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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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APURAMENTO PARA “AFROBASKET”- Ferroviário sucumbe à magia e arte angolanas

CONTRA todos os argumentos, o Ferroviário esteve longe dos pergaminhos dos angolanos do 1º de Agosto no embate havido ontem, no Pavilhão do Desportivo, a contar para a terceira jornada do Campeonato da Zona VI, que serve de apuramento para o “Afrobasket” masculino e feminino.

 

Para quem esteve ontem à noite no Pavilhão do Desportivo, não lhe sobram dúvidas quanto ao potencial evidenciado pelos angolanos e às dificuldades que os “locomotivas” denotaram ao longo da partida ao longo da qual os angolanos estiveram à frente do marcador.

A superioridade dos angolanos revelou-se em todos aspectos: postura física, tecnicismo e rigor táctico, aliado ao carácter objectivo, que foi determinante para o sucesso de todas investidas feitas contra o campeão nacional.

 

 

Portanto, foi uma vitória bem conseguida pelo 1º de Agosto e muito sofrida para o Ferroviário, que acusou falta de soluções sobretudo quando se aproximasse da zona restrita. Falhou que se fartou, tanto em lances em movimento e livres, acusando falta de confiança e algum nervosismo. Este cenário repetiu-se tanto que provocou desespero no público que, em número considerável, deslocou-se para o pavilhão “alvi-negro” para assistir este que se esperava que fosse um duelo bem renhido. Porém, aconteceu o imprevisto, pois os angolanos passearam a sua classe ante uma “locomotiva” esmorecida e despedia de alternativas, com falhanços incríveis mesmo sobre a zona de finalização.

 

 

O mais triste de tudo isso, é que enquanto os “locomotivas” claudicavam, os angolanos faziam o contrário sempre que dispunham de posse de bola em desciam para a zona contrária, concretizando quase em 90 por cento as oportunidades que lhes aparecessem. Aliás, para além de objectivos, foram muito criativos, com alta capacidade de desdobramento tanto ao nível colectivo e individual.

 

Foi aqui onde residiu a diferença pois, para além de melhor circulação de bola e maior velocidade ofensiva, o 1º de Agosto tinha no seu conjunto homens que se revelaram muito fortes tanto a atacar, bem como a defender, destacando dentre eles o possante Reggie Moore, que foi o jogador mais produtivo, um finalizador por excelência. Fez 25 pontos, tornando-se melhor marcador senão também melhor jogador da partida. Costa Armando, Joaquim Gomes, Francisco Machado foram igualmente determinantes na vitória angolana, com nove pontos cada.

 

 

Do lado moçambicano, destaque vai a Flávio Magoliço, que registou marcou 10 pontos. Ermelindo Novela foi o segundo melhor contribuinte com oito, enquanto a dupla Francisco Macaringue e Custódio Muchate marcaram cada sete. 

 

 

RESISTÊNCIA NÃO FOI ALÉM 1º PERÍODO



No início, ficou a falsa impressão de que teríamos uma “locomotiva” determinada nos seus objectivos. O saldo negativo de sete pontos registado pelos campeões nacionais, no primeiro período (8-15) pareceu muito pouco, portanto superável.

 

Atém então, houve esforço em dar resposta às investidas angolanas, com alguma alternância ofensiva. Porém, este cenário acabaria ser quebrado no segundo período, ao fim do qual os angolanos saíram a vencer com 19 pontos de diferença (14-33). Foi a partir deste período que a postura e pujança angolanas começaram a se fazer sentir no terreno, com descidas constantes e decisivas. O Ferroviário acertava pouco no cesto, enquanto os angolanos revelavam-se uma perfeição foram do comum na execução dos lançamentos duplos e triplos.

 

 

O Ferroviário chegou a acusar erros de palmatória no capítulo de finalização, com falhanços mesmo sobre a tabela, para não falar de inúmeras perdidas nos lançamentos livres. Este ciclo negro foi se prolongando ao longo do tempo. Facto curioso é que enquanto os “locomotivas” continuavam na senda de falhanços, os angolanos acertavam em cheio em todas suas incursões, alargando cada vez mais a vantagem no marcador. Foi assim que chegaram do terceiro período, a vencer por 23 pontos (28-51).

 

 

A eficiência dos angolanos foi tão evidente, não só no ataque, mas também na defensiva, dai que tenham conseguido equilibrar o seu jogo e manter a vantagem do princípio até ao fim. Portanto, o resultado de 69-44 conseguido pelos angolanos até ao fim do quarto e último período justifica perfeitamente a eficácia no sistema do jogo, que resultou no domínio quase completo do jogo.

 

 

Entretanto, a Liga Muçulmana continua imbatível na prova feminina. Ontem registou a terceira vitória consecutiva esmagando BDF do Botswana, por 181-12. A campeã nacional partilha a liderança com Interclube, ambos com seis pontos, mas com a vantagem a recair para a turma angolana no “goal-average”.

 

 

Enquanto isso, a A Politécnica terá deitado água abaixo o sonho de obter uma das duas vagas que dão acesso ao “Afrobasket” ao registar a segunda derrota ontem diante do Interclube de Angola, por 30-68. A vice-campeã nacional soma quatro pontos.

 

 

 

 

 

Fonte:Jornal Noticias