ARO Moçambique propõe uma reflexão sobre o futebol
O DESAIRE dos “Mambas”, em Marraquexe, frente à selecção marroquina é consequência do estado latente a que o nosso futebol se encontra, problema que começa pela própria desorganização da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), que nada faz no capítulo de formação e planificação desta que é a modalidade das massas. Esta opinião É da organização juvenil, Aro Moçambique.
Para esta agremiação, o descalabro de Marraquexe já era de esperar, dai que sugere mudanças na FMF e uma reflexão profunda à volta do nosso futebol.
Representado pelo seu Presidente, Policarpo Tamele, a Aro Moçambique entende que uma selecção de futebol representa interesses da pátria, até porque o futebol é a imagem de um país, por isso que se os homens da FMF forem íntegros, não há outro caminho senão demitirem-se.
“Que se demitam e se convoque uma Assembleia-Geral Extraordinária para a eleição de novos corpos gerentes, pois assim não vamos a lado algum. Sem se apostar na formação nunca vamos sair deste marasmo”, disse Policarpo, em nome da organização que preside.
Num outro desenvolvimento, a ARO recordou que o presidente da FMF prometeu realizar uma Conferência Nacional de Futebol em Julho de 2011, logo após a sua reeleição, mas até hoje nem água vai, nem água vem.
“Em face disto, nós - Aro Moçambique - como uma organização juvenil nacional comprometemo-nos a realizar a referida conferência, dado que a FMF mostra-se manifestamente incapaz a todos os níveis. Talvez prometeu por emoção da reeleição”, propõe.
“Não vamos a mais um CAN. E como se não bastasse uma prova que irá decorrer aqui na vizinha África do Sul onde trabalham e vivem milhares de moçambicanos. Vamos assistir os outros países a desfilarem aqui ao nosso lado, é penoso”, lamentou.
A Aro Moçambique virou as suas intenções para as associações provinciais, dizendo que estas são as principais responsáveis por tudo o que está a acontecer, pois voltaram a não cumprirem com a vontade dos clubes.
“Foram delegados pelos clubes para votarem em certas pessoas e à boca da urna mudaram o sentido de voto, traindo os clubes por troca de alguns dividendos. É o que se viu no ano passado em Namaacha”, atirou.
Fonte:Jornal Noticias