. Sempre saíram boas opiniões a volta desta matéria, faltando apenas o trabalho no terreno. Neste momento as dificuldades e desafios são os mesmos de algum tempo a esta parte. O desafio é tornar real o que se discutiu”, apelou.



Quanto aos pontos, na sua opinião mais importantes que forma discutidos, Tico-Tico elege a questão da formação, até porque advoga que tem de se trabalhar para o futuro e não para resultados imediatos.

 

 

 

MUITA COISA ESTAVA SEM DIRECÇÃO – segundo Maria Rajá, Niassa

 

 

 

Presidenteda Associação Provincial de Futebol do Niassa, Maria Rajá é de opinião que depois da conferência muita coisa irá mudar no futebol moçambicano, dia que considerou oportuna a reunião de dois dias pois discutiu-se as dificuldades com que passa a modalidade no país, para além de ter ganho muita experiencia.



É uma reunião pertinente, pois muita coisa estava sem direcção no futebol moçambicano, mas acredito que depois deste evento algo irá mudar e, claro para o melhor”, acredita Maria que ajunta que a questão de infra-estruturas é que mais lhe interessou, numa altura em que o futebol debate-se com falta de recintos em condições.



PONTO DE VIRAGEM – aponta Dino Ibrahimo, Sofala

 

 

POLÉMICO presidente da Associação Provincial de Futebol de Sofala, Dino Ibrahimo acredita que a Conferência Nacional pode vir ser um ponto de viragem para o nosso futebol, que neste momento debate-se com a falta de recintos desportivos, problemas de formação e falta de fundos.





 

 

Os debates em si foram muito bons e esperámos que venham a resolver algo neste futebol. Em Sofala temos problemas de vária ordem, desde a falta de campos fundos e de clubes que movimentam as camadas inferiores, neste caso a formação, sendo o Ferroviário da Beira a única excepção”, descreve.


Disse ainda que é necessário que se injecte mais dinheiro às associações, pois sem capital nada é possível fazer. Aguarda com muita expectativa os resultados da conferência, pois a participação activa do Governo na mesma, é para Ibrahimo um bom sinal.



SÍNTESE NÃO DEVE FICAR NOS PAPÉIS - sublinha Marisa do Rosário, Zambézia



 

DoRosário alinhou no mesmo diapasão, mas apela para que a síntese elaborada no final do encontro seja integralmente cumprido no terreno, não se limitando aos papéis.

 

Aqui debatemos temas por todos muito bem conhecidos e falta apenas a implementação, que é o que nos interessa neste momento. Tivemos bons debates e nós das províncias trouxemos muitos e bons subsídios a partir das conferências provinciais que tivemos a pouco tempo”, disse.



 

A violência nos recintos desportivos é a questão que mais preocupa e que mais interessou Mariza do Rosário nos dois dias de debates, pois tende a atingir proporções alarmantes em Nampula e nalguns jogos do Moçambola.


 

PECA POR TER SIDO TARDIA -Tomás Machava, Gaza


 

TomásMachava, representante da Associação Provincial de Futebol de Gaza disse, por sua vez, que a conferência foi algo muito positivo para o nosso futebol, pecando por ter se realizado tardiamente.


 

Referiu que os pontos abordados e os níveis de preparação dos intervenientes são de invejar. Destacou a questão de segurança nos recintos desportivos como tendo sido o tema mais apaixonante dentre vários que forma debatidos, numa altura em que a violência nos campos tende a ganhar proporções alarmantes, sobre na província de Nampula, onde os campeonatos vezes sem conta não terminam devido a este mal.


 

Machava diz esperar que a II conferência não seja como outros encontros em que tudo fica nos papéis.“Tem haver coragem de fazer cumprir com as decisões”, instou.



Fonte:Jornal Noticias