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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Tempo Técnico : Entrevista

Inácio Bernardo da comissão organizadora

O Tempo Técnico (Involeibol – Maisvoleibol) Encontrou o senhor Inácio Bernardo, Director Nacional de Desporto e chefe da Missão Moçambique, organismo responsável pela coordenação e preparação das Selecções Nacionais para os Jogos Africanos. Inácio Bernardo é um profundo conhecedor e entusiasta do desporto, visto que antes de ocupar importantes cargos no Desporto Nacional, ele também foi treinador e Seleccionador Nacional de basquete.

 

Tempo Técnico- Boa tarde senhor Inácio Bernardo, Como o senhor resume o trabalho de Moçambique nos Jogos Africanos?

 

Inácio Bernardo – Bem em primeiro lugar obrigado pela oportunidade, dizer que os Jogos Africanos que se realizaram em Maputo do 3 a 18 de setembro, foram organizados pensamos nós ao mais alto nível e que também poderemos concluir que foram um sucesso. Foram um sucesso, atendendo primeiro: Aquilo que eram nossos objectivos inicialmente quando nós nos propusemos, que era realizar os jogos com todo a tranquilidade e que nossas equipas apresentassem níveis competitivos  ao mais alto nível, e em segundo aspecto : Por aquilo que os próprios países que acá estiveram, claramente em termo de várias intervenções, também subsidiaram informando que os jogos teriam decorrido da melhor maneira.

 

Tempo Técnico – Qual o maior legado deixado pelos Jogos Africanos para Moçambique?

 

Inácio Bernardo- O primeiro legado dos jogos Africanos para Moçambique é a questão das infra-estruturas desportivas. Nós quando avançamos com a organização, estávamos muito claro de quais seriam os pontos forte para nós nesta organização. O primeiro dos quais seria a questão das infra-estruturas. Sentimos que o pais saiu valorizado, iniciamos algumas infra-estruturas de raiz, outras que foram reabilitadas, com são os casos: do pavilhão do Maxaquene, Desportivo, Académica e o pavilhão do Estrela Vermelha que a mais de vinte anos não recebiam alguma reabilitação adequadas as condições reais para realizações de competições. Hoje temos qualquer um destes pavilhões com níveis internacionais para a realização das próprias competições. Os outros de raiz como é o caso particular da canoagem em Nhambavale - Chindeguele, a questão da própria sede, da área técnica liga a questão da vela; A infra-estrutura do Estadio Nacional, também as piscinas olímpicas, as duas piscinas olímpicas, a de aquecimento e a de competição, assim como a aldeia dos jogos onde conseguimos alojar todos os atletas que acá participaram.

 

O segundo legado para nós foi a restruturação das próprias Federações Desportivas Nacionais. As Federações apareceram muito mais fortes, subsidiaram as Federações desportivas africanas na organização das provas, tanto tiveram papel para o sucesso da própria prova.

 

 E por ultimo, o plano Nacional de Preparação das Selecções Nacionais. Portanto hoje sabemos o que que as selecções Nacionais podem nos dar, sabemos o quando, onde em termo de resultados palpáveis na perspectivas se aparecemos em Londres ou no Brasil, porque tudo que agora fizemos, o ponto mais alto de preparação e de participação será nos jogos Olímpicos no Brasil em 2016. Portanto tudo que nós fizemos não foi só para agora, foi iniciar de um projecto a longo prazo que poderá ter seu corte avaliativo em 2016 no Brasil.

 

Tempo Técnico – Os jogos deixaram uma grande infra-estrutura para o desporto de Moçambique, porém há modalidades que não foram contemplada, com estas infra-estruturas, como é o caso do Voleibol. Há algum plano para sanar esta deficiência?

 

Inácio Bernardo- Bem o nosso plano para sanar esta deficiência, tínhamos sido claro com a Federação de Voleibol logo no início, que deveria escolher um pavilhão cuja reabilitação poderia beneficiar por muito longo anos em termo de actividade do voleibol, e ela optou pelo pavilhão do Maxaquene. E sabemos nós  que o pavilhão do Maxaquene, é um pavilhão essencialmente para o Basquetebol, mas neste momento estamos a fazer a respectiva redistribuição iremos pensar num dos pavilhões onde o voleibol ficar qualificado, porque o Maxaquene e o Desportivo vai ser qualificado praticamente para o Basquetebol, portanto o Estrela para o Boxe e o Académica vai ser qualificado para o próprio Handebol.

