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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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Costa do Marfim com grandes ambições no Mundial: Queremos fazer história na RAS - promete o astro Didier Drogba, autor do tento que colocou os “Elefan

POR ser uma selecção repleta de estrelas, a Costa do Marfim está a suscitar grande expectativa no tocante à conquista do Campeonato Mundial de 2010, na África do Sul.

Drogba é o melhor jogador africano de 2006
Os astros da equipa não morderam a língua na hora de expressar o desejo de serem considerados como favoritos para vencer a prova, que pela primeira vez decorrerá no continente africano. Os “Elefantes” tornaram-se na terceira formação africana a qualificar-se para esta competição, graças a um golo do seu carismático capitão, Didier Drogba, cujo único remate bastou para colocar o país pela segunda vez no Mundial.

O “FIFA.com” conversou com o capitão marfinense e estrela dos ingleses do Chelsea, após o jogo com o Malawi, em Blantyre. Eis os excertos da referida entrevista:

Drogba marcou um golo decisivo que apurou a Costa da Marfim para o primeiro Mundial que se disputa em solo africano. Qual é o seu sentimento?

Em primeiro lugar, quero dizer que este é um esforço colectivo. Tudo o que conseguimos foi como equipa. Esse golo foi importante não só para mim, como também para todos os meus companheiros.

Estamos contentes por fazer parte deste Mundial. Cremos que é uma oportunidade para os africanos demonstrarem o que são capazes de fazer ao resto do mundo. Este é um período em que todos devemos estar orgulhosos de ser africanos. Sabemos que o Mundial mudará muitas coisas em África e ensinará a muita gente mais coisas sobre este harmonioso continente.

Espera-se muito de você e da sua equipa…

Esperamos muito de nós agora. Temos ganho jogos e jogado um bom futebol. Mas, do ponto de vista pessoal, só quero jogar bem e ajudar a minha equipa a lograr o seu objectivo. Não jogamos pela glória individual, mas sim pelo conjunto. No Mundial, não só representaremos a Costa do Marfim, como também a milhões de africanos. Não iremos ficar nas estatísticas, vamos para competir.

Diz-se que esta é a ocasião ideal para que uma equipa africana se qualifique para as meias-finais e, inclusive, levante o troféu. Crê que a Costa do Marfim pode atingir esse objectivo?

Devo dizer que será um grande desafio, mas estamos realmente motivados para superar todas as barreiras. É um projecto especial para nós. Sabemos que não será fácil. Há grandes equipas, como Brasil e Alemanha, que já conquistaram muitos Mundiais no passado. Apesar de tudo, nós queremos fazer história na África do Sul. Queremos alterar a forma como as pessoas olham para o continente.

Este Mundial é uma grande honra para os africanos. É uma enorme honra para todos os africanos jogar um Mundial no seu solo. Agora, temos é que trabalhar juntos para dignificar África. Possuimos equipas capazes, como Gana, Egipto, Camarões e Costa do Marfim, que contam com alguns dos melhores jogadores do mundo. Vamos ver o que passará no ano que vem e voltaremos a falar deste tema.

O que dizer da anfitriã África do Sul?

Quando eu comecei a aparecer no futebol internacional, África do Sul era uma selecção muito forte em África. Creio que agora atravessa um período difícil, algo que se pode passar com qualquer outra equipa. Mas já vimos a sua actuação na Taça das Confederações e estiveram bem.

GRANDE FAMÍLIA

Na Alemanha, em 2006, a sensação geral foi que a Costa do Marfim alcançou os resultados que se esperavam dela, tendo em conta o nível de futebol apresentado. Tinha uma boa equipa, mas não conseguiu passar da fase de grupos.

Aprendemos muita coisa nesse torneio. Foi difícil para nós. Era o nosso primeiro Mundial e estávamos felizes em participar. E, para ser franco, calhou-nos um grupo muito duro. Enfrentar algumas das melhores equipas na tua primeira vez num Mundial, não é fácil. Não estou a querer desculpar-me. Pessoalmente, creio que podíamos ter chegado mais longe.

Jogámos bem. No futebol, às vezes faz falta um pouco de sorte. Agora estamos melhor preparados. Sabemos o que podemos esperar a este nível. O mais importante é termos mantido a base da equipa e sermos a mesma família. Não sabemos quem serão os outros rivais em 2010, mas não nos preocupam. Eles é que devem ter cuidado connosco. Não vamos passar todo o tempo a pensar nos outros. Creio que agora sentimos mais confiança em nós mesmos como equipa.

Qual tem sido o segredo da Costa da Marfim?

Somos como uma grande família. Entendemo-nos. Em todas as equipas em que há muitas estrelas, é importante que os seus membros encontrem algo em comum capaz de os unir. Todos temos a mesma meta, há que fazer com que o nosso país se sinta orgulhoso.

Ultimamente, você tem estado muitas vezes na África do Sul. O que lhe causou mais impressão na sua preparação para o Mundial de 2010?

África do Sul é um país harmonioso e de gente muito simpática. Umas das coisas que mais me impressionou foram as suas infra-estruturas. Estive durante a Taça das Confederações, e os novos estádios pareceram-me impressionantes. Creio que ninguém duvida que os estádios estarão em condições. Acredito que vamos organizar um magnífico torneio. Será um Campeonato Mundial para África e tem que ser um êxito.

Na temporada passada, custou um pouco ver-lhe a alcançar o seu ritmo habitual no Chelsea. A que se deve a esplêndida forma que está a atravessar nesta altura?

No futebol, sempre se atravessa períodos difíceis e, talvez, a temporada passada foi assim. Não obstante, não creio que tenha estado tão mal como muitos fizeram questão de dizer. Em todo o caso, isso já ficou para trás e agora estou me divertindo.

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