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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Liga Muçulmana, 1-Ferroviário da Beira, 2: Valeu pela eficácia de Maninho

Caló já em queda (J. Macamo)

TUDO parecia fácil para os “muçulmanos” quando aos três minutos Mohamed Hagy fez um remate estrondoso para o poste. Puro engano, pois foi o Ferroviário da Beira que criou mais calafrios aos pupilos de Semedo.

 

A partir do minuto 10, os “locomotivas” encontravam-se com o jogo e, doravante equilibraram a partida, o que colocava os “muçulmanos” mais nervosos, principalmente os que actuavam no sector mais recuado, que se viam obrigados a recorrer a faltas para travar os endiabrados avançados da equipa de Chiveve.

 

Artur Semedo apercebeu-se de que a sua equipa não estava bem e que havia perdido o controlo do jogo tendo, por conseguinte, operado a primeira substituição ainda na primeira parte. Trocou Hagy por Josimar aos 33 minutos, que despertou tardiamente para o jogo.

 

Mesmo com as notáveis tremedeiras do adversário, o Ferroviário não se aventurou, deu iniciativa do jogo à Liga, limitando-se aos contra-ataques. A primeira contra-ofensiva não deu frutos, mas a segunda foi de vez.

 

Edmundo penetrou na área do lado direito, fez um passe no momento exacto para Maninho que atirou a contar aos 38 minutos, naquela que foi praticamente a primeira e única jogada de contra-ataque bem construída pelos beirenses, que entraram a acusar alguma timidez.

 

Depois de sofrer o golo, os “muçulmanos” tentaram forçar o empate, mas os visitantes mostravam-se mais coesos e, acima de tudo muito fortes a defender. Mussá Osman, timoneiro dos “locomotivas” montou uma equipa que não deixava os jogadores da Liga delinear o seu jogo.

 

A primeira parte terminava com uma Liga desligada, a fazer um jogo sem profundidade, o que justificava a vantagem dos forasteiros que, não obstante
terem visitado poucas vezes a baliza contrária, foram 100 por cento eficazes.

 

A segunda parte começou com as duas equipais a maltratarem a bola. Ninguém conseguia assentar o jogo. Entretanto, aos 53 minutos Mustafa penetrou na área “locomotiva” do lado direito, isolado, ao invés de rematar, o que todos esperavam, fez um passe caprichoso para Maurício que permitiu a defesa de Willard, o endiabrado guardião da equipa de Chiveve. Vinte minutos depois, numa jogada a papel químico, Mustafa fez o mesmo.

 

Apercebendo-se que a equipa precisava de um municiador de jogo, Semedo lançou Ítalo para o lugar do apagado Muandro, aos 57 minutos. O brasileiro entrou muito bem para o encontro. Jogou e fez jogar. Driblou, fez assistência e rematou, em suma revolucionou o jogo da Liga.

 

Mas porque a tarde era mesmo de glória para os “locomotivas, Maninho bisou aos 61 minutos, num grande golo, diga-se de passagem. Tudo começou num “roubo” de bola no meio-campo, o avançado da equipa de Chiveve recebeu um passe do lado direito, entrou na área e fez um grande remate que antes de balançar as redes foi a tempo de bater na trave.Aos 66 minutos, Semedo trocou Micas por Carlitos e este, à semelhança de Ítalo, entrou num momento exacto para o jogo.

 

A partir do minuto 80, os “muçulmanos” alugaram o meio-campo dos “locomotivas”, e como corolário desse domínio territorial, a Liga reduziu a
desvantagem já ao apagar das luzes, por intermédio de Miro que apareceu tardiamente no jogo.Filimão Filipe, árbitro do encontro, fez um bom trabalho.

 

 

FICHA TÉCNICA

 

ÁRBITRO: Filimão Filipe, auxiliado por Francisco Machel e
Alberto Muiambo. Quarto árbitro, Samuel Chirindza

 

LIGA MUÇULMANA: Nelinho, Chico, Mustafa, Micas (Carlitos), Maurício,
Nelson, Miro, Calima, Zé Luís, Mohamed Hagy (Josimar) e Muandro (Ítalo)

 

FERROVIÁRIO DA BEIRA: Willard, Barrigana, Caló, Paito (Gildo), Cufa,
Reginaldo (Carlos), Edmundo, Goodcurt, Timbe, Mário e Maninho

 

GOLOS: Maninho (aos 38 e 61 minutos) e Miro (aos 92 minutos)

 

 

 

 

Fonte:Jornal Noticias