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centro de documentação e informação desportiva de moçambique

Este blog tem como objectivo difundir a documentação de carácter desportivo

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CAN ANGOLA-2010: Os golos que não marcamos e os golos que… marcamos




O VOLUME atacante dos “Mambas” tem sido irrepreensível. A quantidade de lances ofensivos construídos nos dois embates, contra a Benin e Egipto, justificava outros desfechos ou, então, mais golos. Só que, para nossa desgraça, não marcamos.

Ou marcamos pouco. Diante dos “Esquilos” foram apenas dois tentos, uma cifra demasiado modesta que realmente fustigou a baliza contrária e esteve sempre perto do golo. Face aos “Faraós”, e porque a sua defesa não permitia veleidades, as jogadas susceptíveis de terminar no fundo das malhas à guarda de El Hadary não foram muitas, mas a equipa andou muito perto da grande área adversária.

Estes são os golos que não marcamos.

Mas também há os que marcamos. E, neste aspecto, muitos correrão para os historicamente inscritos por Miro e Gonçalves, frente ao Benin. Todavia, o propósito da nossa apreciação tem a ver com os golos que infantilmente oferecemos aos adversários; aos golos que marcamos na nossa própria baliza. Em duas partidas, são também dois tentos, curiosamente, através do mesmo jogador: o central Dário Khan.

Evidentemente que ninguém põe em causa a classe e a determinação de Dário Khan, um defesa que já começa a aprimorar, tecnicamente, as suas saídas com a bola jogável pelo eixo central, calmo e dono do seu nariz, tal como o faz perfeitamente Mexer, mas, quiçá, por falta de confiança ou de atenção, entra no descrédito e começa a não oferecer segurança aos colegas.

O técnico Mart Nooij refugia-se no facto de a selecção, nos últimos anos, ter perdido três grandes centrais de raiz, designadamente o falecido Nando Matola, o lesionado Mano e Simão, ora deslocado para o meio-campo, porém, não deixa de ser uma situação preocupante, até porque, no segundo encontro com o Gabão, no final do estágio na cidade sul-africana de Bloemfontein, tivemos também um auto-golo, saído dos pés de Fanuel, um outro central.

A agravar o panorama, debatemo-nos com as grandes penalidades. O guarda-redes Kampango já vai em dois: um na Tunísia e outro agora em Benguela, frente ao Benin. Dário Khan, outra vez ele, esteve no lance de penalte diante dos gaboneses, no desafio referenciado.

Portanto, como se pode depreender, acabamos por marcar mais na nossa baliza do que na dos adversários; cometemos muitas faltas para grande penalidade e, em contrapartida, não temos nenhum castigo máximo.