 

Portanto vamos ver  quais dos pavilhões, entre a liga Muçulmana, incluindo o próprio Académica e os outros tanto, qual seria qualificado para o Voleibol. O problema é que não partimos bem, mas nesta requalificação poderemos acomodar a questão do voleibol.

 

Tempo Técnico- O senhor também foi um grande torcedor nos Jogos Africano. A involeibol destacou sua presença no Jogo entre Moçambique X Seychelles O que o senhor achou do jogo?

 

Inácio Bernardo -Bem eu sou um torcedor de Voleibol, apesar de ser Director Nacional, porque não só por ser Director Nacional, mas também faz parte do grupo de modalidades que sinto que possa ter tido um grande crescimento nos últimos anos, e conforme sabes, nós a nível de Voleibol, achávamos e mesmo na planificação da confederação desportiva estava claro que o Voleibol de praia nos traria uma medalha e estávamos claros que o Voleibol de Sala poderia trazer não  uma medalha, mas que o seu nível de participação seria interessante. Gostei do jogo, simplesmente senti que apesar de que termo crescido muito, ainda não conseguimos atingir aqueles níveis mínimos capaz de ombrear de igual para igual com qualquer umas das selecções que por aqui andaram, mas sinto que estivemos bem e pensamos nós que alguns atletas fizeram o seu melhor para conseguir um bom resultado, isto não tenho dúvidas nenhuma, e conforme eu digo: Apesar de estarmos num nível muito abaixo, sinto que houve uma grande evolução do voleibol.

 

 Tempo Técnico- Existe uma grande deficiência de conhecimento no voleibol Moçambicano. Os Técnicos, os Árbitros não estam bem preparado para exercer a função.Há algum projecto para sanar esta deficiência?

 

Inácio Bernardo -Sim temos, nós temos um projecto de auxílio a formação de agente desportivo. O nosso grande foco neste 3, 4 anos será dar continuidade a formação de treinadores. Sentimos que a parte da gestão, a parte do treinamento é uns dos pontos franco no desenvolvimento do nosso Desporto e por isso, com este sistema de formação de agente desportivo, queremos levar a formação de treinadores a nível de todas as províncias e estamos a levar, mas queremos elevar o nível de qualidade deste mesmos treinadores em termos de conhecimento em termos físicos, técnicos, e por ai também trazer aquilo que é capacidades dos nossos árbitros poderem de uma maneira clara ajuizar estes tipos de jogos, porque conforme sabes, sempre temos grandes competições internas. Sem termos o nível de competição bastante elevados dos nossos treinadores e atletas, dificilmente poderemos ter atletas no mais alto nível, por isso que nos queremos potenciar cada vez mais a melhoria na formação dos nossos sector desportivo, incluído os treinadores e os próprios árbitros.

 

Tempo Técnico- Para finalizar a entrevista, o senhor poderia deixar uma mensagem para a comunidade voleibolista de Moçambique?

 

Inácio Bernardo- Precisamos de uma vez por todas e cada vez mais de conseguirmos distritar a questão das nossas competências. Nós como Governo, cabe-nos claramente criar condições para a pratica do próprio voleibol, fiscalizar, avaliar, fazer a monitoria, definir as politicas desenvolvimento do próprio voleibol em conjuntos com a respectiva Federação, mas compete ao movimento associativo criar condições para lideranças dos seus respectivos processos, criar condições de perceber até que ponto nós poderemos chegar, porque para melhoria de qualquer uma das modalidades, cabe aos seus próprios fazedores fazer força para que esta modalidade apareça acá acima e nós como Governo estaremos pronto para dar o respectivo segmento e enquadrar de acordo com suas potencialidades e de acordo com suas devidas capacidades. Estamos satisfeitos pois o vólei melhorou bastante, mas estamos consciente que o vólei poderá dar muito maior alegria a Moçambique e particularmente o voleibol de praia, sem deixar de pensar no voleibol de praia que sim poderá ser uma potencia nos próximos anos.

 

                                                                                                                                                                                        Tempo Técnico

                                                                                                                                                                                       Hildeberto Araujo