MOÇAMBOLA 2011- LMF interdita campo do Ferroviário da Beira
O FERROVIÁRIO da Beira está interditado de utilizar o seu campo nas próximas duas jornadas em que será o anfitrião. Esta deliberação, tomada ao fim da tarde de ontem pelo Conselho de Disciplina da LMF, surge em virtude do pandemónio verificado naquele recinto no domingo, facto que levou à interrupção do jogo com o Incomáti.
De acordo com a decisão do Conselho de Disciplina, comunicada à Imprensa pelo presidente da Liga Moçambicana de Futebol, Alberto Simango Júnior, depois de apreciados os relatórios do árbitro, do delegado do jogo e do próprio Ferroviário da Beira, concluiu-se que, face à gravidade dos acontecimentos, havia matéria bastante para se proceder à interdição daquele campo por dois jogos, até ao real esclarecimento dos factos ocorridos durante a conturbada primeira parte, altura em que o árbitro Filimião Filipe, por considerar que não havia segurança, decidiu interromper o desafio.
Paralelamente, a LMF vai instaurar um processo de inquérito para o apuramento total e integral dos acontecimentos. Para tanto, segundo Simango Jr., é necessário completar-se o conjunto dos relatórios imprescindíveis para este procedimento, daí se ter solicitado as exposições da Polícia e do Incomáti, uma vez também serem intervenientes directos e vivos naquilo que aconteceu no Chiveve.
E, em função daquilo que for concluído, os infractores serão devidamente penalizados e o campo do Ferroviário da Beira poderá ver o seu castigo de dois jogos mantido ou então agravado.
Em relação, especificamente, à partida, que na altura da sua interrupção registava um nulo, o presidente da Liga disse que o Conselho de Disciplina precisa de mais alguns dias para analisar essa situação concreta e decidir, o que acontecerá ainda esta semana. Segundo se conjectura, duas opções se colocam: derrota aos beirenses ou marcação de um novo desafio, apenas para se jogar os 45 minutos em falta.
Com a suspensão do campo da Baixa, a alternativa que se coloca aos “locomotivas” é o recinto da Manga. Sobre esta questão, Simango Jr. recordou que o campo da Manga foi reprovado por uma comissão específica,.em virtude de não reunir condições para acolher embates do Moçambola.
“Se o clube trabalhar e conseguir repor essas condições, pode ser que efectivamente jogue na Manga. Mas, por enquanto, terá que ser o próprio Ferroviário da Beira a indicar-nos o campo que pretende utilizar enquanto durar a interdição do campo da Baixa”, esclareceu, com os jornalistas a colocarem já como hipótese o relvado da Soalpo, no Chimoio.
“O Moçambola é uma competição séria, daí que os seus vários intervenientes devem também adoptar uma postura séria e de responsabilidade, respeitando o regulamento da prova e primarem pelo “fair-play”. O que aconteceu na Beira é muito grave e não gostaríamos que voltasse a acontecer, para o bem dos clubes e da própria prova. Declaramos tolerância zero a todo o tipo de comportamentos que ponham em causa o normal curso do Moçambola”, apontou o presidente da LMF.