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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Furtemba Sherpa: Um ciclista invulgar

TEM 35 anos, casado e pai de duas filhas. É natural de Nepal, decidiu no ano 2003 arregaçar as mangas e percorrer o mundo, com dois objectivos: pedir a paz no mundo e maior atenção para com o meio ambiente. Mas diferentemente de outros excursionistas que usam aviões, navios ou mesmo carros, Furtemba Sherpa diz que percorreu 85 países de 2003 até hoje de bicicleta, sendo que Moçambique é a 86.ª das 151 nações que pretende escalar até 2020.

 

Comecei este percurso a 25 de Dezembro de 2003, deixei a minha terra natal, Nepal, por uma coisa de certa forma angustiante. Nunca tive educação e sempre trabalhei duro no Nepal. Vocês sabem que Nepal foi fustigado por uma longa e dolorosa guerra civil, o que, infelizmente, me fez não ter pisado a escola nem uma vez na vida”, disse Sherpa, para depois acrescentar que foi a situação política de então no seu país que o levou a percorrer o mundo de bicicleta à busca da paz.

 

 

Neste momento o meu país está em paz e isso é bonito. Eu como pessoa não conheço algo importante como a paz, pois como vemos nas cidades onde há paz temos pessoas a trabalharem à vontade e a gerarem mais riqueza”.

 

 

Segundo Sherpa, o seu projecto tem a duração de 17 anos, começou em 2003 e só termina em 2020, período que espera atingir 151 países.

Dos 85 e agora 86 países percorridos, 15 são africanos, mas o seu objectivo é escalar até 2020 49 nações.

 

 

Pelo caminho diz comer tudo que é alimento, pois é apoiado por pessoas de boa vontade, e que gostam da paz e do meio ambiente são. A sua passagem por Moçambique é suportada pela casa da Índia em Moçambique.Depois do nosso país, Furtemba Sherpa irá escalar sucessivamente o Reino da Suazilândia e a África do Sul, num ano cuja meta é chegar a 25 países.

 

 

Apesar de nunca ter sentado no banco da escola, Sherpa sabe ler e escrever em três línguas, o inglês, malaio e nepalês e afirma que pelo caminho tem aprendido outras línguas, como é o caso do português agora que está em Moçambique. No Nepal, Sherpa é patrono de uma fundação que promove a paz e questões ambientais, para além de apoiar crianças desfavorecidas e idosos desamparados.
Fonte:Jornal Noticias