Moçambicanos fora das Afrotaças
AS equipas moçambicanas, nomeadamente o Ferroviário e o Costa do Sol, ambas da capital do país, foram fim-de-semana afastadas das competições africanas (Afrotaças), de alguma forma infantilmente, ao não conseguirem rectificar os resultados negativos trazidos dos embates da primeira “mão”, apesar de terem ganho em Maputo.
Os “locomotivas”, que haviam perdido em Joanesburgo por 0-3 frente ao SuperSport, da vizinha África do Sul, venceram no sábado, em pleno Estádio da Machava, por 2-0, resultado não suficiente para seguirem em frente na Liga dos Campeões Africanos.
Os “canarinhos”, que igualmente tinham “sucumbido” no Sudão diante do Al Amal, por 2-4, também tudo fizeram ontem na Machava para rectificarem esse “score”, mas os 3-2 com que triunfaram foram escassos para prosseguirem na Taça CAF. É caso para dizer que foi azar demais, porque tanto uma como a outra equipa tudo fizeram para demonstrar que não são tão inferiores aos seus opositores.
Este desfecho nas Afrotaças veio mais uma vez provar que o nosso futebol navega em maré baixa no continente, já que os “Mambas” também foram postos fora do CAN Interno há sensivelmente uma semana, mesmo depois de terem ganho em casa (Nampula) ao Malawi, por uma bola sem concorrência, mas insuficiente para superar os 3-0 que os malawianos traziam da primeira “mão”.
O que sobra às equipas moçambicanas daqui em diante é concentrarem-se nas provas intramuros, com destaque para o Moçambola e a Taça de Moçambique, de modo a regressarem ao convívio dos chamados grandes do continente no próximo ano.
Para isso, os nossos representantes nas Afrotaças têm que começar a traçar estratégias de luta ainda este ano, que passam por apetrechar os plantéis, fechá-los mais cedo, e encontrarem locais de estágio pré-competivo para quando chegar a hora de entrarem para a luta estarem em condições de ombrear com os outros clubes qualificados.