MUNDIAL-2010 - Polícia dispara contra guardas de segurança
A POLÍCIA sul-africana disparou, domingo, balas de borracha contra um grupo de guardas de segurança que se recusavam a abandonar o estádio de futebol “Moses Madiba”, na cidade de Durban, em protesto contra a falta de pagamento.
A Imprensa local referiu ontem que a Polícia viu-se obrigada a disparar balas de borracha e canhões de gás lacrimogéneo contra cerca de 200 guardas de segurança que não queriam abandonar o estádio, no término do jogo entre a Alemanha e a Austrália.
O jornal sul-africano “Business Day” escreveu ontem que apesar de não ter havido ferimentos, de certa forma o incidente acaba manchando a imagem do país, pois nas imediações do estádio os guardas protagonizaram actos de vandalismo, erguendo barricadas ao longo de várias artérias, o que tornou a área intransitável.
Uma unidade de 100 polícias foi imediatamente mobilizada para o local, com vista a evitar o pior. O protesto surgiu depois dos guardas de segurança terem recebido, por dia, 200 randes, contra os 1500 inicialmente prometidos.
Entretanto, em Joanesburgo várias organizações sindicais do sector público negam ter assinado um acordo para a não realização de greves durante o Mundial de Futebol.
Por exemplo, a Associação dos Sindicatos dos Trabalhadores da Função Publica da África do Sul (PSA), com 1,2 milhão de membros, nega ter acordado com as autoridades para adiarem, por 30 dias, a convocação de qualquer acto sindical, por forma a não prejudicar o Mundial de Futebol.
Analistas sugerem que os sindicatos pretendem usar a maior festa de futebol para obterem incremento salarial, embora eles rejeitem a versão. Os sindicalistas exigem um aumento salarial na ordem de 11 porcento e um subsídio mensal de habitação de 1.000 randes. O Governo, por seu turno, diz estar em condições de poder oferecer apenas 6,5 porcento e um subsídio de habitação no valor de 620 randes.
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