MOÇAMBOLA-2008 - Maxaquene, 1- Estrela Vermelha, 1: Domínio repartido
O EMPATE a uma bola registado ontem no campo do Atlético Muçulmano, entre o Maxaquene e o Estrela Vermelha, encaixa-se perfeitamente, se se atender que houve um domínio repartido no encontro, com os “alaranjados” a apresentarem-se melhor na primeira parte e os“tricolores” a assumirem o controlo das operações na segunda.
No entanto, o Estrela demonstrava ser o menos mau, o que de certa forma enchia de confiança os jogadores que, pouco a pouco, ia crescendo no jogo. Aos cinco minutos, Tony havia criado a primeira situação de verdadeiro apuro à baliza defendida por Nelinho.
Do lado “tricolor” não se registava uma jogada de realce pelo menos construída em conjunto, visto que os jogadores não se entendiam. Perante este cenário, as esperanças de o Maxaquene criar um lance de perigo estavam depositadas nos jogadores mais habilidosos, casos de Kito, Liberty e Jumisse. E como se previa foi num lance bem conduzido por Kito que a turma “tricolor” criou a primeira situação de perigo, este depois de uma excelente arrancada fez um passe para Macamito que rematou por cima.
Mas enganaram-se, os adeptos que pensaram que o Maxaquene fosse subir de rendimento, pois foi o Estrela que continuou a mandar no jogo. O maior domínio “alaranjado” acabou sendo coroado com um golo à passagem dos 25 minutos, quando Nelinho, já dentro da grande área tirou um adversário do caminho, e rematou forte sem chances de defesa ao “keeper” Nelinho. Galvanizados como golo, os “alaranjados” aumentaram a pressão e poderiam, volvidos dois minutos, ter elevado o “score” quando Gitinho rematou forte cá do meio da rua, ao que Nelinho respondeu com uma grande estirada.
Esse período acabou por ser o mais alegre do encontro, num despique em que os “tricolores” denotaram uma gritante falta de argumentos para desconjuntar a defesa bem organizada da equipa “alaranjada”. Tudo estava então dependente da inspiração individual dos jogadores.
Fazendo jús a isto, foi notório o que aconteceu à passagem dos 15 minutos da segunda parte. O guarda-redes, Nelinho, viu Eurico em boa posição e fez um passe longo, o esférico caiu à frente do atacante, que surgiu em boa posição, visto que os defensores tinham sido apanhados em contra pé. O “keeper” Neco vendo que os seus colegas tinham ficado nas “covas” sai para fazer o bloqueio, mas Eurico com um toque subtil fez a bola passar por cima do “keeper”, estava feita a igualdade.
Grande parte deste golo é atribuído o guarda-redes Nelinho que conseguiu descobrir o caminho para o golo, algo que os companheiros não conseguiram fazer.
O Maxaquene passou a acreditar que era possível chegar à vitória, mas fé-lo sempre de forma atarantada embora Jumisse e Liberty tivessem tido nos pés oportunidade de marcar.
O empate acaba sendo um resultado justo por aquilo que foi a produção das duas equipas, numa má propaganda do desporto rei.
O árbitro da partida, Amosse Lázaro, realizou um bom trabalho, tendo estado muito bem no capítulo disciplinar.
FICHA TÉCNICA
ÁRBITRO: Amosse Lázaro, auxiliado por Fernando Massave e Francisco Machel.
MAXAQUENE: Nelinho, Malo, Fredy, Kito II (Tony) e Mucuapene; Jumisse, Macamito, Kito I (King) e Liberty; Eurico e Eusébio (Nelsinho).
ESTRELA VERMELHA: Neco; Chapanga, Pedrito, Sadique e Paúnde (Alberto); Animal, Pondja, Esquerdinha (Aleluia) e Jordão; Gitinho (Alberto) e Tony.
DISCIPLINA: Cartão amarelo para Jumisse e Maló, ambos do Maxaquene, e Animal, do Estrela.
IVO TAVARES