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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Hoquistas devem ser referência para a nação – afirma Pedro Nunes, seleccionador nacional, bastante satisfeito com os resultados no “Zé Dú”

O SEGUNDO lugar conquistado pela Selecção Nacional de Hóquei em Patins no Torneio José Eduardo dos Santos deixou o seleccionador, Pedro Nunes, extremamente animado e confiante para os próximos desafios.

 

Numa entrevista concedida em exclusivo ao  técnico português, em jeito de balanço da prova reafirmou o prazer que tem em dirigir os destinos da equipa moçambicana, elogiando a atitude e o espírito de amizade e companheirismo existente entre os hoquistas.

 

 

 Que avaliação faz da prestação da selecção moçambicana?



 Penso que mais uma vez superamos às expectativas. Quando partimos para este torneio o nosso objectivo, para além dos aspectos desportivos, da continuidade do trabalho que víamos desenvolvido em San Juan, era ver a equipa crescer enquanto grupo e ganhar coesão a nível  dos conceitos do jogo. Conseguimos atingir estas metas, e a par disso alcançamos uma classificação, atendendo ao nível das selecções presentes, e ao facto do grupo todo ter efectuado apenas cinco treinos efectuados.

 

 

 O que há a melhorar em próximas competições?



 Antes de melhorar a equipa, a que melhorar a estrutura federativa e a do hóquei moçambicano. Penso que neste momento é graças a estes excelentes resultados alcançados pela selecção que vêm de alguma forma mantendo o hóquei em Moçambique. Agora é urgente que as pessoas responsáveis pela modalidade no país se apliquem mais em prol da modalidade. Mas quero deixar claro que esta é a opinião de alguém que esta em permanente contacto com o hóquei moçambicano de um ano a esta parte, não quero ferir susceptibilidades e nem me compete a mim faze-lo, respeito todas as decisões tomadas mas é urgente salvar o hóquei em Moçambique.

 

 

Afirmou que é urgente salvar o hóquei em Moçambique. Quais devem ser a estratégias?



Como? Já dei algumas pistas. Implementar o hóquei nas escolas, dinamização do hóquei no clube, porque não a própria federação assumir a criação de uma escola nacional de patinagem. Enfim, uma série de iniciativas, que podem passar pela formação de árbitros e técnicos e divulgação do hóquei junto da população. Estas são algumas ideias que eu penso que iriam contribuir não só para o desenvolvimento da modalidade bem como para a sua solidificação. Agora cabe aos responsáveis perceberem qual o caminho a seguir.

 

 

Continuará a comandar a selecção moçambicana no próximo mundial Mundial?



 Penso que o meu trabalho é reconhecido pela federação. Posso dizer que estou feliz por ser o líder destes atletas. Mas tenho que ver a minha disponibilidade profissional. Há também a disponibilidade da federação em definir um plano de actividades para a selecção nacional porque não estou de forma alguma interessado em continuar neste registo de indefinição, de situações onde tudo é feito a última da hora.

 

 

A realidade do hóquei moçambicano não se compadece com o registo da selecção

 

 É de opinião que a selecção moçambicana acusou a pressão de ser quarta melhor do mundo no “Zé Dú”?



 É certo que nós elevamos a expectativa do povo moçambicano em relação a Selecção Nacional. Eu sei que estes estão connosco, mas assusta-me os resultados alcançados por esta selecção neste último ano. Espero que as pessoas tenham consciência de que estes resultados serão possíveis porque de facto o grupo de trabalho, tanto em San Juan como neste torneio José Eduardo dos Santos, se transcendeu.

 

A realidade do hóquei em patins em Moçambique não se compadece com estes resultados. Se exigirem a mim e aos jogadores melhores resultados, então escolham outro treinador porque eu não estarei para liderar futuramente a selecção moçambicana.

 

 

 

Fonte:Jornal Noticias