TAÇA DE MOÇAMBIQUE/mcel - Vilankulo FC, 1-Fer. Maputo, 0: Determinação inhambanense
ESCREVENDO com letras douradas o seu nome na Taça de Moçambique, ao tornar-se na primeira formação inhambanense a atingir as meias-finais, facto que sucede no seu primeiro ano de convívio com a fina-flor do nosso futebol, o Vilankulo FC, tal como o havia feito diante do Maxaquene, entrou preocupado em fazer o resultado, e não concedendo espaço ao opositor, pegou no jogo e começou logo a criar calafrios ao seu adversário.
Por seu turno, o Ferroviário, com galões de detentor da Taça e do Moçambola, entrou com toda a calma do mundo, com a dupla do meio-campo, Momed Hagy, a revelar índices baixos da sua real produção, e Danito Parruque, a fazer de tudo para amainar a velocidade que os donos da casa imprimiam. E, pouco a pouco, o jogo ganhou alguma velocidade, quando Chiquinho Conde se apercebeu que o adversário se libertara do medo e estava disposto a discutir a eliminatória. Edgar travou uma luta renhida com os centrais Jotamo e Tony, enquanto Titos procurava as sobras e despejos de Bila e Belo para a zona central da grande área.
O jogo ganha espectacularidade com a insistência dos locais, que aproveitavam muito bem as tremedeiras de Michael, que não aguentava com as cavalgadas de Félio e Edgar, dois jogadores preponderantes a partir do meio para o ataque.
O Ferroviário acordou e tentou organizar o meio-campo, mas a tripla Jossias/Gonçalves/Belo baralhava as intenções dos “locomotivas”, que iam sendo engolidos pelo nervosismo, reflectido no cartão amarelo mostrado ao capitão Jotamo, ao travar em falta Edgar no lado direito do ataque contrário.
Já nos últimos instantes do único minuto de compensação, e na sequência de um pontapé de canto, Belo surge na área a fazer vitoriosamente uma emenda, para a explosão total do Estádio Municipal de Vilankulo.
Na segunda parte o Ferroviário tentou dar um ar da sua graça. Momed Hagy comandou o meio-campo, e Ítalo mudava de flanco em busca de melhor posicionamento, todavia esta dinâmica só terminava no grande círculo, com o esférico a não chegar aos pés de Jerry e Luís.
O tempo ia passando e Chiquinho Conde decidiu meter Sonito, Imo e Jair para os lugares de Luís, Mendes e Ítalo, respectivamente, mas nada resultou, porque Miguel dos Santos também respondeu com três jogadores (Ivo, Sergito e Mambucho) para todos os sectores, como forma de refrescar a equipa.
O árbitro esteve à altura dos acontecimentos.
FICHA TÉCNICA
Árbitro: José Maria Rachide, auxiliado por Gimo Patrício e Salomão José. Quarto árbitro: Henriques Guichengue
VILANKULO FC – Fumo; Ali, Joe, Tcharles e Bila; Belo, (Sergito) Jossias, Gonçalves e Félio, (Mambucho); Edgar e Titos (Ivo)
FER. MAPUTO – Pinto; Zabula, Tony, Jotamo e Michael; Momed Hagy, Danito Parruque, Ítalo (Jair) e Mendes (Imo); Jerry e Luís (Sonito)
Acção disciplinar: cartão amarelo para Jotamo e Tony e Gonçalves
Golo: Belo, aos 46 minutos.
Victorino Xavier
Fonte:Jornal Noticias