MOÇAMBOLA 2011 - Trio na luta pelo título de campeão de Inverno
MAXAQUENE, sobretudo este; Desportivo, a ter o mundo praticamente a depender de si; e Liga Muçulmana, com hipóteses relativamente ténues, constituem o triunvirato que se digladia pelo título de campeão de Inverno, numa jornada em que os “tricolores” vão a Tete, os “alvi-negros” defrontam o Ferroviário e os “muçulmanos” visitam Beira.
A duas jornadas do epílogo da primeira volta do Moçambola-2011, ser campeão de Inverno pode não significar rigorosamente nada, porque não se trata de um título instituído e nem sequer um troféu de coroação. No entanto, atravessar a etapa inicial do campeonato no topo da tabela classificativa é significativo e pode servir de uma grande fonte de motivação para essa equipa em relação ao seu percurso daí em diante, pelo que Maxaquene (25 pontos), Desportivo (20) e Liga Muçulmana (19) estão realmente numa peleja justa.
E quis a coincidência que na 12ª jornada do Moçambola-2011 os três concorrentes ao topo da primeira volta tivessem desafios extremamente difíceis e em que, “a priori”, todos os prognósticos e conjecturas não nos oferecem nada fiável. Senão vejamos, a começar pelo líder da prova: a deslocação do Maxaquene a Tete é, quiçá, vista como a deslocação mais perigosa jamais enfrentada pelos “tricolores” até aqui na prova. O adversário chama-se Chingale e, neste seu regresso ao convívio à fina-flor do futebol nacional, está a ter um comportamento a todos os títulos irrepreensível.
Em casa, a equipa de Sérgio Faife ainda não perdeu. No campeonato, a turma de Arnaldo Salvado ainda não perdeu. Apesar de derrotado na jornada anterior, o Chingale mantém a crista bem içada. Embora neste momento se apresente como o time mais motivado da prova, o Maxaquene, de vez em quando, dá mostras de uma certa recessão, razão suficiente para alguma descrença quanto ao futuro. No domingo, a partir das 15.00 horas, no campo do Desportivo de Tete, grande espectáculo em perspectiva.
Mas, 24 horas antes de Tete, isto é, amanhã, o Estádio da Machava – e não o Estádio Nacional do Zimpeto – será palco de uma partida que também se prevê bastante espectacular. Trata-se do clássico entre Ferroviário e Desportivo, que, a avaliar pela irreverência da juventude que compõe os dois times, poderá ser diferente – para melhor – dos anteriores clássicos deste campeonato.
Os “locomotivas” caminham aos ziguezagues. Chiquinho Conde não está ainda a conseguir colocar a sua rapaziada ao mais alto nível do ponto de vista competitivo, facto agravado pela ausência de homens-golo para dar a necessária sequência ao futebol construído na zona nevrálgica por Whisky e companhia. Do lado “alvi-negro”, Augusto Matine, após um começo menos bom, conseguiu construir um time que, sem dar muito nas vistas, é, no entanto, pragmático e com uma excelente capacidade de aproveitamento ofensivo.
Já o campeão nacional estará no sempre efervescente Chiveve. O adversário, no domingo, chama-se Sporting e é bem conhecido pela sua perseverança e por não virar a cara à luta, mesmo diante dos grandes. Mas o futebol apresentado pela Liga Muçulmana na ronda transacta mostrou-nos uma equipa mais eficiente e próxima dos seus reais pergaminhos.
Noutras paragens, a deslocação do Costa do Sol a Vilankulo, amanhã, deve ser encarada com muita seriedade pelos “canarinhos”, porquanto os donos da casa pretendem mudar de imagem. Também a visita da HCB do Songo ao Ferroviário de Nampula, no domingo, entra no plano de destaques, numa jornada que contempla ainda, em Maputo, os embates Atlético Muçulmano-Incomáti, no campo da Liga Muçulmana, e Matchedje-Ferroviário da Beira, no relvado do Maxaquene, na Machava.
Fonte:Jornal Noticias