Em documento entregue ao chefe do Estado: LMF queixa-se da exiguidade de recursos para o Moçambola
O PRESIDENTE da Liga Moçambicana de Futebol (LMF) queixa-se, em documento dirigido ao Chefe do Estado, Armando Guebuza, aquando a iniciativa presidencial de auscultação aos fazedores do desporto, da insuficiência de meios e recursos financeiros para a organização do Campeonato Nacional de Futebol, vulgo Moçambola, défice que segundo ele pode comprometer a conclusão da prova.
Num documento entregue ao Chefe de Estado, na passada quinta-feira, no Centro de Conferências Joaquim Chissano, no decurso do encontro, a maior inquietação de Alberto Smango Jr. tem a ver com o capítulo de transporte, que segundo ele, o défice ronda os 29 por cento do orçamento deste ano, acrescido de outro défice acumulado que atinge 30 ponto junto das Linhas Aéreas de Moçambique. São desfalques que segundo ele, necessitam de ser cobertos com vista a se garantir a sustentabilidade do Moçambola.Para Simango, estes constrangimentos financeiros e não só afectam de forma endémica o brilho daquela que é a prova rainha do desporto nacional.
Em face desta situação, o presidente da LMF avança que “poderíamos encontrar uma forma de realização mais económica, por regiões ou algo semelhante, mas o fenómeno desportivo, social e económico chamado futebol, atingiu uma dimensão tal em que já não há retorno possível”.
Dai que, prossegue Simango, a realização do campeonato no figurino de todos contra todos em duas voltas é a que melhor corresponde aos anseios não só do Governo, como dos dirigentes desportivos, até porque “o futebol transformou-se num movimento catalisador de massas, o que mais populações mobiliza e um instrumento político relevante”, sintetizou.
Num outro desenvolvimento, na missiva entregue ao chefe do estado, Simango sublinha que pela sua capacidade mobilizadora, o futebol transformou-se num fenómeno político, social e económico com uma abrangência que supera qualquer outro evento desportivo de massas, tornando-se indispensável que seja acarinhado, promovido e contabilizado como um custo, cujos resultados são inequívocos.
“Parece-nos importante encontrar medidas que possam superar a crise que tende a ser endémica se profundas medidas não forem tomadas”, concluiu.
Fonte:Jornal Noticias