De acordo com Alberto Smango Jr., desde que foi abolida a integração dos clubes nas Empresas Públicas, o futebol perdeu brilho, pois estas garantiam um apoio logístico às colectividades, o que hoje já é arcado pela LMF, à excepção do pagamento de salários aos atletas.Prosseguindo, Simango afirmou que a falta de uma combinação regular entre os “inputs” do Estado, e os recursos provenientes de uma classe empresarial motivada deixou o futebol desamparado, uma situação aliada às dificuldades que o país atravessa, que coloca o desporto-rei na eminência de um descalabro total.

Disse, por outro lado, que a esta situação alia-se à natureza geográfica do nosso país, com 800 mil quilómetros quadrados de área e quase três mil quilómetros da costa, fazendo com que, domingo a domingo, recursos financeiros tenham que ser canalizados para longas viagens aéreas, componente mais onerosa do orçamento da LMF, sem que no entanto, haja contrapartidas que o compensem.

“No processo de organização do Moçambola, notámos que investimentos publicitários aos poucos vão desertando, deixando de investir no futebol”.

O Presidente da República, por sua vez, elogiou o gesto do presidente da LMF, Simango Jr., por ter sido o único dos presentes no encontro com os desportistas, a apresentar um documento por escrito, prometendo a sua apreciação.Portanto, são metodologias que todos os fazedores do desporto deveriam seguir, principalmente quando têm a oportunidade de apresentar as suas inquietações ao “Pai” da Nação.

Fonte:Jornal Noticias