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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Divergências no desporto motorizado - FMDM reivindica legitimidade

Alisson Ayob

A FEDERAÇÃO Moçambicana do Desporto Motorizado (FMDM), criada por um grupo de cidadãos liderados por Alisson Ayob e oficializada a 18 de Janeiro de 2011 pelo Ministério da Justiça, reivindica legitimidade na sequência do processo iniciado pelos clubes fazedores da modalidade em meados do ano em curso visando a constituição de uma outra, com uma designação diferente.

 

Isso aconteceu depois da confusão que foi gerada pelos protestos levantados por clubes praticantes da modalidade no país, com destaque para os históricos Motor Clube da Beira (MCB) - primeiro a submeter uma carta de impugnação ao Conselho Nacional do Desporto (CND), e depois o Automóvel e Touring Clube de Moçambique (ATCM), quanto aos procedimentos que ditaram a criação da FMDM.

 

 

Para além de recusa de se envolver no processo da criação da FMDM e no seu reconhecimento, os clubes iniciaram demarches com a finalidade de formarem a federação na qual, no seu entender, fossem consagrados os seus interesses, como fazedores da modalidade.

 

O processo, iniciado com encontros realizados em Chimoio, culminou com a realização da Assembleia-Geral, em Julho último, na qual Manuel Ramessane (Nelinho), presidente do MCB, foi eleito presidente da direcção da intitulada Federação do Desporto Motorizado de Moçambique (FDMM).

 

 

A direcção da FDMM, que ainda carece de reconhecimento jurídico, tomou posse há sensivelmente duas semanas, e isso gerou uma nova polémica com o insurgimento de Alisson Ayob quanto à sua legitimidade.

 

 

Ayob veio a público reivindicar a legitimidade da federação que ele juntamente com outros cidadãos criou e que, curiosamente, está dotada de personalidade jurídica segundo documentos comprovativos que apresentou à nossa Reportagem. Prometeu levar o caso até às últimas consequências e acusa o Ministro da Juventude e Desportos, Pedrito Caetano, bem como o presidente do Conselho Nacional dos Desportos, Eugénio Chongo, como os principais responsáveis pela situação que gerou confusão ao admitirem a criação de uma nova federação do desporto motorizado.

 

Aliás, disse ter remetido uma providência cautelar ao Tribunal contra Eugénio Chongo e António Marques, este último presidente do ATCM, acusando-os de serem os responsáveis pelo movimento que culminou com a constituição de um novo elenco, liderado por Manuel Ramessane (Nelinho), que tomou posse e que aguarda pelo despacho jurídico do registo da federação que acaba de ser criada.

 

 

Eugénio Chongo continua a dizer que criou uma federação. Ele não tem competência para isso. Ele tem um processo no Tribunal e o senhor está convidado para o dia da sentença. Você vai ouvir primeiro as declarações dele e depois ouvirá o juiz a dizer a ele que não tem que andar a meter-se nos assuntos que não são da sua competência. Isto quer dizer que o CND tem no desporto menos peso que um clube. É o moço de recados dos clubes e das associações para o ministro da Juventude e Desportos”, sentenciou Ayob.

 

Questionado sobre como gostaria de ver solucionado o caso, Ayob afirmou que “nós temos uma acção contra o senhor Chongo no Tribunal, está lá presente a cautelar. Ele vai ser condenado, tenho a certeza absoluta. O senhor António Marques também, porque eles são os mentores disto. Temos provas escritas e elas estão no Tribunal”.

 

Disse acreditar na opinião de alguns juristas, que prevêem a queda do movimento dirigido por Manuel Ramessane, que tomou posse para gerir a federação, cuja legitimidade Alisson Ayob questiona.

 

 

Quando eles forem derrotados vão entregar os documentos para se inscreverem nesta federação como clubes”, frisou, ajuntando que durante 12 anos agiu-se ilegalmente no desporto motorizado impedindo-se a criação da federação.

 

 

O Motor Clube da Beira foi o primeiro grupo, seja com que objectivos, bem ou mal, que tentou criar a federação, legal ou ilegalmente, e acabou por tomar posse numa federação que não existe”.

 

 

Ayob vincou que o desporto motorizado vai entrar nos carris, porque existe legislação suficiente em Moçambique e os clubes vão ter que cumprir com a lei.

 

 

O consenso nisto tudo passa pelo cumprimento da lei. Eles, os clubes, vão ter que cumprir com a lei, voluntariamente, e filiarem-se na federação como está previsto. Devem ter contabilidade organizada. Pagar os impostos e respeitar os desportistas (pilotos), porque são eles os fazedores da modalidade e que gastam o dinheiro nisto. Devem trabalhar no cumprimento da lei para proporcionar as melhores condições aos pilotos, para que tenhamos espectáculo desportivo. Isto é o que a federação vai obrigar e o clube que não fizer vai ter que fechar”, comentou.
Fonte:Jornal Noticias