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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Futebol deve servir o povo - defende Carlos Jeque, na apresentação da sua candidatura à presidência da FMF

 

Carlos Jeque

SOB o lema “Futebol por Moçambique - Moçambique pelo Futebol”, Carlos Jeque apresentou segunda-feira, publicamente, a sua candidatura à presidência da Federação Moçambicana de Futebol (FMF), cujo escrutínio terá lugar em Julho próximo.

 

 

Numa cerimónia bastante participada, Carlos Jeque, que foi candidato a Presidente da República nas eleições de 1999, apresentou-se como primeiro concorrente oficial ao “cadeirão” do “Fonte Azul”para os próximos quatro anos, esgrimindo argumentos em relação àquilo que gostaria de ver alterado caso seja eleito.

 

A melhoria da prestação das selecções nacionais foi o aspecto que Jeque abordou de forma mais incisiva, defendendo ser necessária uma reflexão sobre as equipas nacionais, assim como em relação aos clubes, que também não têm sido felizes nas provas internacionais.

O futebol deve servir o povo e não uma minoria. Quando as pessoas vão ao futebol e saem do campo entristecidas, é sinónimo de que esse futebol não está a servir o povo. É preciso inverter este cenário, resgatando a alma ganhadora, retomando o espírito competitivo que sempre envolveu os futebolistas moçambicanos, resgatando a cidadania, a auto-estima e a respeitabilidade perdida”, referiu Jeque.

 

Segundo ele, caso vença, é seu desejo apostar seriamente nas selecções mais novas. “É necessário fazer uma reestruturação do futebol a todos os níveis. É importante olharmos para o futebol e compreendermos ser imperioso resgatar as selecções de sub-12, sub-15, sub-17 e sub-23, para que todos os moçambicanos sintam, por exemplo, a alegria dos ganeses, que têm sido bem sucedidos neste aspecto”.  

Para Carlos Jeque, a criação de infra-estruturas é, igualmente, uma das áreas a ter em conta.

 

Como exigirmos qualidade de futebol se não temos infra-estruturas em ordem? As infra-estruturas são, pois, o suporte do futebol, daí que merecerão uma atenção especial, prometeu”.

 

Para levar avante os seus projectos de reestruturação do desporto-rei, o primeiro candidato público a presidente da FMF diz contar com o apoio das associações provinciais, Liga Moçambicana de Futebol, agentes desportivos, clubes e praticantes da modalidade. Acrescenta que o Governo e a FIFA são, igualmente, parceiros indispensáveis no apoio ao desenvolvimento do futebol em Moçambique.

 

Questionado pelos jornalistas se não temia uma eventual falta de transparência no escrutínio de Julho próximo, depois de, nas eleições de 2007, Norberto dos Santos e Mário Guerreiro terem à última hora retirado a sua candidatura, alegando falta de clareza no processo, Jeque respondeu: “Não seria ético, da minha parte, falar de falta de transparência. Falta de transparência da parte de quem? Estamos preocupados em trabalhar, e é o que estamos a fazer há três anos e meio. Posso dizer que conhecemos os problemas da Federação Moçambicana de Futebol e sabemos que terrenos iremos trilhar”.

 

Falando sobre a composição do seu elenco, disse que pretende liderar uma equipa muito vasta, constituída por todos os amantes do futebol, sobretudo por aqueles que gostariam de ver as selecções nacionais com melhor prestação nas competições em que intervêm.
Fonte:Jornal Noticias