Selma Simango nova “boss” do xadrez
SELMA Simango venceu as eleições para o cargo de presidente da Federação Moçambicana de Xadrez (FMX), realizadas sábado último na cidade de Maputo. A candidata proposta pela direcção cessante, liderada por Pedro Chambule, derrotou e de forma convincente Guimarães Lucas, por 7-3, devendo por essa via dirigir os destinos da modalidade no próximo quinquénio.
Portanto, foram 10 votações em representação de igual número de províncias. Inhambane foi a única província que não esteve representada.
O escrutínio decorreu num ambiente pacífico, apesar de algumas contestações relativas a procedimentos considerados anormais pelos associados, com destaque para o facto de os relatórios de actividades e contas referentes a 2010 e 2011 terem sido distribuídos aos filiados durante a assembleia.
Aliado a isso, está o facto de o relatório referente ao último período, que terminou a 31 de Agosto de 2012, ter sido apresentado em forma de um informe não exaustivo e documentado, tendo havido a promessa de a tesouraria federativa fazer chegar às associações o actual exercício de contas, isto dentro de cinco dias úteis a contar da data das eleições.
As associações contestaram igualmente a recepção tardia da proposta do Regulamento Eleitoral, temendo que o documento, que serviu de guião para o escrutínio, fosse aprovado com algumas anomalias. Esta inquietação foi ultrapassada com a informação de que o Regulamento servia apenas para o escrutínio, podendo a direcção eleita preparar, em coordenação com as associações, um novo documento.
“Eu sou de opinião que o processo foi pacífico e transparente, porque os dois concorrentes aceitaram plenamente os resultados e o candidato vencido propôs-se a colaborar com a futura direcção nas acções visando o desenvolvimento da modalidade”, comentou Américo Samuel, assessor jurídico afecto ao Instituto Nacional do Desporto, que acabou representando a Direcção Nacional do Desporto, porque o delegado da instituição, neste caso David Nhantumbo, teve de abandonar a assembleia por motivos familiares.
Américo Samuel disse que a principal recomendação deixada é de se continuar a trabalhar com o envolvimento de todos os interessados na causa do xadrez.
“A minha constatação é de que quer a lista vencedora, quer a derrotada têm potencialidades. Há potencial tanto por parte de atletas e dirigentes, pelo que a nossa recomendação é que houvesse uma “joint venture” com vista à união da família do xadrez para o bem da modalidade”, elucidou.