Final à portuguesa
O COSTA do Sol e a Liga Muçulmana vão disputar a final da Taça de Moçambique/mcel depois de terem vencido o Ferroviário da Beira e Incomáti, pelo mesmo resultado de 1-0. É caso para dizer que teremos uma final com dois treinadores portugueses frente-a-frente.
É isso mesmo. Parece ter sido um jogo em que o baixinho e grande jogador Rúben teve que se assumir como um herói perante as pessoas (quem diria?) que o “viram a nascer” para dizer que, apesar de ser “filho da terra”, era um profissional de futebol. De facto, foi a partir dos pés de Rúben que os “canarinhos” conseguiram carimbar esta passagem para a outra etapa na Taça de Moçambique, ao proporcionar uma jogada que acabou levando a que Reginaldo batesse o guardião local e terminasse a partida favorável ao Costa do Sol, por 0-1.
Quando o desafio iniciou “todo o mundo” estava esperançado que seria um verdadeiro jogo de futebol em que também seria “uma verdadeira guerra das estrelas”. Como estava previsto, e porque o público também correspondeu, o jogo acabou levando ao delírio de tantos adeptos oriundos de vários pontos do país (quem diria?) para presenciar esta partida que era tida como a mais importante nesta prova, visto que envolvia duas equipas que neste momento estão na mó de cima no Moçambola com resultados que só de si revelam o seu actual estatuto e posicionamento.
Tratando-se de “mata-mata”, era óbvio que cada equipa deveria entrar no jogo a pensar noutra fase. No entanto, o Ferroviário, mesmo jogando na condição de dono de casa, não foi capaz de se assumir como “patrão” ante pelo contrário, seria o Costa do Sol a tomar a dianteira nas iniciativas ofensivas a ponto de colocar a defensiva local em apuros.
A luta era no meio-campo mas a maior para os visitantes que conseguiam manietar o seu adversário mas a ter sempre dificuldades na ponta final, o que se verificou até ao intervalo.
No reatamento, as duas equipas refrescaram as respectivas linhas mas tal não foi suficiente para que algo mais vistoso fosse nota dominante, embora os “canarinhos” tenham sido os que mais vezes chegaram ao reduto recuado adversário.
Aos 70 minutos houve aviso por parte dos visitantes que por pouco não marcaram porque Sanito não teve arte nem genica para bater o guardião local numa jogada bem engendrada dos treinados do português Diamantino Miranda.
Quando eram jogados 73 minutos, o pequeno e grande jogador Ruben quebrou a loiça ao passar por dois defensores contrários e fez o que lhe podia, ou seja, passar a bola para o local onde o seu companheiro Reginaldo não poderia fazer mais nada senão empurrar a bola para o 0-1. Foi o delírio de um lado, naturalmente para os afectos ao Costa do Sol e, evidentemente, tristeza do outro lado, para as hostes beirenses.
Depois do golo nada poderia haver a não ser um Ferroviário a lutar para o golo do empate e os “canarinhos” mais sólidos na manutenção do resultado para garantir a vitoria e avançar para a outra fase da prova.
A equipa de arbitragem não teve problemas.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: Mateus Infante, auxiliado por Daniel Viegas e Eduardo Gatoma. José Hugo foi o quarto.
FERROVIÁRIO: Willard, Cufa (Barrigana), Caló, Reinildo, Hilário, Timbe, Godcente, Paito (Bernard), Mupoga (Kufur), Mário e Maninho.
COSTA DO SOL: Gervásio, Mazive, Gildo (Themba), Mambo, Zé Inácio, Dito, Manuelito I (Eboh), Alvarito, Muanuelito II (Sanito), Rúben e Reginaldo.
Fonte:Jornal Noticias