MOÇAMBOLA-2010: Liga Muçulmana, 1-HCB, 0 - Muitos golos ficaram com os avançados
ENTRANDO em campo informado de mais um desaire do Ferroviário de Maputo, com toda a naturalidade a Liga Muçulmana chamou a si a responsabilidade de atacar, de modo a encarar as próximas jornadas com relativa tranquilidade. Assim pensado, melhor executado. Com Paíto fora do “onze” inicial, coube a Carlitos e Nelson, no miolo, Silvério e Micas, nas laterais, o papel de municiar o jogo ofensivo dos anfitriões, alimentando com regular frequência a dupla formada por Maurício e Chana. Mussá Osman respondeu com um meio-campo musculado, que tinha em Henry e Gito os principais municiadores da dupla Mavó/Amílcar, enquanto lá atrás Mucuapele comandava uma defensa experiente.
Fruto da sua disposição avançada no terreno, a Liga Muçulmana construiu várias oportunidades de golo, mas Maurício, a atravessar um mau momento, não conseguia concluir as jogadas com êxito. Chana, quando solicitado, rematava torto.
Aos 11 minutos, o defesa Calima oferece a bola a Micas e este, apenas com o guarda-redes Chico pela frente, remata frouxo. No contra-ataque, Henry isola Amílcar para rematar sobre a barra.
Os “muçulmanos” aceleraram ainda mais a velocidade do jogo, todavia, no momento do toque final continuavam desatinados com a baliza, à excepção de um pontapé bem colocado de Carlitos, desviado por Calima sobre a linha de golo.
Na segunda parte, a Liga Muçulmana persistiu em empurrar o jogo para o meio-campo adversário e as jogadas de contra-ataque da HCB reduziram substancialmente, de tal sorte que Amílcar se transformou num brinquedo sob controlo de Fanuel e Narciso.
Na marcação de um canto, a bola foi embater na mão de Mavó, o árbitro Amosse Lázaro entendeu que o jogador desviou a bola voluntariamente e assinalou grande penalidade. Carlitos rematou certeiro para o golo solitário do desafio.
Em desvantagem, Mussá Osman fez alterações no seu xadrez e os jogadores avançaram mais no terreno, a ponto de Amílcar, desmarcado por Mavó, desperdiçar mais uma clara oportunidade de golo, ao desviar o esférico contra o corpo de Neco.
Pressionados, os pupilos de Artur Semedo perderam o controlo do desafio e limitaram-se a despachar as jogadas, mas, pela pressão do tempo, os jogadores da HCB não souberam tirar proveito deste mau momento do adversário.
Nas contas finais, ficaram por marcar pelo menos cinco golos, sobretudo pelos dianteiros Maurício, Chana e Amílcar, que se deram uma folga chata para os adeptos.
O árbitro Amosse Lázaro controlou o desafio, contudo, a grande penalidade por si assinalada foi duvidosa, sobretudo porque não exibiu o cartão amarelo a Mavó, quando a jogada deu-se na pequena área e a bola seguia para a baliza.
FICHA TÉCNICA
Árbitro: Amosse Lázaro, assistido por Célio Mugabe e Daniel Viegas. Quarto árbitro: Arlindo Silvano.
LIGA MUÇULMANA – Neco; Silvério, Fanuel, Narciso e Vling; Cantoná (Mayunda), Nelson e Carlitos; Maurício (Paíto) e Chana (Massitara).
HCB – Chico; Calima, Elídio (Zuma), Mucuapele e Dangalira; Gito (Marlon), Henry, Ngoni (Andro); Amílcar e Mavó.
Acção disciplinar: cartão amarelo para Nelson e Mavó.
CUSTÓDIO MUGABE
Fonte:Jornal Noticias