Liga MG contesta acórdão da AFPM de lhe retirar todos os pontos
O FC LIGA MG da Matola, através do seu treinador, Gentil Escrivão, não se conforma com a deliberação constante do Acórdão da Associação de Futebol da Província de Maputo (AFPM) de lhe retirar todos os seus 41 pontos que colocavam a equipa na condição do líder do “Provincial” local, alegadamente por uso ilegal de três jogadores estrangeiros, por sinal de nacionalidade nigeriana.
O técnico afirma que a sua equipa ainda é comandante da prova até uma decisão definitiva da federação.De acordo com Gentil Escrivão, foi com muito espanto que a colectividade teve conhecimento da deliberação, pois não faz sentido que jogadores inscritos desde o início da época sejam considerados irregulares.
“Não nos condensámos com aqueles que querem ganhar campeonato na secretaria, nós estamos a jogar e somos líderes do “Provincial”. Não faz sentido que só agora que resta uma jornada para o fim da prova é que uma equipa (Djuba) denuncia que temos jogadores estrangeiros irregularmente inscritos?”, questiona.
A fonte ajuntou que “como é que é possível uma associação admitir a inscrição de um jogador irregular, não faz sentido!”, exclamou.
Como forma de reagir ao acórdão da associação, Gentil revelou que a sua equipa já recorreu da decisão e se lhe couber um despacho desfavorável irá interpor o recurso junto da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), órgão reitor do nosso futebol.
Recorde-se que Associação Provincial de Futebol de Maputo justificou a sua deliberação, alegando que os três atletas não reúnem os requisitos para jogarem em Moçambique, nomeadamente porque não possuem Certificado Internacional, preconizado pelo Regulamento da FMF.
Segundo o vice-presidente da associação, Esmeraldo Mucache, no acto da inscrição dos seus jogadores, no início da época, o MG comprometeu-se a entregar os referidos certificados àquele órgão no mais breve espaço de tempo, mas até hoje que só resta uma jornada para o fim do “Provincial” ainda não se dignou fazer, ou seja, continuou a usar jogadores inscritos condicionalmente.
“Eles continuaram a utilizar inscritos condicionalmente, pois a sua inscrição está à margem do Regulamento do Conselho Jurisdicional da FMF. Fizeram todos os jogos, incluindo os que tiveram lugar depois do nosso acórdão que foi proferido no início deste mês, o que indicia um braço de ferro, pois os atletas têm má qualificação”, explicou.
Fonte:Jornal Noticias